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Rio de Janeiro (RJ) Com objeto digital
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Francisco Laranja

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt, Jaime Benchimol e Marcos Chor Maio, na Fiocruz, nos dias 26 de novembro, 08, 10 e 17 de dezembro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar e a infância no interior do Rio Grande do Sul; formação escolar; o curso ginasial em Porto Alegre; a morte do pai; a experiência como capataz de fazenda na adolescência e as transformações da vida rural; o caráter do homem gaúcho; a influência da migração europeia no Rio Grande do Sul; as personalidades políticas do sul do país; a convivência com personalidades políticas; a Revolução de 1930; a conclusão do ginásio em Porto Alegre; a relação com os pais; o lazer na infância; as relações com a família de Getúlio Vargas; o quadro epidemiológico no interior do Rio Grande do Sul; o interesse pelos estudos e o vestibular para medicina; a cadeira de direito do trabalho criada por Lindolfo Collor; o convívio com os estudantes na pensão em Porto Alegre; o comunismo na década de 1930; o curso médico e o interesse pela psicologia; a primeira viagem ao Rio de Janeiro em busca do melhores condições de trabalho; o concurso para datilógrafo do IAPI; a transferência para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; o atentado integralista de 1938; o trabalho burocrático no IAPI.

Fitas 4 e 5
O concurso interno do IAPI; as atividades em cardiologia no IAPI; a atividade assistencial do IAPI; comentários sobre as doenças cardíacas no Brasil; a perícia e a consultoria médica do IAPI; a política salarial do IAPI na década de 1930; a questão da saúde pública durante o curso médico; o concurso para cardiologista do IAPI; a relação entre médico e paciente; a organização do posto de Bambuí (MG); a especialidade em cardiologia; o primeiro contato com a doença de Chagas; a profilaxia da doença de Chagas; a divulgação de trabalhos no exterior.

Fitas 6 a 8
O desdobramento do Ministério da Educação e Saúde e a repercussão no IOC; a gestão Olympio da Fonseca no IOC; o ingresso no IOC na gestão Henrique Aragão; críticas à centralização administrativa do IOC; a indicação para a direção do IOC em 1953; as divisões científicas e os pesquisadores do IOC; a descentralização de sua administração no IOC; a produção do IOC; os recursos do IOC; a política científica do IOC; a modificação na estrutura física de Manguinhos; a gestão Antônio Augusto Xavier; o serviço fotográfico do IOC; o Curso de Aplicação do IOC; comentários sobre a sua gestão no IOC; o retorno à pesquisa; comentários sobre o Estado Novo; avaliação da FIOCRUZ; a influência americana e os modelos de pesquisa; saúde pública e educação sanitária.

Fitas 9 a 11
A nomeação para a direção do SAMDU; os vínculos de amizade com João Goulart; a estrutura funcional do SAMDU; o retorno ao IAPI em 1964; referência ao Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS); a padronização dos serviços do SAMDU; definição político-ideológica; adesão ao getulismo e ao juscelinismo; os acordos para as indicações de cargos públicos; a descentralização administrativa de sua gestão no SAMDU; o orçamento do SAMDU; o desligamento do SAMDU no governo Jânio Quadros; a pressão partidária sobre a nomeação nos cargos públicos; o concurso para acadêmico de medicina do SAMDU; o atendimento ambulatorial; a instalação de postos ambulatoriais na região Centro-Oeste no governo Juscelino Kubitschek; a ligação entre o SAMDU e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); a relação ambulatorial entre médico e paciente; a relação entre saúde pública e política salarial; os critérios adotados para a instalação de postos do SAMDU; a direção do SAMDU no final dos anos 1950; o retorno ao IAPI após o golpe de 1964; a viagem com Jango à URSS e Europa Oriental; o regresso ao IOC e os trabalhos desenvolvidos; comentários sobre a FIOCRUZ; a questão dos relatórios administrativos do IOC; o governo João Goulart; a administração da NOVACAP; o retorno à fazenda de Goiás após o golpe de 1964; o casamento e a vida em Brasília na década de 1970; a “cassação branca”; o concurso para cardiologista no Hospital Distrital; a interferência do Serviço Nacional de Informação (SNI) em sua vida profissional.

