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Instituto Oswaldo Cruz (IOC)
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Sebastião de Oliveira

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Britto e Wanda Hamilton, na Fiocruz (RJ), nos dias 01, 11 e 24 de setembro, 30 de outubro, 08 e 09 de dezembro de 1986 e 25 de dezembro de 1987.
Sumário
Fita 1
Origem familiar; a influência exercida pelo irmão mais velho e pelo professor Ernani Xavier de Brito; a paixão pela aviação na infância; as raízes africanas presentes na avó materna; os primeiros contatos com Manguinhos; a infância junto aos ferroviários; a vida no subúrbio de Cascadura (RJ).

Fitas 2 e 3
O bairro em que morava e os seus vizinhos; a amizade com uma família espanhola anarquista e com a comunidade árabe de Cascadura; as festas populares do Rio de Janeiro: o Carnaval, as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro e a festa da Penha; a incidência de tuberculose no Rio de Janeiro até meados do século XX; a posição política do pai e sua atuação junto ao sindicato dos ferroviários; as influências culturais traduzidas pelo samba, chorinho e pela seresta.

Fitas 4 a 8
A vida escolar em Cascadura; a recepção a Getúlio Vargas em Cascadura em 1930; o exame de admissão realizado no Colégio Pedro II e o nível de escolaridade das crianças do subúrbio na década de 30; o desenvolvimento da rede escolar no governo Pedro Ernesto; as tendências fascistas presentes no Estado Novo; o currículo ginasial e a reforma do ensino realizada pelo ministro Francisco Campos nos anos 1930; a influência do curso complementar na escolha profissional; a estratégia para escapar do serviço militar; os movimentos integralista e comunista em Cascadura; o ingresso na Escola Nacional de Veterinária; o contato com professores e futuros colegas de trabalho no IOC; a opção pela entomologia; o perfil profissional e a personalidade de Joaquim Venâncio e de Bertha Lutz; o preconceito racial no IOC; a influência das pesquisas sobre febre amarela e malária no desenvolvimento de estudos sobre mosquitos em Manguinhos; a atuação do IOC na área de saúde pública; a Fundação Rockefeller no Brasil e o estudo sobre malária na América Latina; os colegas da Escola Nacional de Veterinária; a participação em movimentos negros; a divisão político-ideológica do movimento negro nas eleições de 1986; considerações sobre a Segunda Guerra Mundial; o perfil profissional dos professores da Escola Nacional de Veterinária.

Fitas 9 e 10
O trabalho no Ministério da Agricultura; a formação na área biológica; o perfil profissional de César Pinto e de Lauro Travassos; as expedições científicas do IOC promovidas por Lauro Travassos nas décadas de 1950 e 1960; comentários sobre a metodologia científica desenvolvida no IOC; as influências estrangeiras presentes nas atividades de pesquisas do IOC; as expedições à Fazenda Japuíba em Angra dos Reis (RJ) para coleta de insetos; a influência da Semana de Arte Moderna na ciência brasileira; a amizade com Peter Vigodzinsky; a vida cultural no Rio de Janeiro na década de 40; o trabalho com inseticida na Geigy do Brasil S.A.; observações sobre a administração de Cardoso Fontes; comentários sobe a questão ciência pura versus ciência aplicada.

Fitas 11 a 13
A desqualificação profissional de alguns pesquisadores do IOC na gestão Henrique Aragão; o perfil de Henrique Aragão; a gestão Olympio da Fonseca; as dificuldades financeiras enfrentadas no IOC durante o Estado Novo; a relação de trabalho entre Lauro Travassos e seus colaboradores no laboratório de helmintologia; a estruturação da Divisão de Zoologia Médica; a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) e o combate à dengue no Rio de Janeiro em 1986; a avaliação do desenvolvimento atual da entomologia no IOC.

Fitas 14 e 15
O ingresso no IOC; o trabalho de controle da malária com César Pinto em Governador Valadares (MG); os métodos de controle e prevenção da malária existentes na década de 1940; o trabalho de atendimento médico prestado em Governador Valadares; a contratação no IOC durante a gestão Olympio da Fonseca; o desprestígio da administração Olympio da Fonseca junto a alguns pesquisadores; a preocupação de Olympio da Fonseca em desenvolver a área de química no IOC; a desqualificação profissional de Rocha Lagoa.

Fitas 16 a 18
O impacto da explosão da bomba atômica na comunidade científica e a criação do Conselho Brasileiro de Pesquisas Físicas; a visita de Oppenheimer ao Brasil; o desenvolvimento da tecnologia nuclear e sua utilização pelas Forças Armadas; os riscos das usinas nucleares no Brasil; a inexistência de pesquisas com energia nuclear no IOC; as vantagens do IOC em se manter independente das universidades; a falta de orientação do IOC no sentido de atender às necessidades sanitárias do país; a relação entre o IOC e o Ministério da Saúde; o trabalho atual com quironomídeos-marinhos; avaliação da situação atual da entomologia no Brasil.

Amilar Tavares

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro-RJ), nos dias 23 e 27 de novembro de 1987.

Sumário
1ª Sessão: fitas 1 e 2
Origem familiar; formação escolar; o trabalho na casa comercial do pai durante as férias escolares; o teste para ingressar na Fundação Rockefeller em 1940; o trabalho inicial no biotério; a admiração pela eficácia administrativa dos americanos; o trabalho como contador na Rockefeller; o pânico causado entre os funcionários da Rockefeller pelas demissões sem indenização; a autonomia administrativa exigida ao governo Getúlio Vargas pela Rockefeller; o trabalho realizado pela Rockefeller no combate à febre amarela e à malária a pedido do governo brasileiro; a inexistência de legislação trabalhista para os empregados da Rockefeller; a organização do biotério; as facilidades concedidas pelo governo brasileiro à Rockefeller; comentários sobre Francisco Laranja e Joaquim Travassos da Rosa; a disparidade salarial entre a Rockefeller e outras instituições brasileiras de pesquisa; o controle da malária no Nordeste realizado pela Rockefeller; a transferência dos funcionários da Rockefeller para o IOC em 1950; a dificuldade de entrosamento entre antigos funcionários da Rockefeller e do IOC; a auditoria financeira conduzida por Rocha Lagoa durante a gestão de Oswaldo Cruz Filho no IOC.

2ª Sessão: fitas 3, 4 e 5
As dificuldades de relação entre antigos funcionários da Rockefeller e do IOC; o trabalho como chefe do escritório comercial de Manguinhos e a burocracia existente; a autonomia financeira do IOC garantida pelo Regimento de 1962; os inquéritos policial e administrativo; a implantação do ponto obrigatório de frequência durante o governo Jânio Quadros; a transformação jurídico-administrativa do IOC em Fundação Oswaldo Cruz em 1970; a contratação de estagiários como funcionários efetivos; o trabalho como chefe da seção financeira do IOC; a intervenção do diretor Rocha Lagoa no convênios interinstitucionais realizados pelos chefes de divisão do IOC; o convite de Rocha Lagoa para trabalhar no Ministério de Saúde como diretor do Departamento de Pessoal; comentários sobre os diretores do IOC e suas administrações; a gestão de Olympio da Fonseca no IOC; as dificuldades para a obtenção de verbas para a pesquisa; o crescimento da seção administrativa na gestão Olympio da Fonseca; a exoneração do Ministério da Saúde devido a desentendimentos com Rocha Lagoa; a transferência para a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) e o trabalho como diretor da Divisão de Segurança e Informação do Ministério da Saúde; as atividades exercidas na Divisão de Segurança e Informação; o trabalho na Escola Superior de Guerra (ESG) e na Delegacia Federal de Saúde; a aposentadoria compulsória devido a problemas de saúde; o IOC durante a gestão de Rocha Lagoa; o desinteresse pela política; opinião sobre os presidentes da República e o regime militar.

José Cunha

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Brito e Wanda Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 26 de março e 02 de abril de 1987.
Sumário
Fitas 1 e 2
Origem familiar; o perfil do pai; a formação técnica autodidata no início do século; o emprego do irmão como guarda sanitário; impressões sobre o Rio de Janeiro de sua juventude; a epidemia de gripe espanhola em 1918; a família materna; a formação escolar; a morte do pai e a necessidade prematura de trabalhar; o emprego como encadernador; a evolução nas concepções de educação e saúde ao longo do século; o trabalho do auxiliar de laboratório; o curso de admissão; o ingresso no IOC em 1924; o trabalho no laboratório de bacteriologia de Genésio Pacheco; o interesse dos técnicos pela aprendizagem do serviço de laboratório; o trabalho na seção de protozoologia com Júlio Muniz; o relacionamento entre os técnicos de Manguinhos; o conflito entre auxiliares e cientistas; a contribuição de cientistas e auxiliares na sua formação; os conflitos entre os cientistas do IOC; as pesquisas do IOC na área de protozoologia; as diferenças entre os cargos de chefe de serviço e de laboratório; a viagem ao Pará com Evandro Chagas; as primeiras mulheres funcionárias do IOC e o perfil de Bertha Lutz; o aumento salarial concedido por Carlos Chagas; comparação entre os técnicos da Fundação Rockefeller e os do IOC; comentários sobre a gestão Henrique Aragão; o trabalho nos laboratórios privados dos cientistas de Manguinhos; a equipe de Evandro Chagas no IPEN; as diferenças salariais entre auxiliares e cientistas; as pesquisas de Júlio Muniz em diagnóstico da doença de Chagas; a decadência do IOC na década de 40; a gestão Carlos Chagas; o perfil científico de Carlos Chagas e as oposições à descoberta da doença de Chagas.

Fitas 3 a 5
A excursão a Angra dos Reis com Lauro Travassos; a tradição familiar dos técnicos de Manguinhos; o trabalho do fotógrafo J. Pinto no IOC; comentários sobre os arredores de Manguinhos; o salário dos auxiliares e a falta de mobilização política no IOC; a produção de vacinas no Instituto; o significado social do trabalho de Manguinhos; histórias pitorescas sobre os cientistas; comentários sobre a posição do auxiliar de laboratório na publicação de trabalhos científicos; a versatilidade dos técnicos do IOC; comparação entre os auxiliares do IOC e de outras instituições; a formação atual do técnico; o trabalho na Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu; a incorporação da Fundação Rockefeller ao IOC em 1950; os conflitos internos em Manguinhos; a reforma administrativa de 1942; a sucessão de Carlos Chagas na direção do IOC e o perfil de Cardoso Fontes; a rigidez hierárquica entre auxiliares e cientistas; a regulamentação do cartão de ponto durante a gestão Henrique Aragão; a gestão Olympio da Fonseca e a contratação de pessoal; a divisão do IOC em grupos antagônicos; a gestão Francisco Laranja; os grupos de oposição e apoio às gestões Amilcar Vianna Martins e Joaquim Travassos; o perfil científico de Rocha Lagoa e sua gestão; o Curso de Aplicação do IOC; a cassação dos cientistas de Manguinhos; o esvaziamento dos laboratórios na década de 1970; perfil de Walter Oswaldo Cruz e o fechamento da seção de hematologia; a transferência para o laboratório de Bernardo Galvão e a perda das culturas de Júlio Muniz; o trabalho na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com preparação de antígenos; a aposentadoria em 1980; a diferença salarial entre o funcionário estatutário e o celetista; a atividade como professor de prática de laboratório na Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu; a decadência do IOC e a renovação após a transformação em fundação; a relação dos antigos funcionários com Manguinhos; a premiação pelos 56 anos de serviços prestados à FIOCRUZ; as facilidades do trabalho técnico provenientes do avanço tecnológico; as semelhanças entre os técnicos antigos e os atuais.