Wladimir Lobato Paraense

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, na Fiocruz (RJ), entre os dias 03 de junho e 05 de novembro de 1998.
Sumário
Fita 1 - Lado A
A descoberta de caramujos infectados com esquistossoma em um córrego no IOC e as medidas profiláticas adotadas; considerações acerca dos trabalhos pioneiros de Adolpho Lutz com moluscos no IOC e a introdução desta espécie no IOC; as aulas de histologia ministradas por Jaime Aben Athar na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará e seu perfil profissional; a experiência no Laboratório de Biologia da Santa Casa da Misericórdia; a aquisição da primeira coleção de lâminas; a viagem a Recife e a procura por emprego; o primeiro contato com a Faculdade de Medicina de Recife.

Fita 1 - Lado B
Os contatos com Aloísio Bezerra Coutinho e Jorge Lobo e o interesse despertado pela Coleção de Lâminas trazidas de Belém do Pará; o concurso para o internato no Hospital Oswaldo Cruz, em Pernambuco; a transferência para a Faculdade de Medicina de Recife; o ingresso no Hospital Oswaldo Cruz; a importância do trabalho realizado no hospital em sua formação profissional; o primeiro contato com Aggeu Magalhães e breve referência ao seu perfil e trajetória profissional; a aquisição de bolsa de estudo em anatomia patológica na USP, concedida por Assis Chateaubriand em 1938; a viagem para São Paulo; breve alusão ao encontro com Assis Chateaubriand, no Rio de Janeiro, e os métodos utilizados por ele para angariar recursos para a concessão de bolsas de estudo.

Fita 2 - Lado A
O trabalho realizado na USP e a orientação de Jorge Queiroz Teles Tibiriça; breve referência ao estudo autodidata sobre o sistema nervoso humano; considerações acerca das precárias condições de vida dos imigrantes nordestinos em São Paulo, tendo como consequência um alto índice de mortalidade; lembrança do transtorno ao diagnosticar casos de esquistossomose e doença de Chagas em autópsias realizadas em corpos de imigrantes e as discussões travadas com Cunha Mota sobre estes diagnósticos; a decisão de escrever uma tese sobre esquistossomose; a continuidade da pesquisa na área de patologia; breve referência aos convites de Evandro Chagas para trabalhar no estado do Pará e no estado de Pernambuco; a opção pelo IOC; o ingresso no laboratório de Evandro Chagas; as pesquisas realizadas sobre leishmaniose visceral; as iniciativas de Evandro Chagas para a criação do Instituto de Patologia Experimental do Norte (IPEN); relato da coleta de material para autópsias no estado do Pará; a decepção dos que voltaram para Recife após o estágio na USP e a decisão de permanecer no Rio de Janeiro.

Fita 2 - Lado B
O convite de Evandro Chagas para participar de um curso de malária no estado do Pará, em 1940; lembranças da morte de Evandro Chagas; a alternativa encontrada por Carlos Chagas Filho para financiar sua permanência no IOC; a necessidade de prestar esclarecimentos a Assis Chateaubriand da sua recusa em retornar a Recife; menção às primeiras publicações sobre leishmaniose visceral; o curso ministrado no Estado do Pará e os primeiros estudos do ciclo da malária; as intenções de Evandro Chagas ao indicar o professor Antônio Emeriano de Souza Castro para a direção do IPEN; a primeira publicação sobre malária; considerações sobre a importância dos desenhistas no trabalho científico; menção ao pioneirismo de seu trabalho sobre o ciclo da malária; comparação entre as condições de trabalho no Brasil e na Alemanha; a sua decisão de reiniciar os estudos de leishmania; a importância do seu estudo sobre a dispersão da Leishmania enriettii em cobaia e o auxílio para a compreensão da leishmaniose humana; a ida para Belo Horizonte; o convite para trabalhar no SESP; breves comentários sobre a criação do SESP; considerações sobre a esquistossomose na região do Vale do Rio Doce.