Manuel Isnard Teixeira

Entrevista realizada por Carlos Roberto Oliveira, Flávio Edler e Rose Ingrid Goldschmidt, na Santa Casa de Misericórdia (RJ), entre os dias 16 de junho e 04 de novembro de 1987.
Sumário
Fitas 1 a 3
A infância no interior do Ceará; o coronelismo e a disputa pelo poder em Itapipoca; o antigo costume da alfabetização doméstica; a formação escolar em Fortaleza; a paixão pelo futebol; o curso preparatório; o apoio familiar na escolha profissional; a participação em movimentos políticos na faculdade; a organização do 1º Congresso Leigo Acadêmico do Brasil realizado na Bahia em 1933; a formação político-ideológica; a participação no movimento Ala Médica Reivindicadora organizado em 1934; impressões sobre a Revolução de 1930; a atuação na Juventude Comunista da Bahia; a penetração da ideologia comunista na classe operária baiana; a participação do PCB na Revolução de 1930 e o posicionamento teórico de seus dirigentes; observações sobre a prisão de Luís Carlos Prestes em 1936 e a posterior perseguição aos comunistas; a passagem pela Aliança Nacional Libertadora (ANL) em 1935; as influências francesa e inglesa no curso médico; referência à reforma de Rocha Vaz; avaliação das reformas curriculares do curso de medicina; o perfil acadêmico da Faculdade de Medicina da Bahia; a influência do jornal Gazeta de Notícias em sua saída da prisão; a indicação para o cargo de chefe de laboratório de Inspetoria de Defesa Sanitária Animal de Fortaleza em 1936; impressões sobre a Constituinte de 1934; a experiência como preso político e a candidatura a deputado federal pela União Sindical da Bahia; defesa da medicina previdenciária.

Fitas 4 e 5
O ingresso no Curso de Aplicação do IOC; impressões sobre o curso de medicina tropical ministrado por Carlos Chagas; a fragilidade dos movimentos sociais na década de 30; a participação no Socorro Vermelho antes do ingresso no PCB; o aperfeiçoamento em bacteriologia no IOC; a pesquisa em leishmaniose realizada na Fundação Gonçalo Moniz; o desenvolvimento da medicina legal na Bahia; a baixa frequência feminina no curso médico nas décadas de 1930 e 1940; o difícil acesso a Manguinhos; comentários sobre a rotina de trabalho de um estagiário no IOC.

Fitas 6 a 8
O ingresso no IOC; a projeção internacional do IOC na primeira metade do século XX; a perda de autonomia científica do IOC com a reforma administrativa do ministro Gustavo Capanema; as diferenças pessoais e ideológicas entre Carlos Chagas e Cardoso Fontes; o perfil de alguns cientistas mineiros do IOC; a administração Carlos Chagas e sua relação com a comunidade científica de Manguinhos; o acelerado ritmo de trabalho dos cientistas do IOC até os anos 1950; o processo de especialização do trabalho técnico nos laboratórios do IOC; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira na década de 1930; a alienação da ciência pura e o processo de aristocratização da ciência no IOC; a influência americana nas medidas sanitárias implantadas por João Barros Barreto; os interesses econômicos da Fundação Rockefeller no Brasil; a reprovação no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) por motivos políticos; a experiência como aluno do Curso de Aplicação do IOC e o aproveitamento dos alunos desse curso por organismos públicos e privados; o perfil profissional de Genésio Pacheco; o trabalho do DNSP nos anos 1940; a importância de Barros Barreto na formação dos profissionais da área de saúde pública; o perfil político e profissional de Mário Magalhães.

Fitas 9 a 11
O perfil profissional de Evandro Chagas e o desenvolvimento do Serviço de Estudos de Grandes Endemias (SEGE) com o apoio financeiro de empresas privadas; o vandalismo cultural do poder público denunciado pela destruição de prédios públicos; a desistência do exercício da medicina liberal; a expulsão de Carlos Lacerda da Juventude Comunista; a participação na Comissão Jurídica e Popular responsável pela apuração de crimes políticos; o alto índice de tuberculose no Brasil desde o início do século XX; a relação entre a Ordem dos Médicos e o Sindicato dos Médicos; a receptividade às ideias fascistas no meio intelectual e em Manguinhos; a alienação política dos cientistas do IOC; a separação entre ciência pura e ciência aplicada e o consequente declínio de Manguinhos; o fracasso acadêmico da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); o encontro com a futura esposa em Manguinhos e seu perfil profissional; avaliação da experiência na School of Higiene of Johns Hopkins University como bolsista do Institute of American Affairs; a participação no manifesto pela legalização do PCB em 1945; o convite para dirigir o Instituto Evandro Chagas em Belém; o ingresso no Instituto de Nutrição e a nomeação para assistente de microbiologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1944; o trabalho em saúde pública no Nordeste; o trabalho no laboratório Eduardo Bezerra S.A.; a bolsa de estudos para os Estados Unidos; a arcaica tecnologia na preparação da vacina contra a febre aftosa; a supremacia de São Paulo no desenvolvimento da saúde pública brasileira; o contato com Amilcar Vianna Martins e Otávio Magalhães no Instituto Biológico de São Paulo; a nomeação para chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose em 1961; comentários sobre o modelo de pesquisa do Instituto Biológico em São Paulo e do Instituto Ezequiel Dias em Minas Gerais; a influência científico-tecnológica europeia e norte-americana sobre o IOC.

Fitas 12 a 14
A rotina de trabalho na Inspetoria Sanitária de Defesa Animal de Fortaleza; o contato com Raimundo Arraes em Crato (CE) em 1932; observações sobre o clima de guerra fomentado pelo interventor do Ceará durante o Estado Novo; a identificação política do ministro Gustavo Capanema sobre questões sanitárias; perfil de Gustavo Capanema e o brilho intelectual de seus assessores; a diferença entre as atuações de Gustavo Capanema e Barros Barreto; observações sobre a conjuntura política brasileira no pós-64; a convivência com o imperialismo nos anos 1940; Barros Barreto e o projeto de formação de enfermeiras especialistas em saúde pública; o interrogatório sofrido no Departamento de Imigração em sua viagem aos Estados Unidos.

Fita 15
O perfil político do PC americano; o papel desempenhado pelo Institute of Interamerican Affairs durante a Segunda Guerra Mundial; a experiência adquirida na visita a diferentes laboratórios e cursos nos Estados Unidos; a utilização inicial da penicilina no combate ao pneumococo; observações sobre a divisão técnica do trabalho nos laboratórios norte-americanos na década de 1940; o perfil profissional dos professores Adauto Botelho e Jorge Bandeira e Mello.

Fitas 16 e 17
O trabalho no instituto Evandro Chagas nos anos 1940; o programa de combate à malária desenvolvido pelo Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) no Norte do Brasil e a utilização do DDT no combate aos focos da malária no fim da década de 1940; o caráter imperialista do SESP no Brasil; o perfil profissional dos funcionários do SESP; o interesse americano pela borracha brasileira durante a Segunda Guerra Mundial; a descontinuidade entre o trabalho sanitário desenvolvido pelo IOC no início do século e o programa do SESP nos anos 1940; o trabalho no Instituto Nacional de Nutrição com Josué de Castro.

Fitas 18 e 19
O perfil profissional de Marcolino Gomes Candau e Ernani Braga; os acordos políticos na obtenção de recursos para o desenvolvimento de programas de saúde pública; o oportunismo político do SESP; críticas às reformas empreendidas por Miguel Couto Filho nos cargos de direção da área de saúde; a atuação de Roberval Cordeiro de Farias na Secretaria Nacional de Fiscalização da Medicina; a candidatura a deputado federal na Assembléia Constituinte de 1946 e a atuação da corporação médica na defesa dos interesses da saúde; o discurso de Alcedo Coutinho na Assembléia Constituinte sobre a organização da saúde pública; a alienação política das associações médicas brasileiras; o estoicismo dos comunistas brasileiros; a grande aceitação popular do movimento comunista brasileiro após a Segunda Guerra Mundial; o trabalho como professor assistente da cadeira de microbiologia da Faculdade Nacional de Medicina.

Fitas 20 e 21
A atuação na campanha de helmintoses dirigida pela Divisão de Organização Sanitária de 1947 a 1954; o levantamento epidemiológico de helmintoses nas escolas nordestinas; o impacto do desenvolvimento da indústria farmacêutica sobre a saúde pública na década de 1940; a formação de quadros na área de saúde pública como obstáculo à burocratização dos serviços; a defesa da medicina liberal pelos médicos conservadores; a criação da AMDF, em 1950, com a participação de comunistas e previdenciários.

Fitas 22 e 23
A constituição dos institutos de aposentadoria e pensões nos anos 1930; Castelo Branco e a unificação da assistência médico-previdenciária com a criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS); o perfil profissional de Erlindo Salsano na direção do DNSP; a importância social do Serviço Nacional de Lepra; a falta de especialização do corpo profissional da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM); a experiência como chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose; o perfil profissional de Bichat de Almeida Rodrigues; a tese do professor José Oliveira Coutinho sobre a semelhança entre malária e esquistossomose; o trabalho de Mário Pinotti no Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu); os gastos do Serviço Nacional de Tuberculose; a renúncia de Jânio Quadros.

Fitas 24 e 25
Os vínculos com a OMS e as viagens ao Canadá, Estados Unidos e México para estudar a técnica de produção de vacina BCG; o contato com a China maoísta como representante da OMS; a importância da medicina popular para o desenvolvimento das instituições médicas da China comunista; o posicionamento do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) quanto às políticas de saúde pública; o perfil profissional de Carlos Gentile de Mello; o golpe militar de 1964; o aparecimento do Movimento Médico Renovador em 1968; a impossibilidade ideológica e prática de trabalhar em Manguinhos; a constante alienação política do pesquisadores do IOC em função da total dedicação ao trabalho; a influência norte-americana na ENSP; o inquérito administrativo do Ministério da Saúde em 1964; a aposentadoria compulsória por motivos políticos; avaliação de sua trajetória de vida; perspectivas em relação ao futuro do país.

Sylvia Hasselmann

Entrevista realizada por Paulo Gadelha e Ruth B. Martins, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 17 de março de 1987.
Sumário
Fitas 1 a 3
Perfil de Walter Oswaldo Cruz; o encontro de Sylvia Hasselmann com Walter Oswaldo Cruz no Curso de Aplicação do IOC; as dificuldades burocráticas enfrentadas por Walter Oswaldo Cruz no IOC para o desenvolvimento de pesquisas; o círculo de amizades de Walter Oswaldo Cruz; a seriedade no relacionamento com os colegas de trabalho; a amizade com Haity Moussatché e Herman Lent; as dificuldades impostas pela gestão Cardoso Fontes às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz; a opção de Sylvia Hasselmann pela família em detrimento da carreira científica; o perfil boêmio de Walter Oswaldo Cruz; o apoio na administração do laboratório do marido; a captação de recursos financeiros externos para a pesquisa no IOC; comentários sobre a utilização política do mito Oswaldo Cruz; as relações entre Walter Oswaldo Cruz e o pai; a personalidade competitiva do marido; a vida familiar; o auxílio financeiro de Guilherme Guinle às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz; a crítica de Walter Oswaldo Cruz aos diretores do IOC; os motivos que levaram Walter Oswaldo Cruz a assinar o telegrama de apoio a Luís Carlos Prestes; a ligação de Walter Oswaldo Cruz com o Partido Comunista Brasileiro (PCB); a crença de Walter Oswaldo Cruz na libertação nacional através do desenvolvimento tecnológico; o boicote às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz em Manguinhos; a defesa da pesquisa básica e direcional; o relacionamento de Walter Oswaldo Cruz com o desenvolvimento tecnológico; o processo de seleção enfrentado pelos estagiários do laboratório de Walter Oswaldo Cruz; a admiração profissional por Walter Oswaldo Cruz dos pesquisadores cassados; os métodos educacionais de Walter Oswaldo Cruz; o processo de perseguição a Walter Oswaldo Cruz no IOC e o boicote às suas pesquisas após 1964.
Nota: A entrevista de Sylvia Hasselmann é sobre Walter Oswaldo Cruz e contou com a participação de sua filha Vera.

Processos

  • BR RJCOC JJ-FC-ST-09
  • Dossiê
  • 22/01/1970 - 10/09/1987
  • Parte de José Jurberg

Processo.
Dilson de Souza Rohloff; Regina Roque de Abreu; Hamilton Ávila; Joaquim Moreira Nunes; Gilberto de Freitas

Mário Vianna Dias

Entrevista realizada por Nara Azevedo Brito, Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Academia Brasileira de Ciências (RJ), nos dias 08, 15, 21 e 29 de maio, 06, 12, 19 e 25 de junho, 02 e 09 de julho de 1987.
Sumário
Fita 1 a Fita 3

Origem familiar; a infância em Petrópolis; formação escolar e educação familiar; as concepções de religiosidade e morte; o prematuro interesse pela ciência; crítica aos métodos educacionais de sua época; a iniciação intelectual; os primeiros contatos com o IOC e a morte de Oswaldo Cruz; o índice de sífilis na cidade do Rio de Janeiro no início do século XX; o status social do cientista brasileiro na primeira metade do século.

Fita 3 – Lado B a Fita 6

O ingresso na Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro o curso médico e suas disciplinas; impressões sobre a Revolução de 30; os professores e métodos de ensino do curso de medicina; o ingresso em Manguinhos e o trabalho com Miguel Osório de Almeida; o prestígio do laboratório de fisiologia dos irmãos Osório de Almeida no meio acadêmico; as características do Curso de Aplicação do IIOC; a experiência profissional no setor de psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia; o desenvolvimento da terapêutica no início do século XX; a formação acadêmica dos irmãos Osório de Almeida; história do desenvolvimento fisiologia no cenário cientifico brasileiro; a escola naturalista de Adolpho Lutz.

Fita 7 a Fita 10 – Lado A

O trabalho na Comissão Técnica de Piscicultura do Nordeste na década de 30; perfil profissional de Arthur Neiva; Rodolfo Von Ihering e o desenvolvimento da piscicultura no Brasil ; Barros Barreto e a criação da Divisão de Higiene do IOC; o papel do IOC nas políticas de saúde pública e na institucionalização da pesquisa biomédica; o desenvolvimento da pesquisa científica com a fundação da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Distrito Federal (UDF); o conflito científico entre Arthur Moses e Oswaldo Cruz; a relação de Cardoso Fontes com o Ministro Gustavo Capanema; a vulnerabilidade política do IOC após a morte de Carlos Chagas; o abandono das pesquisas de ponta após a morte de Oswaldo Cruz e a permanência do IOC nos moldes das instituições científicas do século XIX; o desenvolvimento científico do IOC; a vulnerabilidade político do IOC durante a ditadura militar; a desvalorização da ciência pura na sociedade brasileira, os institutos de pesquisa e a criação das universidades; os objetivos principais da gestão Olympio da Fonseca; o caráter personalizado e centralizador das direções do IOC.

Fita 10 – Lado B a Fita 13

A equipe da Comissão Técnica de Piscicultura do Nordeste e a rotina de trabalho em Campina Grande (PB); as atividades profissionais desenvolvidas no seu Museu Goeldi; o impacto causado pela descoberta da fauna e flora amazônica; o trabalho da translação de espécies de peixe; a pesquisa de campo no interior do Nordeste; comentários sobre Lampião; a queda qualitativa das pesquisas da comissão Técnica de Piscicultura do Nordeste após 1937; a importância do mecenato de Guilherme Guinle para as atividades científicas no Brasil; o retorno ao Rio de Janeiro, em 1937 e a conclusão do curso de medicina; o trabalho desenvolvido por Aity Moussatché na Fundação Rockefeller; a tentativa de transformar Manguinhos em campas universitário e a conjuntura política durante a ditadura Vargas; impressões sobre os movimentos comunistas e integralistas nos anos 30; a guerra civil espanhola e o totalitarismo europeu.

Fita 14 a Fita 17 – Lado A

A contratação pelo IOC em 1938; as aulas de higiene ministradas pelo professor Arfando Peixoto; o perfil da psiquiatria brasileira em mediados do século XX; a influência do Instituto Pasteur na formação dos cientistas brasileiros no início do século; as influências francesa e alemã no desenvolvimento científico brasileiro; o caráter prático das pesquisa realizadas pela Fundação Rockefeller no Brasil; a relação entre ciência e saúde pública no IOC; a formação técnica dos sanitaristas brasileiros até meados do século XX; a importância da atividade prática na formação médica; o perfil profissional de Evandro Chagas, o conflito entre a Faculdade Nacional de Medicina e o IOC; a posição da Academia Nacional de Medicina diante da descoberta do Trypanossoma cruzi por Carlos Chagas; comentários sobre o antigo processo de doutoramento na área médica; a experiência profissional na área de parasitologia como aluno de Olympio da Fonseca; o concurso para biologista promovido pelo DASP para integrar o quadro do IOC; o desprestígio da seção de fisiologia em Manguinhos até os anos 30; a organização da Divisão de Fisiologia do IOC; observações sobre as vantagens e desvantagens do vínculo administrativo entre instituições de pesquisa e universidades no Brasil; as deficiências no Curso de Aplicação do IOC na área de fisiologia; comparação entre o desenvolvimento científico do Rio de Janeiro e de São Paulo; a baixa qualidade dos profissionais recrutados pelo IOC durante algumas administrações; o caráter centralizador das direções do IOC.

Fita 17 – Lado B e Fita 18

O impulso dado por Miguel Osório de Almeida e Thales Martins à fisiologia no IOC; a equipe de Miguel Osório de Almeida na seção de fisiologia; a relação com Antônio Augusto Xavier; o perfil profissional de Thales Martins; a relação de Thales Martins com os colegas de trabalho; as pesquisas desenvolvidas por Fernando Ubatuba e Thales Martins em endocrinologia; a competência profissional da equipe de Thales Margins; a necessidade de independência na escolha das linhas de pesquisa, pesquisas e o ambiente de trabalho no laboratório de Miguel Osório, perfil científico de Carlos Chagas Filho e o Instituto de biofísica.

Fita 19 a Fita 21

Os pesquisadores estrangeiros visitantes do laboratório de fisiologia; Miguel Osório de Almeida a criação do Instituto Franco-Brasileiro de Alta Cultura; a influência estrangeira na ciência brasileira; a formação francesa de Miguel Osório de Almeida o trabalho desenvolvido em neurologia; a influência americana na fisiologia brasileira; os primeiros contatos com o acervo bibliográfico do IOC; perfil da família Osório de Almeida; o interesse de Miguel Osório de Almeida pelo movimento cultural de sua época; o perfil ideológico dos irmãos Osório de Almeida e o envolvimento com a Associação Brasileira de Ensinos.

Fita 22 a Fita 24

O impacto da Segunda Guerra Mundial no Rio de Janeiro; a produção científica durante a Segunda Guerra Mundial e a sua utilização para fins bélicos; o impacto causado pela explosão da bomba atômica e a evolução tecnológica no período pós-guerra; a tentativa de Olympio da Fonseca em equipar tecnicamente o IOC; a baixa qualidade dos pesquisadores contratados pelo IOC nos anos 50 e 60; a avaliação da reforma dos cursos do IOC realizada por Olympio da Fonseca; o trabalho em nutrição desenvolvido por Moura Campos no IOC; o desenvolvimento da fisiologia em São Paulo nas décadas de 40 e 50; o trabalho desenvolvido por Paulo Galvão em fisiologia no Instituto Biológico de São Paulo; a importância da Sociedade de Fisiologia e dos pesquisadores mineiros; comparação entre o desenvolvimento tecnológico do IOC e das demais instituições de pesquisa do país; os métodos de trabalho utilizados por Miguel Osório de Almeida e a orientação para o desenvolvimento de pesquisas em áreas diversificadas.

Fita 24 a Fita 26

As divergências entre o Ministro Clemente Mariani e o diretor do IOC Henrique Aragão; a participação de Olympio da Fonseca no pleito acadêmico Potsch-Mello Leitão; as reivindicações pela criação de um conselho consultivo do IOC; a gestão Francisco Laranja; a relação pessoal e profissional de Olympio da Fonseca com os pesquisadores do IOC; crítica à gestão Antônio Augusto Xavier; a luta do Herman Lent e Haity Moussatché pelo intercâmbio entre o IOC e as universidades; a influência negativa da política na escolha da direção do IOC; a fragilidade política e científica do Ministério da Saúde; as gestões Tito Cavalcanti e Amilcar Vianna Martins; a criação do CNPq em 1951 e os benefícios obtidos pelo IOC; o militarismo na América Latina e o caráter corporativo dos militares; a importância da participação dos pesquisadores nos rumos da política científica; a ciência e como instrumento de poder e seu papel na política; a marginalização da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) na política nuclear durante o governo Geisel; o trabalho desenvolvido no National Instituto for Medical Reasearch em Londres com Lindon Brown; o trabalho com Francisco Gomes e a importância da colaboração dos auxiliares para o desenvolvimento da pesquisa no IOC; perfil de Joaquim Venâncio; o perfil profissional dos bibliotecários Mário Araújo Filho e Emília de Bustamante; a qualidade do acervo bibliográfico de Manguinhos.