Fita 3 - Lado A
O convite para trabalhar como pesquisador associado do SESP; as primeiras impressões sobre o trabalho e a resistência inicial em aceitar o convite; breves considerações acerca da participação no Conselho do CNPq; a resolução de aceitar o convite para trabalhar no SESP e a montagem do laboratório em Belo Horizonte, em 1954; o início das investigações sobre os focos de esquistossomose em Belo Horizonte; os problemas relacionados à nomenclatura e à classificação de moluscos; a metodologia utilizada na coleta de moluscos; o trabalho sobre os moluscos encontrados em Belo Horizonte; comparação entre as espécies encontradas em regiões do Estado de Minas Gerais; a necessidade de viajar para Pernambuco à procura de espécimes de moluscos; a decisão do CNPq de encerrar as pesquisas com moluscos; os embates e a solução encontrada para a continuidade da pesquisa; lembranças da emoção da descoberta de caramujos albinos; breves referências às pesquisas genéticas realizadas com os moluscos.

Fita 3 - Lado B
O interesse pela malacologia; o trabalho realizado no Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Belo Horizonte; considerações sobre a organização do SESP e suas prioridades durante a Segunda Grande Guerra Mundial; reflexões sobre a boa qualidade dos serviços oferecidos pelo SESP; a necessidade da realização de trabalhos voltados para a esquistossomose na década de 1950; referências ao convite para investigações voltadas à taxonomia de moluscos; reflexões acerca dos problemas relacionados à sistemática dos moluscos; o trabalho realizado no SESP.

Fita 4 - Lado A
A metodologia utilizada no trabalho com os moluscos; referência à trajetória profissional de Nilton Deslandes e sua aptidão para o trabalho científico; considerações sobre o grupo de trabalho no SESP; referência aos problemas enfrentados na classificação de moluscos; a conservação e catalogação das fontes de pesquisas realizadas com moluscos; os problemas enfrentados na publicação dos resultados destas pesquisas; considerações sobre as dificuldades do SESP no combate a determinadas espécies de moluscos no vale do São Francisco e sua contribuição para solucionar o problema.

Fita 4 - Lado B
O procedimento metodológico utilizado nas pesquisas com moluscos; a publicação em inglês do artigo referente à pesquisa em 1954; referência à decisão de se extinguir os moluscos em Belo Horizonte; as espécies de moluscos encontradas na região de Santa Luzia, Minas Gerais; as investigações genéticas realizadas com caramujos; considerações sobre o seu interesse pelas coleções; o encerramento da pesquisa pelo SESP; o convite para trabalhar no Serviço Nacional de Malária; a vinculação das pesquisas em esquistossomose ao Serviço Nacional de Malária.

Fita 5 - Lado A
Comentário sobre a passagem pelo DNERu a partir de 1959; menção à coleta e pesquisa de moluscos planorbídeos realizadas pelo SESP nas regiões Norte e Nordeste do Brasil e na América Latina nos anos 1950; as técnicas e experiências genéticas realizadas com moluscos; os desafios com as pesquisas de moluscos coletados no Brasil; a necessidade de coletar moluscos em diversos países da América Latina; o financiamento recebido do CNPq para coletar moluscos planorbídeos no Peru, Bolívia, México, Cuba e Venezuela; relato das viagens de coletas realizadas em países da América Latina, em 1956.

Fita 5 - Lado B
Relato das viagens de coleta realizadas na América Latina, em 1956.

Fita 6 - Lado A
A passagem por Cuba para coleta de moluscos; a importância do auxílio de professores locais na coleta do material; a diversidade de moluscos encontrados em Cuba; a necessidade de coletar urna espécie de molusco no lago de Valência, na Venezuela; relato de sua estadia na Venezuela.

Fita 6 - Lado B
Considerações sobre a atividade de coleta realizada na Venezuela; a coleta de um exemplar vivo de molusco planorbídeo; as divergências com pesquisadores sobre a espécie coletada; o convite da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para participar do comitê sobre moluscos e esquistossomose em Washington (EUA); as dificuldades quando da elaboração do guia; a nomeação e gestão na direção do INERu entre 1961 e 1963; o comitê sobre moluscos e esquistossomose em Washington.