Fita 27 a Fita 30

Impressões sobre o governo João Goulart; a gestão Joaquim Travassos; a tentativa de implantação da pesquisa aplicada no IOC durante o governo Goulart e a reação dos pesquisadores; perfil de Nicanor Botafogo; crítica ao baixo investimento da União do IOC; o trabalho em microbiologia desenvolvido por Genésio Pacheco; a baixa credibilidade científica de José Guilherme Lacorte; o cenário político no início dos anos 60; o descrédito político de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek em Manguinhos; o golpe militar em 1964 e a repercussão em Manguinhos; a perseguição de Olympio da Fonseca e Herman Lent; a perseguição de Rocha Lagoa a Walter Oswaldo Cruz; a divisão ideológica da comunidade científica brasileira; prisão do filho de Herman Lent; as motivações de caráter pessoal como causa das perseguições políticas no IOC; a personalidade de Rocha Lagoa; o convite para a direção do Instituto Biomédico da UFF; as cassações dos pesquisadores; as consequências para o IOC; as ligações pessoais de Rocha Lagoa com os militares; avaliação das pesquisas em fisiologia realizadas na UFF; o desejo de retornar a Manguinhos; a situação atual das instituições de pesquisa no país; comentários sobre a gestão Sérgio Arouca na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Fitas 27 a 30.

Otávio Pieri

Entrevista realizada por Nara Brito e Jaime Benchimol , no dia 25 de agosto de 1988, a respeito da história de vida do depoente abordando aspectos de sua atuação profissional no Instituto Oswaldo Cruz e a zoologia médica, a área da Biologia, a gestão de Wladimir Lobato Paraense, dentre outros temas.

Carlos Chagas Filho

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Brito, Paulo Gadelha, Luiz Fernando Ferreira e Rose Ingrid Goldschmidt, no Instituto de Biofísica (UFRJ), entre os dias 18 de fevereiro de 1987 e 30 de setembro de 1988.
Sumário
Fita 1 a Fita 3

O ingresso na faculdade de medicina; o encontro com Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias no curso médico; a personalidade e inteligência de Walter Oswaldo Cruz; a penetração da literatura francesa no Brasil no início do século; A reforma de ensino Rocha Vaz e as repercussões no curso de medicina; o ingresso em Manguinhos com Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias; a experiência como adjunto de serviço de autópsia de Magarino Torres no Hospital São Francisco; o método e a dedicação do pai à atividade docente; a boemia nos tempos da juventude com os amigos Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias; o interesse de Walter Oswaldo Cruz pelo estudo de anemia; a opção pela universidade em detrimento de Manguinhos; a iniciativa da Fundação Ford em estabelecer cursos de pós-graduação no Brasil a partir de 1964; o perfil progressista de Walter Oswaldo Cruz; visão crítica sobre Rocha Lagoa; as gestões Francisco Laranja e Antonio Augusto Xavier no IOC; a decadência de Manguinhos; os conflitos internos gerados com a nomeação de Rocha Lagoa para a direção do IOC; o convite do presidente Castelo Branco para representar o Brasil na UNESCO; a reprovação de Rocha Lagoa no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) para biologista de Manguinhos; a presença de militares no IOC durante a gestão de Rocha Lagoa; o último encontro com Walter Oswaldo Cruz em 1965 e o choque causado por sua morte em 1967; a atual superioridade científica de São Paulo sobre o Rio de Janeiro; o perfil profissional dos filhos de Oswaldo Cruz.

Fita 4 a Fita 5

A infância na rua Paissandú (RJ); os banhos de mar com o pai na Praia do Flamengo (RJ); a admiração de Carlos Chagas por Oswaldo Cruz e o choque provocado por sua morte; a divisão política do IOC depois da morte de Oswaldo Cruz e a luta pela direção de Manguinhos; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira; o esvaziamento do IOC após a criação das universidades e centros de pesquisa a partir da década de 30; comentários sobre as causas da morte de Oswaldo Cruz; a crença positivista da família e o forte sentimento religioso; a educação voltada para as diversas manifestações culturais e artísticas; a influência estrangeira no desenvolvimento científico brasileiro; as leituras preferidas do pai; o questionamento da Academia Nacional de Medicina a respeito da descoberta da doença de Chagas; o desprestígio da carreira universitária no início do século; a fundação de um centro de pesquisa em universidade brasileira; o caráter centralizador da gestão de Carlos Chagas no IOC.

Fita 6 a Fita 7

Os primeiros contatos com Manguinhos e com Joaquim Venâncio; a personalidade de Adolpho Lutz; a amizade com Francisco Gomes no laboratório de Astrogildo Machado; a experiência profissional adquirida no contato com Osvino Pena, Magarino Torres e Burle Figueiredo no Hospital São Francisco de Assis; a vida boêmia de alguns cientistas do IOC; o perfil profissional de Carneiro Felipe; a relação paternalista dos cientistas do IOC com seus estagiários; a personalidade autoritária de Álvaro Osório de Almeida; a forte influência científico-cultural francesa nos fundadores de Manguinhos; comparações entre as questões sociais do início do século e as atuais; o crescimento das favelas do Rio de Janeiro após o Estado Novo; ausência de discriminação racial em Manguinhos; a participação na Aliança Liberal em 1930; o equívoco das políticas de saúde de Getúlio Vargas; resistência do pai à incorporação do IOC pelo Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP); o perfil político de Belisário Pena e sua relação com Carlos Chagas; ausência de grupos de esquerda organizados antes da década de 30; o mecenato de Guilherme Guinle e o financiamento ao SEGE dirigido por Evandro Chagas; o perfil profissional de Felipe Neri Guimarães e a coesão do grupo de cientistas do SEGE; a desvalorização da ciência por parte das autoridades brasileiras; inexistência de um período de decadência na história de Manguinhos; comentários sobre a baixa qualidade da penicilina produzida por Manguinhos na década de 40; a dificuldade da gestão Aragão em visualizar o futuro desenvolvimento do IOC.

Fita 8 a Fita 9

Perfil do professor Pacheco Leão; a experiência profissional na expedição à Lassance e o contato com lepra e malária no interior do país; as condições de vida do povo brasileiro; as qualidades e carências do Curso de aplicação do IOC; a convivência com o arquiteto Luiz de Morais, com o bibliotecário Overmeer e o fotógrafo J. Pinto; as diversas fontes de financiamento do laboratório de biofísica; o nascimento da microscopia eletrônica brasileira; a formação de profissionais competentes no Instituto de Biofísica; os motivos da opção pela universidade em detrimento do IOC; a dificuldade na escolha da banca examinadora do concurso na Universidade do Brasil; o pedido para sua permanência em Manguinhos feito por Evandro Chagas; o desgosto de Evandro Chagas ao ser reprovado no concurso para a cátedra de doenças tropicais da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil; a nomeação para chefia do SEGE em 1942 após a morte de Evandro Chagas; as diversas origens das verbas do IOC e o incentivo à pesquisa brasileira com a criação do CNPq; o auxílio da fundação Rockefeller para o desenvolvimento da pesquisa em radioisotopia no Instituto de Biofísica; a personalidade de Miguel Osório de Almeida; a prisão de Carlos Chagas na Revolução de 1930; Pedro Ernesto e a tentativa de democratizar o governo Vargas; defesa da formação interdisciplinar do médico e do sanitarista brasileiro.

Fita 10 e Fita 11

A luta pelo progresso da ciência brasileira; a elevação do custo de vida e as dificuldades financeiras durante o Estado Novo; o contato com grandes cientistas europeus na década de 40; a formação inicial do quadro de profissionais do Instituto de Biofísica; as dificuldades do desenvolvimento científico na sociedade brasileira; a tentativa de Barros Barreto de transformar o IOC em uma instituição de saúde pública; a prática de interdisciplina no Instituto de Biofísica; o incentivo do CNPq ao desenvolvimento científico; perfil do Almirante Álvaro Alberto; o desenvolvimento da física brasileira; defesa da autonomia de pesquisa nas universidades; os riscos provenientes da privatização das instituições de pesquisa; considerações sobre a importância da tecnologia no desenvolvimento científico do Terceiro Mundo.

Fita 12 a Fita 14

Os principais problemas do Terceiro Mundo; o caráter colonial do desenvolvimento científico brasileiro; a necessidade de harmonia cultural para o desenvolvimento econômico e social de um país; a valorização da ciência e tecnologia após a Segunda Guerra Mundial; crítica ao comportamento das elites brasileiras; comparação entre o ensino médico do início do século e da década de 60; os obstáculos à pesquisa criados pela Reforma Universitária de 1964; defesa do ensino religioso nas universidades brasileiras.

Fita 15 a Fita 16

A inconveniente privatização da biotecnologia; ausência de políticos voltados para a defesa do desenvolvimento da ciência e tecnologia nacional; a necessidade de diferenciação entre prática médica e atividade científica; histórico da criação do CNPq e o trabalho desenvolvido na Divisão de Ciência e Biologia; o preconceito do CNPq em relação às ciências sociais; comentários sobre a soma de recursos do CNPq investidas em Manguinhos; o aproveitamento de cientistas europeus exilados durante a Segunda Guerra Mundial por instituições de pesquisa de São Paulo; definição de vocação científica e a diferenciação entre cientistas e “empregados da ciência”; comentários sobre a obrigatoriedade de publicação regular de artigos científicos; as disputas internas no CNPq durante o governo Café Filho e a demissão do Almirante Álvaro Alberto; o controle da ciência e da tecnologia pelos militares a partir de 1964.

Fita 17 a Fita 18 - Lado A

O contato com o Instituto Pasteur e com Emile Marchou em 1937; a equiparação tecnológica do IOC com o Instituto Pasteur na década de 30; comentário sobre a atuação de pesquisadores do Instituto Pasteur na Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial; perfil de Eráclides de Souza Araújo; Olympio da Fonseca e a tentativa de criar a área de microscopia eletrônica no IOC; o perfil acadêmico das universidades francesas.

Fita 18 - lado B a Fita 19

O trabalho da Academia Brasileira de Ciências na década de 60; as reuniões científicas com Álvaro Alberto e Arthur Moses; a questão da propriedade das patentes de vacina no IOC na década de 30; a supremacia do grupo biomédico na Academia Brasileira de Ciências a partir da década de 40; a valorização da saúde pelas autoridades públicas após a Reforma Carlos Chagas em 1921; a importância das academias científicas no desenvolvimento social e econômico dos países europeus; o trabalho desenvolvido como delegado do Brasil na UNESCO; o trabalho pela paz mundial; a importância de sua atuação como secretário geral da Conferência das Nações Unidas para a Aplicação da Ciência e Tecnologia ao Desenvolvimento realizada em 1962; a nomeação para presidente da Academia Pontifícia de Ciências.

Fita 20 a Fita 21

Perfil da bibliotecária Emília de Bustamante; o distanciamento entre os avanços da ciência nos países desenvolvidos e nos subdesenvolvidos; a necessária priorização da educação pelos futuros governantes brasileiros; o caráter predatório das elites brasileiras; a luta empreendida pela Academia Pontifícia de Ciências contra a guerra nuclear e a destruição da camada de ozônio da atmosfera; a defesa pela Igreja do sistema Ptolomáico ameaçado por Copérnico; as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Vaticano; comentários sobre a fé católica brasileira; a singular combinação entre ciência e religião e sua concepção de religiosidade; defesa da origem divina do universo; a forte religiosidade dos cientistas judeus; os méritos e defeitos da “Tecnologia da Libertação”; visão sobre o papel da ciência no desenvolvimento humano.

Moacyr Vaz de Andrade

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Fiocruz, nos dias 14 e 16 de dezembro de 1987, 29 de janeiro e 05 de fevereiro de 1988.
Sumário
Fita 1 e Fita 2 – Lado A

Origem familiar; a importância do meio universitário na formação do indivíduo; a influência do Colégio Batista em sua vida; formação religiosa; o interesse pela leitura; a atividade do pai como líder sindical; o clima de diálogo na família; a descoberta do marxismo; o rompimento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB); a militância política no PCB; o ingresso no PCB em 1945; a célula do PCB no IOC; o desligamento do Partido na época da ilegalidade; a preparação para o vestibular de medicina no Colégio Universitário; a reprovação no exame de física; o vestibular para química na Universidade do Distrito Federal (UDF); a encampação da UDF pela Faculdade Nacional de Filosofia em 1937; o interesse pela ciência através do contato com o professor Victor Strawinsky; comentários sobre a UDF; a Segunda Guerra Mundial e o retorno dos professores estrangeiros à Europa; o ingresso na seção de ensaios biológicos e controle do IOC; as dificuldades para se tornar pesquisador; o incentivo do professor Hasselmann e o concurso de Manguinhos; a orientação do curso de química voltada para a formação de professores do segundo grau; os vínculos entre Brasil e Estados Unidos na área de química; o mercado de trabalho na área de química; a convocação para a guerra e o adiamento da contratação no IOC.

Fita 2 – Lado B a Fita 4 – Lado A

O trabalho desenvolvido na seção de ensaios biológicos e controle; a química no IOC; a implantação do ponto obrigatório no IOC; o papel de Gilberto Villela no desenvolvimento da bioquímica no Brasil; a produção de plasma seco durante a guerra; a relação dos pesquisadores do IOC com a Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro; o trabalho de controle de produtos farmacêuticos no IOC; a escassez de mercado de trabalho na área de pesquisa; a produção de penicilina no IOC; a produção de vacinas no IOC; a gestão Henrique Aragão no IOC; o prestígio pessoal como elemento fundamental na distribuição de verbas para o IOC; as irregularidades na administração do IOC; os inquéritos militares e administrativos no IOC e as perseguições aos pesquisadores; o Congresso de Microbiologia realizado em 1950; os desníveis salariais entre funcionários do IOC; o Curso de Aplicação do IOC; a transferência para a seção de micologia a convite de Arêa Leão; as disputas entre os pesquisadores pelo uso de equipamentos científicos.

Fita 4 – Lado B a Fita 6 – Lado A

A amizade com Masao Goto; o trabalho na seção de micologia; a interrupção da pesquisa em conseqüência da cassação e os planos para continuá-la ao retornar a Manguinhos; as pesquisas sobre câncer desenvolvidas por Arêa Leão; a atividade política e comercial da fabricação de vacinas; o perfil de Arêa Leão; a realização profissional na micologia; o veto de Rocha Lagoa à homenagem a Arêa Leão; o afastamento de Olympio da Fonseca do IOC e sua volta como diretor em 1950; a falta de incentivo à pesquisa no Brasil; o desenvolvimento da micologia no IOC; o desenvolvimento da micoteca; os cursos de Manguinhos na área de micologia; as dificuldades profissionais em conseqüência da cassação; o trabalho como professor de fisiologia e bioquímica de fungos; a importância da criação de um conselho administrativo no IOC; opinião sobre a administração de Sérgio Arouca; a ilegalidade do PCB e a apreensão de seus arquivos em 1964; o retorno a Manguinhos depois da cassação.

Fita 6 – Lado B e Fita 7

As aulas de micologia no Curso de Aplicação do IOC; o aproveitamento de alunos do curso como estagiários; a crise do IOC durante a gestão Olympio da Fonseca; a gestão Travassos da Rosa e a exoneração de funcionários; o trabalho desenvolvido na administração do IOC; os conflitos entre os setores de pesquisa e de produção; as dificuldades em conciliar pesquisa e administração; a surpresa pela cassação; o grupo de cassados e o entusiasmo pelo trabalho; a administração de Olympio da Fonseca; a produção de vacinas no IOC; o perfil de José Fonseca da Cunha e seu relacionamento com os pesquisadores; o interesse político-governamental na área de produção; as dificuldades para a realização de pesquisas no Brasil.

Amilcar Vianna Martins

Sumário
1ª Sessão: fitas 1 a 3 Lado A
O ingresso no Instituto Ezequiel Dias; a diversificação das áreas de pesquisa e as atividades científicas desenvolvidas nesse Instituto; a escassez de recursos financeiros para o Instituto; o projeto de Otávio Magalhães para a construção do Instituto Ezequiel Dias; o aprendizado das técnicas de produção de soros e vacinas no IOC; a produção de soro antiescorpiônico e sua paralisação em consequência da exoneração de Otávio Magalhães do Instituto; a introdução de novas técnicas para a produção do soro antiescorpiônico; a produção de soros antidiftérico e antiofídico; a fabricação de vacina antivariólica e de produtos veterinários no Instituto Ezequiel Dias; comentários sobre a criação do Instituto Ezequiel Dias; as reuniões entre os pesquisadores para escolha dos temas de pesquisa; o recrutamento de pesquisadores na faculdade de medicina; o interesse pela área de parasitologia; a autonomia e o ecletismo das pesquisas; o trabalho com doença de Chagas; perfil de Carlos Chagas; a importância das filiais do IOC; o intercâmbio entre o Instituto Ezequiel Dias e instituições estrangeiras de pesquisa; a viagem aos Estados Unidos para o estudo da febre maculosa das Montanhas Rochosas; a contaminação e as lesões causadas pela doença de Chagas.

2ª Sessão: fitas 3 lado B a 6
A nomeação para a diretoria do DNERu em 1959; a participação no diretório regional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); comentários sobre a Segunda Guerra Mundial e sua atuação como médico da FEB; a indicação de Juscelino Kubitschek para diretor do IOC; a crise interna no IOC; comentários sobre o Hospital Evandro Chagas; a oposição à sua administração no Instituto; a questão da distribuição de verbas aos laboratórios do Instituto; a inauguração do refeitório e a duplicação de recursos durante a sua gestão; o trabalho com esquistossomose na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte; a criação do Instituto René Rachou; a relevância da produção de vacinas antiamarílica e antivariólica; comentários sobre a decadência de Manguinhos; a falta de interesse dos pesquisadores pelas doenças parasitárias e endêmicas; a constituição do INERu e do DNERu; o pedido de exoneração do IOC; a direção do DNERu; o problema da liberação de verbas públicas para a pesquisa científica; a relação de amizade com Juscelino Kubitschek; a pesquisa em doenças de Chagas no município de Bambuí (MG); a proibição de trabalhar com essa doença; a cassação em 1969 e o trabalho no exterior; comentários sobre a transmissão da leishmaniose e o combate a essa doença; comentários sobre a biblioteca do IOC.

Memória de Manguinhos

Reúne 30 depoimentos que foram coletados com o objetivo de reconstituir a história do Instituto Oswaldo Cruz através da vivência de alguns de seus cientistas, auxiliares e administradores, enfocando questões relativas ao ensino, pesquisa, política institucional e governamental, produção de terapêuticos e o desenvolvimento da ciência. As entrevistas tratam principalmente do período compreendido entre a década de 1930 e o "Massacre de Manguinhos" nos anos 1970. O projeto obteve apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Cartas

  • BR RJCOC AP-VP-MM-01
  • Dossiê
  • 26/06/1964 - 28/12/1989
  • Parte de Augusto Perissé

Jornal da Cidade de Barbacena

Constança Arraes de Alencar

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz, no dia 08 de agosto de 1989.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; a formação profissional dos pais; o pioneirismo do avô imigrante; as atividades profissionais da mãe; o desejo pela experiência da maternidade; a infância em Ipanema; a vida escolar; a descoberta da vocação científica; a opção pelo curso médico e a posterior escolha pela biologia; o curso de biologia da UFRJ; a opção pela especialização em genética; o desprestígio do curso de biologia na década de 1970; o ingresso no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) por intermédio de Carlos Morel; o fantasma da mão-de-obra barata presente no estágio da FIOCRUZ; o ingresso no curso de mestrado; as dificuldades do desenvolvimento científico em um país subdesenvolvido; comentários sobre as dificuldades advindas das restrições à contratação de pesquisadores e escassez de recursos materiais; os riscos de contaminação no trabalho diário com Trypanosoma cruzi; a gestão de Carlos Morel como chefe do departamento de bioquímica e Biologia Molecular; os vínculos entre os cursos de pós-graduação da UFRJ e da FIOCRUZ.