Fita 7 - Lado A
Relato da reunião promovida pela OPAS, em Washington; considerações sobre a criação do Centro Nacional de Identificação de Planorbídeos no seu laboratório na década de 1960; as viagens realizadas pela América Latina para identificação de moluscos planorbídeos patrocinadas pela OPAS e Fundação Rockefeller; o estado atual da catalogação do material coletado nesta época; a visita de um pesquisador da Fundação Rockefeller e a oferta para auxilio às pesquisas com moluscos planorbídeos; menção às pesquisas que vem realizando atualmente com pesquisadores norte-americanos; o envio de materiais da coleção para estes pesquisadores; considerações sobre o estado atual da Coleção Malacológica; relato da viagem de coleta feita na cidade de Cochabamba, na Bolívia; a transferência do Centro Nacional de Identificação de Planorbídeos para a Universidade de Brasília (UnB), em 1968.

Fita 7 - Lado B
Considerações sobre a viagem para a Argentina, em 1972, a convite do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) para auxiliar na elaboração de um livro sobre a fauna local; as coletas de moluscos realizadas na Argentina; considerações sobre o retomo à Fiocruz, em 1976, e a continuidade das pesquisas com moluscos planorbídeos; relato sobre a passagem pela UNB entre 1968 e 1976; o convite do presidente da Fiocruz, Vinícius da Fonseca, para que retornasse à instituição; considerações sobre o estado atual da Coleção Malacológica: o material catalogado e os cuidados e técnicas para conservação e dissecação do acervo.

Fita 8 - Lado A
Relato sobre as técnicas de conservação dos moluscos planorbídeos; a introdução da metodologia de dissecação de moluscos em Cuba, em 1956; as dificuldades na transferência para o Brasil do material coletado em Cuba; considerações sobre a passagem pela Vice-Presidência de Pesquisa da Fiocruz entre 1976 e 1978; a prática das revistas de carros na gestão de Vinícius da Fonseca; comentários sobre a importância das coleções científicas da Fiocruz; considerações sobre sua responsabilidade para com a Coleção Malacológica; o empréstimo de materiais da coleção para pesquisadores nacionais e estrangeiros.

Nádia Maria Batoréu

Entrevista realizada por Carlos Fidelis Ponte, Claudia Trindade e Wanda Hamilton, em Bio-Manguinhos/Fiocruz (RJ), entre os dias 15 de junho e 08 de julho de 2005.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar; escolaridade; primeiras experiências de trabalho; a escolha da carreira profissional.

Fita 1 - Lado B
O ingresso na Fiocruz em 1981; a estratégia utilizada para conciliar a vida profissional e o exercício da maternidade; a entrada em Bio-Manguinhos, em 1982; o trabalho com anticorpos monoclonais; a montagem do Laboratório de Anticorpos Monoclonais (Latam); considerações sobre Bio-Manguinhos quando de seu ingresso na instituição.

Fita 2 - Lado A
Os projetos realizados pelo Latam; a chefia do Latam; os primeiros trabalhos com HIV, realizados por Bio-Manguinhos; as atividades atualmente desenvolvidas por Bio-Manguinhos para atender os programas de Aids; o crescimento do Latam e sua equipe.

Fita 2 - Lado B
A entrada da Fiocruz no campo dos biofármacos; a especialização em Biologia Médica na UFRJ; o mestrado no IOC; o projeto de desenvolvimento da vacina contra a meningite B; as pesquisas realizadas para sua dissertação.

Fita 3 - Lado A
Os testes clínicos da vacina contra meningite B; a bolsa na Universidad de Biologia Molecular de La Plata, na Argentina; a necessidade de conciliar o mestrado com suas atividades profissionais e domésticas.

Fita 3 - Lado B
O apoio do marido; considerações acerca das diferenças entre a pesquisa acadêmica e de desenvolvimento tecnológico; sobre a implantação de normas de BPL (Boas Práticas de Laboratório).