Pedrina Cunha de Oliveira

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (RJ), no dia 06 de junho de 1989.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; o perfil do pai; a infância em uma fazenda em Goiás; a personalidade da mãe; as dificuldades de comunicação no interior do Brasil na década de 1940; a educação familiar voltada para o trabalho; a ausência de preconceito na educação informal; a igualdade no trato com os trabalhadores da fazenda; os papéis sociais do homem e da mulher no interior brasileiro em meados do século XIX; o espaço doméstico como locus feminino; a profissionalização como caminho para a emancipação; a generosidade característica da educação materna; os papéis familiares: a mãe educadora e pai provedor; a população “encardida” de Goiás; os primeiros estudos realizados na comunidade local; o ingresso no colégio interno feminino; a rígida disciplina de uma instituição religiosa; o cotidiano no internato; a “disciplinarização” do diálogo e a preocupação com a higiene na escola; a vigilância do corpo nos banhos no internato; a preocupação das freiras com a educação humanitária; a censura à literatura; o ingresso em colégio leigo de Goiânia; a liberdade na escolha profissional; a opção pelo curso de farmácia; o desejo inicial de retornar a Goiás após a graduação; a fascinação pelo trabalho laboratorial; o curso de farmácia da UFRJ na década de 1950; a ausência de preconceito sexual na faculdade; as qualidades da Faculdade de Farmácia da UFRJ; a opção por não retornar a Goiás e o primeiro contato com o IOC; o ingresso em Manguinhos como estagiária e o trabalho desenvolvido com Oswaldo Lazzarini Peckolt no Departamento de Química; a rápida efetivação no IOC; os trabalhos realizados com Fernando Ubatuba nos laboratórios das Pioneiras Sociais e o seu abandono devido ao trabalho no IOC em tempo integral; o preconceito em Manguinhos pelo trabalho feminino; a admiração por Bertha Lutz; a mudança para o Departamento de Micologia; o Curso de Aplicação do IOC; o corpo de pesquisadores do Departamento de Micologia na década de 1960; a qualificação profissional de Adolpho Furtado e sua marginalização em Manguinhos; as dificuldades dos pesquisadores do IOC em optarem pelo regime celetista na década de 70; o casamento em 1970 e a experiência da maternidade; a opção pela família no momento de crise do IOC; as dificuldades em conciliar vida privada e vida profissional; o intercâmbio com o Instituto de Biologia de São Paulo; histórico do desenvolvimento da micologia no Brasil desde a década de 50; a demanda de conhecimento da micologia provocada pelo desenvolvimento tecnológico dos últimos anos; a trajetória profissional no Departamento de Micologia; a situação da mulher nas instituições científicas internacionais; a experiência adquirida no mestrado realizado na Universidade de Sheffield; a conscientização feminina na Inglaterra; os grandes nomes da micologia brasileira: Antônio Arêa-Leão e Adolpho Furtado; a organização do Departamento de Micologia a partir da gestão Coura e a demanda de conhecimento dos setores agrícola e industrial do Brasil.

Wladimir Lobato Paraense

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Fiocruz (RJ), entre os dias 14 de março de 1988 a 31 de maio de 1989.
Sumário
Fitas 1 e 2
A infância em Belém; a cidade de Belém no início do século; o incentivo da família aos estudos; a formação escolar; o ingresso na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará em 1931 e o encontro com Leônidas Deane.

Fitas 2 a 4
A vocação pelo jornalismo e o gosto pela astronomia; o papel científico do IOC no início do século; a decadência de Manguinhos; a opção pela medicina; a bolsa de estudos em anatomia patológica na Faculdade de Medicina de São Paulo em 1938; o curso de malariologia no Instituto Evandro Chagas em 1940.

Fitas 5 a 7
A Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará na década de 1930; as aulas de histologia com Jaime Aben Athar; comentários sobre a expedição de Oswaldo Cruz, Costa Lima e Jaime Aben Athar no Pará no início do século; comentários sobre o Instituto Evandro Chagas; perfil profissional de Jaime Aben Athar; o trabalho no laboratório de histologia da Santa Casa; a viagem para Recife em 1936; o contato com Jorge Lobo e o concurso para o internato no Hospital Oswaldo Cruz em Pernambuco; o ingresso na Faculdade de Medicina de Recife.

Fitas 8 e 9
Comparação entre as faculdades de medicina de Belém e de Recife na década de 1930; a carência de laboratórios de análises clínicas no início do século no Rio de Janeiro; o trabalho no laboratório de anatomia patológica da Faculdade de Recife; as Memórias do IOC; a participação no curso de parasitologia ministrado por Samuel Pessoa na Faculdade de Medicina de Recife em 1936; perfil de Samuel Pessoa; a repercussão do movimento comunista em 1935 entre os estudantes; comentários sobre o trabalho no Hospital Oswaldo Cruz e na Faculdade de Medicina de Pernambuco; as condições sanitárias de Recife no início do século.

Fitas 10 a 12
O método de controle biológico no combate à esquistossomose apresentado no Congresso Nacional de Biologia em 1948; o trabalho com Jorge Lobo e Aggeu Magalhães no Hospital Oswaldo Cruz; a criação da cadeira de medicina tropical por Carlos Chagas; as bolsas de estudo dos Diários Associados concedidas por Assis Chateubriand em 1938; a organização do laboratório de patologia do IOC em 1939; o curso de patologia da malária no Instituto de Patologia Experimental do Norte (IPEN) e a participação no Serviço de Malária do Nordeste em 1940; a contratação pelo IOC em 1941.

Fitas 13 a 15
O retorno ao Rio de Janeiro em 1939 e as pesquisas sobre leishmaniose visceral em Manguinhos; o grupo de pesquisadores do SEGE; a falta de apoio institucional e financeiro da direção do IOC às pesquisas de Evandro Chagas durante a gestão Cardoso Fontes; o financiamento concedido por Guilherme Guinle a Evandro Chagas; o apoio financeiro de Evandro Chagas às pesquisas sobre anemia ancilostomótica desenvolvidas por Walter Oswaldo Cruz e Lauro Travassos; o desligamento de Leônidas Deane do IPEN devido aos conflitos com Evandro Chagas; a morte de Evandro Chagas e o apoio de Carlos Chagas Filho ao SEGE; o concurso do DASP para auxiliar de biologia no IOC em 1941; a reforma administrativa do Ministério da Saúde em 1942 e a criação da Divisão de Estudos de Grandes Endemias no IOC; a decadência de Manguinhos; comentários sobre a criação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP); o apoio de Getúlio Vargas a Evandro Chagas; a ocupação de seu laboratório por Neri Guimarães quando de sua viagem a Pernambuco em 1941; suas pesquisas sobre pênfigo foliáceo em Minas Gerais entre 1942 e 1944; o retorno ao IOC em 1945; as pesquisas em esquistossomose durante a gestão de Olympio da Fonseca no IOC; a aposentadoria compulsória no IOC; o convite de Vinícius da Fonseca para ocupar a vice-presidência de pesquisa da FIOCRUZ em 1976.

Fitas 16 e 17
Os cientistas de Manguinhos na época de Oswaldo Cruz; a produção de soros e vacinas no IOC; a verba proveniente da venda da vacina contra a manqueira; o papel desempenhado por Oswaldo Cruz no desenvolvimento de Manguinhos; Oswaldo Cruz e o combate à peste bubônica em 1889; a fabricação do soro contra a peste bubônica em Manguinhos; o reconhecimento internacional do IOC durante a gestão Oswaldo Cruz; o desenvolvimento da pesquisa aplicada no IOC no início do século; o Curso de Aplicação do IOC.

Fitas 18 a 20
Avaliação dos primeiros trabalhos publicados nas Memórias do IOC; a produção de vacina antivariólica e do soro antipestoso no Instituto durante a gestão Oswaldo Cruz; os conflitos entre os cientistas de Manguinhos no início do século; o fim da produção da vacina contra a manqueira (carbúnculo sintomático em bovino) e a decadência de Manguinhos; o reconhecimento internacional das Memórias do IOC; as áreas de pesquisa durante a gestão Carlos Chagas; a falta de farmacologistas no Brasil no início do século; a necessidade da ciência aplicada no Brasil; o desenvolvimento da fisiologia no IOC durante a gestão Carlos Chagas; Evandro Chagas e a continuidade ao projeto científico de Oswaldo Cruz; as pesquisas desenvolvidas no IOC e a atuação de Walter Oswaldo Cruz e de Lauro Travassos nas décadas de 1940 e 1950; o DASP e a não-exigência de qualificação profissional para ingressar no IOC.

Fitas 21 a 23
As atividades do Hospital Evandro Chagas entre 1941 e 1945; a participação no curso sobre malária organizado por Evandro Chagas no Pará em 1940; o curso de citologia do sistema nervoso ministrado a convite de Jaime Aben Athar em 1940; a morte de Evandro Chagas e a falta de interesse da gestão Cardoso Fontes pelos trabalhos desenvolvidos no SEGE; os estudos sobre doença de Chagas orientados por Emanuel Dias no IOC; a dependência científico-tecnológica do Brasil; a chefia do serviço clínico do Hospital Evandro Chagas; comentários sobre a patologia no Brasil.

Fitas 24 a 26
As transformações na estrutura administrativa do IOC na década de 1940; as pesquisas sobre brucelose desenvolvidas por Genésio Pacheco; Costa Cruz e as pesquisas com bacteriófagos; comentários sobre a área de bacteriologia do IOC; Olympio da Fonseca e a seção de micologia; a organização da micoteca de Manguinhos; as conseqüências da Lei de Desacumulação de Cargos de 1937 para os cientistas de Manguinhos; o laboratório de vacina antimicótica de Arêa Leão e Genésio Pacheco em Cuba; o pioneirismo do IOC na produção de penicilina; a seção de microbiologia do IOC; comentários sobre os setores de produção e pesquisa do Instituto; a gestão Francisco Laranja e o quadro de decadência na instituição; as verbas governamentais destinadas à área de produção do IOC; a separação entre pesquisa básica e aplicada no IOC na década de 1940; comentários sobre o trabalho desenvolvido atualmente no Hospital Evandro Chagas.

Fitas 26 a 28
A seção de produção de vacinas do IOC; Gilberto Villela e a introdução da bioquímica no Brasil; Baeta Viana e a introdução da eletroforese no Brasil; o padrão internacional da química paulista; Barros Barreto e a criação da Divisão de Higiene no IOC durante a gestão Henrique Aragão; o convite de Otto Bier para trabalhar no Instituto Butantan; as dificuldades de relacionamento com Olympio da Fonseca; os recursos do CNPq para o IOC; a relativa liberdade de pesquisa no Brasil.

Fitas 29 a 31
A experiência como conselheiro da Academia Brasileira de Ciências em 1950; a falta de respaldo e legitimidade da pesquisa científica nos países do Terceiro Mundo; o desinteresse dos cientistas brasileiros em desenvolver tecnologia própria e o uso de técnicas importadas; a mobilização em torno da criação de um ministério de ciência no final da década de 1950; a falta de equipamentos adequados à pesquisa nas universidades e a atual insuficiência de formação acadêmica dos professores; as atividades da Fundação Rockefeller no Brasil; as doações de equipamentos feitas pela Fundação Rockefeller às instituições científicas brasileiras; os estudos sobre leishmaniose visceral de Evandro Chagas baseados em informações coletadas pela Fundação Rockefeller; a incorporação da Fundação Rockefeller ao IOC em 1950.

Fitas 31 a 33
A viagem para Belo Horizonte em 1942 e a avaliação dos trabalhos desenvolvidos nesse período; a comunidade científica de Belo Horizonte; as experiências com penicilina; as pesquisas com cortisona no tratamento do pênfigo foliáceo; a criação do SESP durante a Segunda Guerra Mundial; a viagem para Belo Horizonte e os trabalhos com leishmaniose, malária e esquistossomose.

Fitas 34 a 36
A situação atual da bioquímica no Brasil; a importância do posto de Bambuí na época de Emanuel Dias; a participação no curso de protozoologia do IOC a convite de Olympio da Fonseca; a coordenação do curso de fisiologia na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte em 1950; o trabalho no SESP e as pesquisas sobre esquistossomose na década de 1950.

Fitas 36 a 38
Comentários sobre o ingresso na Fundação SESP; as pesquisas sobre esquistossomose na região de Lagoa Santa em Belo Horizonte em 1954; o trabalho na campanha de controle da esquistossomose na Amazônia a convite de Maia Penido em 1953; o uso de moluscicida no combate aos caramujos transmissores da esquistossomose.

Fitas 39 e 40
O trabalho de classificação de caramujos no SESP; a coleta de moluscos planorbídeos no Peru, na Bolívia, no México, em Cuba e na Venezuela em 1956 com o apoio do CNPq; comentários sobre a Revolução Cubana; a proposta da OMS de criar um centro de referência de identificação de planorbídeos no seu laboratório; o convite para participar do Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais da OMS.

Fitas 41 a 43
A criação do DNERu na década de 1950; o trabalho com genética de caramujo no Instituto Aggeu Magalhães em 1957; a falta de apoio às pesquisas científicas durante a gestão de Antônio Augusto Xavier no IOC; a decadência de Manguinhos; o cargo de vice-presidente de pesquisa da FIOCRUZ em 1976; a direção do INERu na década de 1960; as pesquisas desenvolvidas em Belo Horizonte e em Pernambuco pelo INERu.

Fitas 43 a 46
Comentários sobre Samuel Pessoa; as instituições de pesquisa que atuam no campo das doenças endêmicas; as pesquisas desenvolvidas pelo INERu no início da década de 1960; comentários sobre Mário Pinotti; as pesquisas sobre planorbídeos americanos em convênio com a OPAS e a OMS entre 1961 e 1976; a criação do centro de referência de identificação de planorbídeos no seu laboratório em Belo Horizonte em 1964.

Fitas 46 a 48
As reuniões no CNPq e a escolha do conselheiro para a área de biologia; as acusações de José Guilherme Lacorte sobre suas ligações com o Partido Comunista; comentários sobre Walter Oswaldo Cruz; a organização do curso de pós-graduação em biologia parasitária na Universidade de Brasília (UnB) em 1968.

Fitas 49 a 51
Observações sobre a nomeação de Rocha Lagoa para a direção do IOC; a participação de José Guilherme Lacorte no “Massacre de Manguinhos”; o convite para a vice-direção do IOC em 1964; a baixa qualidade da produção científica do grupo de Rocha Lagoa na instituição; a legitimidade alcançada pelo IOC devido à produção de terapêuticos; a suspensão de Herman Lent em função de críticas acadêmicas feitas a Rocha Lagoa; os mitos envolvendo a vida e a morte de Walter Oswaldo Cruz; o boicote de Rocha Lagoa ao trabalho realizado pelo INERu; o processo de decadência de Manguinhos a partir de 1940; as ameaças feitas por Rocha Lagoa de colocá-lo em disponibilidade; as perseguições pessoais realizadas por Rocha Lagoa quando Ministro da Saúde; o desenvolvimento técnico-científico do IOC durante a gestão Vinícius da Fonseca; o Plano Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e sua penetração na FIOCRUZ; a defesa das conquistas materiais da FIOCRUZ durante o período desenvolvimentista; as relações entre Vinícius da Fonseca e Reis Veloso; a organização de Bio-Manguinhos feita por Akira Homma e os convênios com o Japão; a priorização dos estudos de endemias brasileiras durante a gestão Vinícius da Fonseca; a tentativa de Vinícius da Fonseca em estabelecer revistas policiais entre os pesquisadores de Manguinhos; o processo de seleção dos pesquisadores durante a atuação como vice-presidente de pesquisa da FIOCRUZ; o desenvolvimento da biologia molecular em Manguinhos durante a gestão Vinícius da Fonseca e o ataque denominado “ciência de ponta”.

Fitas 51 a 53
A participação ativa nas eventuais reuniões da Tropical Disease Research na Suíça; o empenho na renovação do quadro de pesquisadores da FIOCRUZ; o trabalho desenvolvido por Carlos Morel na UnB e sua posterior inserção na FIOCRUZ; a questão da verdade científica; a formação de pesquisadores e sanitaristas na ENSP; o trabalho desenvolvido pelo Centro de Pesquisa René Rachou durante a gestão Guilardo Martins Alves; os convênios estabelecidos entre a FIOCRUZ e os estados da União durante a gestão Vinícius da Fonseca; a tentativa de Vinícius da Fonseca em enfrentar as disputas internas na FIOCRUZ; a resistência dos pesquisadores da FIOCRUZ em aceitar a avaliação de produtividade científica; o trabalho de recuperação financeira e administrativa realizado por Vinícius da Fonseca na FIOCRUZ; a atuação do Ministro Paulo de Almeida Machado durante a presidência Geisel; a direção informal de José Rodrigues Coura durante a gestão Guilardo Martins Alves; o despropósito da campanha de Sergio Arouca contra a administração de Guilardo Martins Alves; a defesa da escolha política do presidente da FIOCRUZ; a priorização das políticas sanitárias durante a administração Arouca na FIOCRUZ; a questão da centralização e da redistribuição de recursos durante a gestão Arouca; críticas aos pesquisadores que assinaram o telegrama de apoio a Luís Carlos Prestes em 1946; a utilização do trabalho científico de Pavlov pelo sistema stalinista; o esforço pessoal para tornar-se um pesquisador exemplar.

Maria Penna

Entrevista realizada em duas sessões, por Nísia Trindade Lima, Ricardo Augusto dos Santos e Eduardo Thielen, nos dias 2 e 31 de agosto de 1990, no Rio de Janeiro, a respeito do sanitarista Belisário Penna, pai da depoente, enfatizando sua trajetória política e profissional.

Luiza Krau

Resoluções; editais de concursos; cartões de identificação; relatórios de atividades; cartas; declarações; recibos de pagamento; alvarás; solicitações de resgate; recibos de compra e venda; apontamentos.

Listas

  • BR RJCOC JJ-FC-ST-02
  • Dossiê
  • 1965 - 1992
  • Parte de José Jurberg

Listas de trabalhos publicados.

Cópias-Contato

Reúne cópias-contato referentes à trajetória de Leônidas e Maria Deane no desenvolvimento de pesquisas pioneiras sobre leishmaniose visceral no Pará, além de Maria Deane durante a primeira excursão científica do IOC ao Noroeste do Brasil.

Fotografias

Fotografias do casal Leônidas e Maria Deane nos departamentos de Entomologia e Protozoologia do IOC e para o prêmio da Academia de Ciências do Terceiro Mundo (TWAS), além de Maria Deane durante a primeira excursão científica do IOC ao Noroeste do Brasil.

Herman Lent

Entrevista realizada por Flavio Coelho Edler e Wanda Suzana Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 12, 20 e 27 de setembro, 11 e 21 de outubro, 8 e 23 de novembro de 1994.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Comparação entre os cientistas da década de 1920 e dos tempos atuais; considerações sobre a trajetória escolar e sua opção pela medicina; alusão ao currículo e aos professores da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (FMRJ), da Universidade do Brasil, no período da graduação no final dos anos 1920; a opção pela carreira científica e o relato da primeira tentativa de ingresso no IOC; a influência de Carlos Chagas em sua matrícula no Curso de Aplicação do IOC.

Fita 1 - Lado B
O ingresso no Curso de Aplicação do IOC, reflexões sobre o ensino neste curso e o perfil de Lauro Travassos; o estágio no Laboratório de Helmintologia, em 1932; breve referência à sua relação com João Ferreira Teixeira de Freitas; o Curso de Aplicação do IOC e seus professores; reflexões sobre o projeto de Oswaldo Cruz para o IOC; a formação em medicina; breve comentário sobre Carlos Chagas Filho, fundador do Instituto de Biofísica, da UFRJ; considerações sobre a FMRJ; o perfil de João Ferreira Teixeira de Freitas; menção às aulas ministradas por Carlos Chagas no anfiteatro da FMRJ.

Fita 2 - Lado A
Comparações entre a FMRJ e o Curso de Aplicação do IOC; a opção pela medicina; o perfil de Haity Moussatché; menção à sua contratação como assistente de Lauro Travassos na cadeira de zoologia da Faculdade de Ciências da UDF, em 1935; comentários acerca da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos (1937) e a opção por permanecer no IOC; o perfil do professor Aristides Marques da Cunha, do Curso de Aplicação do IOC; as refeições no IOC; o perfil de Adolpho Lutz, Joaquim Venâncio, Miguel Ozório de Almeida e Carneiro Felipe.

Fita 2 - Lado B
As aulas ministradas por Lauro Travassos no Curso de Aplicação do IOC; considerações sobre o perfil de Lauro Travassos e a influência recebida na opção pela helmintologia; o perfil de Costa Lima; o período em que foi estagiário de Lauro Travassos; o perfil de Carlos Chagas; o trabalho na Seção de Zoologia Médica com Lauro Travassos; referência à importância da Coleção Helmintológica; a evolução da biologia e a influência da tecnologia nas linhas de pesquisa; o perfil de Miguel Ozório de Almeida; a importância da taxonomia para o pesquisador; os tipos conhecidos de helmintos; as excursões de coletas promovidas por Lauro Travassos; comentários sobre a tradição de realizar excursões de coletas de espécies no IOC; breve comentário sobre a doença de Chagas.

Fita 3 - Lado A
A primeira expedição de coleta; breve relato sobre o perfil de M. Cavalcanti Proença; os discípulos de Lauro Travassos no estado de São Paulo; considerações sobre o Boletim Biológico e os procedimentos técnicos após a coleta de material; a importância em publicar a respeito da descoberta de novas espécies; a importância da atualização bibliográfica na pesquisa; o convite de Pedro Wygodzinsky para permanecer em Nova York, com financiamento da Fundação Rockefeller; reflexões sobre o uso da expressão “Escola de Travassos” no IOC; considerações sobre o perfil de Lauro Travassos.

Fita 3 - Lado B
O perfil de Lauro Travassos; as publicações Ciência Médica, Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Memórias do Instituto Butantan e Boletim Biológico, breve relato de sua participação na criação da Revista Brasileira de Biologia, a colaboração como editor da Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e Anais da Academia Brasileira de Ciências, o perfil de César Pinto; o convite para participar da Missão Científica Brasileira no Paraguai; considerações sobre o perfil de João Ferreira Teixeira de Freitas, os trabalhos publicados em colaboração com João Ferreira Teixeira de Freitas; a influência de Arthur Neiva no seu interesse pela entomologia; o perfil de Arthur Neiva.