Fita 4 - Lado A
Criação do Setor de Hibridomas em 1983; produção e importância dos anticorpos monoclonais; humanização de anticorpos monoclonais e os biofármacos; papel de Otávio Oliva na criação do Setor de Hibridomas; a montagem e os trabalhos desenvolvidos pelo Setor de Hibridomas.

Fita 4 - Lado B
O trabalho desenvolvido em Caxambu, em 1998, para implementar a saúde básica do município; as atribuições como chefe do Setor de Hibridomas de Bio-Manguinhos; as expectativas da Fiocruz sobre os biofármacos; os motivos da ida a Caxambu; o retorno para Bio-Manguinhos, em 2003.

Fita 5 - Lado A
O trabalho desenvolvido em Caxambu; o retorno a Bio-Manguinhos, em 2003; o convite de Akira Homma para implantar a produção de biofármacos em Bio-Manguinhos.

Fita 5 - Lado B
O acordo Brasil-Cuba de transferência de tecnologia de eritropoetina e interferon; sobre a construção da planta de biofármacos de Bio-Manguinhos; os usos terapêuticos da eritropoetina e do interferon; considerações acerca da demanda nacional por esses produtos; a diferença entre o interferon clássico e o interferon peguilado.

Fita 6 - Lado A
As pesquisas sobre interferon peguilado de Bio-Manguinhos e a relação com os laboratórios farmacêuticos; descrição das diferentes fases dos testes clínicos, realizados com o objetivo de verificar a eficácia de um produto; as parcerias realizadas para a realização dos testes clínicos; sobre o trabalho do médico Paulo Picon, consultor de biofármacos de Bio-Manguinhos; a relação de Bio-Manguinhos com o INCQS; considerações acerca das normas de qualidade; implantação dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP) em Bio-Manguinhos.

Fita 6 - Lado B
O custo financeiro da planta para produção de biofármacos; a estrutura da planta e sua utilidade para a Fiocruz; sobre o financiamento para a construção da planta; o surgimento e expansão do controle e da garantia de qualidade em Bio-Manguinhos ao longo dos anos; sobre a reestruturação de Bio-Manguinhos, no início da década de 2000.

Fita 7 - Lado A
Sobre a reestruturação de Bio-Manguinhos, no início da década; sobre o andamento do projeto referente ao interferon; considerações acerca da estrutura “matricial” de projetos; a questão da propriedade intelectual em Bio-Manguinhos; relação do IOC com Bio-Manguinhos no campo da biologia molecular; as parcerias de Bio-Manguinhos com outras unidades da Fiocruz.

Fita 7 - Lado B
A questão do patenteamento em Bio-Manguinhos; os projetos atuais do setor de biofármacos; os parâmetros utilizados para definir projetos prioritários em biofármacos; as novas descobertas científicas no campo da engenharia genética e o impacto sobre Bio-Manguinhos; considerações sobre os transgênicos.

Fita 8 - Lado A
As dificuldades envolvidas no investimento em transgênicos; a expectativa de produção da planta de biofármacos.

Ronaldo Fernandes Espíndola

Entrevista realizada por Ana Paula Zaquieu e Dilene Raimundo do Nascimento, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 21 de maio de 1998.
Sumário
Fita 1 – Lado A
A formação familiar; a profissão do pai; Corumbá (MT), sua cidade de origem; as viagens do pai, que era ferroviário; a separação dos pais; a ascendência espanhola por parte de pai. Rápidas considerações sobre o caráter dos espanhóis; as lembranças do pai, sua seriedade e rigidez na educação dos filhos. O impacto causado pela descoberta da traição do pai, que constituiu, em segredo, outra família. O retorno do pai e a recusa da mãe em reatar o casamento. A resistência diante da imposição do pai, que queria colocá-lo numa escola agrícola; a melhora na condição financeira do pai; a fragilidade de seu estado de saúde atual; a preocupação dos irmãos com a partilha dos bens adquiridos pelo pai. A sua liderança entre os demais irmãos e a construção da casa de sua mãe em Corumbá; a morte de um dos seus irmãos. Ressalta sua liderança, mesmo que exercida à distância. Relembra outros episódios de desavenças familiares em que ficou marcada sua liderança sobre o restante da família. O impacto da separação dos pais na rotina da família; a morte de uma tia e a atitude de sua mãe que, comovida, acolheu toda a família em casa. O impacto do crescimento repentino da família em seu cotidiano.