Fita 4 - Lado A
Comentários sobre a helmintologia; o perfil de Gomes de Faria; a personalidade de Adolpho Lutz; as publicações em helmintologia; a importância da Coleção Helmintológica do IOC; as regras de nomenclatura na área de zoologia; as contribuições para a formação das coleções científicas; a importância da Coleção Helmintológica; reflexões sobre o empréstimo e a coleta de espécies; a relação entre o grupo da helmintologia no IOC e o grupo da parasitologia da “Escola do professor Samuel Pessoa”, no estado de São Paulo; a sistemática e a filogenia dos helmintos; comentários sobre o intercâmbio entre helmintologistas.

Fita 4 - Lado B
Os pesquisadores estrangeiros da área de helmintologia; a importância das separatas para a divulgação de trabalhos; a importância da revisão bibliográfica; as publicações internacionais na área de zoologia; a fotografia como novo recurso tecnológico trazido de Hamburgo por Lauro Travassos; críticas ao tratamento dispensado à Coleção Helmintológica do IOC.

Fita 5 - Lado A
A importância das separatas para o pesquisador; os temas publicados na área de helmintologia; comentários sobre os helmintólogos do laboratório de Lauro Travassos e a pesquisa em entomologia; o processo de sua transferência para a entomologia; o período em que chefiou a Seção de Entomologia; o primeiro trabalho em entomologia; o perfil de Arthur Neiva; considerações sobre a transferência para a entomologia e sobre sua contratação pelo IOC; o perfil de Costa Lima; a gestão Vinícius da Fonseca; o contexto da criação da Fiocruz; a definição das linhas de pesquisas prioritárias do IOC; considerações sobre Carlos Alberto Seabra e a formação de coleções entomológicas; o perfil de Fábio Leoni Werneck.

Fita 5 - Lado B
O perfil de Fábio Leoni Werneck; a gestão de Sebastião José de Oliveira como curador da Coleção Entomológica; comentários sobre coleções abertas e fechadas; o processo de aquisição da Coleção Zikán pelo IOC; comentários sobre Carlos Alberto Seabra, Fábio Leoni Wemeck e Hugo de Souza Lopes.

Fita 6 - Lado A
O perfil de Fábio Leoni Werneck e sua coleção depositada no IOC; o momento de ingresso no IOC e a possibilidade de escolha das linhas de pesquisa; considerações sobre Miguel Ozório de Almeida, Lauro Travassos e Costa Lima; comentários sobre troca de espécies e correspondência entre pesquisadores; o perfil de Carlos Alberto Seabra; considerações sobre a Coleção Zikán; o perfil de Costa Lima; comentários sobre a revista Chácaras e Quintais; reflexões sobre o contexto de criação da Fiocruz e o universo de pesquisas; a importância de Manguinhos na formação de profissionais; as Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; reflexões sobre as seções científicas do IOC; breve comentário sobre o período inicial do IOC.

Fita 6 - Lado B
Considerações sobre o período inicial do IOC; referência ao projeto de Oswaldo Cruz para Manguinhos; considerações sobre as seções científicas do IOC; os trabalhos publicados com Sebastião José de Oliveira, na Revista Brasileira de Biologia; o processo aberto pelo pesquisador José Jurberg relativo às Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; reflexões sobre a passagem por Manguinhos e o envolvimento com a instituição; considerações sobre pesquisadores da área de entomologia; críticas à gestão do IOC no período das cassações; breve análise de sua personalidade; o perfil de Francisco de Paula Rocha Lagoa; comentário sobre sua demissão da Divisão de Entomologia; o perfil de Hugo de Souza Lopes; considerações sobre o Laboratório de Helmintologia e seu papel na assessoria aos pesquisadores de outras instituições.

Fita 7 - Lado A
Menção a Hugo de Souza Lopes e a homenagem recebida por este ao nomear uma espécie com o sobrenome Lent; comentários sobre as atividades na FMRJ.

Fita 8 - Lado A
A importância das publicações científicas; a diversidade de suas publicações desde o período da faculdade; menção ao perfil dos irmãos Álvaro e Miguel Ozório de Almeida; o financiamento de Guilherme Guinle, nos anos 1940, para a publicação da Revista Brasileira de Biologia, comentários sobre a participação como editor da Revista Brasileira de Biologia, menção à eleição como membro titular da Academia Brasileira de Ciências, em 1968; o convite de Aristides Pacheco Leão para editar os Anais da Academia Brasileira de Ciências, considerações sobre a repercussão da sua cassação na Revista Brasileira de Biologia, os perfis de Tito Cavalcanti e Sebastião José de Oliveira; considerações sobre a “doação” da Revista Brasileira de Biologia à Academia Brasileira de Ciências, na década de 1970; as revistas existentes na época da fundação da Revista Brasileira de Biologia.

Fita 8 - Lado B
As revistas existentes na época da fundação da Revista Brasileira de Biologia, o artigo denunciando plágio na revista O Campo, o conhecimento das publicações de referência na área de zoologia; o desligamento da supervisão das publicações da Academia Brasileira de Medicina, em 1981; a Revista Brasileira de Biologia, a parceria com José Jurberg para publicar trabalhos em colaboração nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, descrição dos atributos de um periódico científico ideal; o trabalho publicado no boletim do American Museum of Natural History, de Nova York; menção à falta de financiamento dos periódicos científicos nos anos 1940; as instituições de fomento à pesquisa; o financiamento para a participação em eventos científicos no exterior, na gestão de Amilcar Vianna Martins no IOC; o perfil de Olympio da Fonseca, reflexões sobre as opções dos funcionários no momento da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos, de 1937.

Fita 9 - Lado A
Considerações sobre sua relação com Olympio da Fonseca; os trabalhos de helmintologia publicados no Boletim Biológico, dirigido por Lauro Travassos e César Pinto; importância da Sociedade Brasileira de Entomologia; considerações sobre a Revista de Entomologia e a Revista Brasileira de Entomologia, homenagem recebida pela contribuição à pesquisa científica.

Fita 9 - Lado B
A participação como editor das Atas do Simpósio da Biota Amazônica; o perfil de José Cândido de Carvalho, do Museu Nacional; considerações sobre a Revista de Biologia e a Revista Brasileira de Biologia, menção à área de editoração científica; indicação para integrar o corpo editorial das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, comentários sobre os critérios de publicação de algumas revistas estrangeiras; considerações sobre a utilização de “estrangeirismos” nas publicações científicas; comentários sobre os diversos diretores do IOC; a gestão de Gustavo Capanema no Ministério da Educação e Saúde; recebimento da verba originada da vacina da manqueira.

Fita 10 - Lado A
O ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema; os cientistas Alcides Godoy e Astrogildo Machado, criadores da vacina contra a peste da manqueira; a situação do IOC com a perda da verba da vacina da manqueira; o gosto pela pesquisa e o estágio no IOC; o convite de Lauro Travassos para ser seu assistente na cátedra de zoologia da UDF, em 1935; a gestão de Cardoso Fontes em Manguinhos; a influência da política na gestão dos diretores do IOC; os reflexos da instabilidade política em 1960 e 1970 no IOC; a gestão de Henrique Aragão; breve comentário sobre o “Massacre de Manguinhos”, em 1970; a participação como presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói, atual Associação Médica Fluminense de Niterói; a experiência como assistente de Lauro Travassos na UDF e comentários sobre os professores; o perfil de Anísio Teixeira; a conjuntura da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos, em 1937; o perfil de Costa Lima.

Fita 10 - Lado B
A presença de profissionais de outros estados no Curso de Aplicação do IOC; reflexões sobre o Curso de Saúde Pública, na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); o projeto de Oswaldo Cruz e de Carlos Chagas para o IOC; as instituições de pesquisa do Estado de São Paulo; a trajetória profissional de Henrique de Beaurepaire Aragão; considerações sobre as atividades de um cientista; a gestão de Cardoso Fontes no IOC, entre 1934 e 1942; os recursos extras cedidos ao IOC por instituições de fomento à pesquisa; os remédios fabricados pelo IOC; comentário acerca da sua ocupação na gestão de Henrique de Beaurepaire Aragão, entre 1942 e 1944; reflexões sobre as expectativas dos profissionais que frequentavam o Curso de Aplicação do IOC e o Curso de Saúde Pública da ENSP; as aulas que ministrou no Instituto Gonçalo Muniz, na Bahia.

Fita 11 - Lado A
A insatisfação com o tratamento dado, pelo IOC, à Coleção Geral Entomológica; a gestão de Rocha Lagoa no Ministério da Saúde; a mudança da Coleção Entomológica para o Hospital Evandro Chagas e suas consequências; referência a Orlando Vicente Ferreira; comentários sobre o papel de José Jurberg na preservação da Coleção Entomológica; o momento em que a coleção retomou ao Castelo, na gestão de Sérgio Arouca na Fiocruz (1985-1989); reflexões sobre as novas intenções de transferência da Coleção Entomológica; o perfil de Rocha Lagoa; considerações sobre a atuação de Costa Lima na preservação da Coleção Entomológica; o quantitativo de espécies da Coleção Entomológica; os motivos que o levam, até hoje, a proteger as coleções; comparação entre as coleções particulares e as institucionais; considerações sobre Orlando Vicente Ferreira; a organização da Coleção Entomológica; os empréstimos de espécies da coleção que não foram devolvidos ao IOC; o papel das coleções científicas e a postura de alguns dirigentes com a mesma; menção à coleção de barbeiros.

Fita 11 - Lado B
O ciclo evolutivo do barbeiro; o perfil de Dario Mendes; referência ao período em que as coleções eram utilizadas para fins didáticos; a importância da Coleção Entomológica do IOC; comparação entre as coleções do Museu Nacional e as do IOC; explicação sobre os elementos que constituem uma coleção; a preferência em Manguinhos por alguns grupos de espécies; a importância da coleção do pesquisador Costa Lima; reflexões sobre coleções abertas e fechadas; considerações sobre Costa Lima e a diversidade dos temas por ele pesquisados; as espécies estudadas por Costa Lima que estão na Coleção Entomológica; o recebimento do prêmio Costa Lima, da Academia Brasileira de Ciências; o intercâmbio de espécies para identificação; considerações sobre as regras internacionais na Nomenclatura Zoológica; o perfil de Antônio Pugas; considerações sobre o intercâmbio de espécies.

Geraldo Armôa

Entrevista realizada por Nara Azevedo, Luis Otávio Ferreira e Simone Kropf, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 20 de novembro de 1996.

Salvatore Giovanni de Simone

Entrevista realizada por Wanda Hamilton, Simone Kropf e Nara Azevedo, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 11 de dezembro de 1996.

Leon Rabinovitch

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Wanda Hamilton, nos dias 6 de dezembro de 1996 e 13 de janeiro de 1997, no Rio de Janeiro.

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