Fita 1 – Lado B
Os encontros agradáveis com os primos e as lembranças da infância de dificuldades, vivida junto aos irmãos e aos sete primos. A trajetória escolar: o curso profissionalizante no SENAC e o ingresso na Marinha, como fuzileiro naval, aos 17 anos; a mudança para o Rio de Janeiro. A volta do pai e a recusa da mãe em aceitá-lo; a exclusão do pai das decisões da família; seu apoio à decisão da mãe; o descontentamento inicial com a chegada dos 7 primos pequenos e o posterior aprendizado a partir da convivência com a nova família; a amizade estabelecida entre eles. O ingresso na Marinha, transferência para o Rio de Janeiro, estratégias para conhecer a cidade e sua rápida adaptação; a permanência na Marinha até o afastamento compulsório devido à sua soropositividade. As namoradas; a opção por manter relacionamentos estáveis e duradouros; o relacionamento com a mãe de seu filho; a gravidez inesperada e a decisão de morarem juntos no Rio de Janeiro; o fim do relacionamento. A experiência da paternidade; a resistência da família da namorada em aceitar sua gravidez; as mudanças no relacionamento com o filho; a atual proximidade entre eles. A separação e a decisão de morar com uns amigos do quartel na Ilha do Governador. Problemas com vizinhos e a decisão do grupo de mudar para uma casa, ainda na Ilha do Governador; o ótimo relacionamento com os amigos. O casamento dos amigos. Os relacionamentos: o longo namoro com Hadne; a paixão por Alice e o início deste relacionamento com Alice; o contato com seus pais.

Fita 2 – Lado A
A ida à casa dos pais da nova namorada; sua paciência com a impontualidade dela; o constrangimento diante da naturalidade com que ela o convidou para conversar no quarto; o flagra com outra mulher e o fim do romance; o arrependimento por tê-la traído. A iniciação sexual; os contatos com as primas; o controle da mãe e da avó sobre o comportamento das crianças; os contatos sexuais com as namoradas da escola; os passeios com as meninas; relembra o constrangimento de uma menina ao ficar menstruada durante um dos passeios da escola. A mudança para a escola rural; cita uma festa organizada, sem o consentimento da direção da escola, durante a visita para conhecer a escola. Cita dois momentos em que fez prevalecer seu senso de responsabilidade: a desistência em manter relações sexuais com uma colega de escola ao saber de sua virgindade e, anos depois, quando se recusou a manter relações sexuais sem preservativo, durante o primeiro carnaval depois do diagnóstico. O uso de preservativo apenas como método contraceptivo. Os objetivos e a periodicidade do exame de saúde exigido pela Marinha; a surpresa diante do teste positivo para HIV. A retrospectiva de alguns relacionamentos anteriores; o alívio depois de constatado que suas parceiras não tinham sido contaminadas. A vontade de manter contato com Alice, uma de suas ex-namoradas. A decepção com Hádna, a namorada que ameaçou processá-lo por tê-la exposto ao risco de contaminação. O longo tempo de relacionamento entre os dois, a opção de morarem juntos; o fim do relacionamento.

Fita 2 – Lado B
A opção pela praticidade de morar junto; o desejo de casar oficialmente com a atual mulher. O impacto do diagnóstico; descreve a rotina que antecedeu a notificação de seu diagnóstico; a consulta com o médico da Marinha; a volta para a casa; a surpreendente solidariedade dos amigos do quartel que, apesar da total desinformação sobre a doença, foram com suas famílias visitá-lo. O contato superficial com o médico que iria acompanhar seu tratamento; a certeza da morte imediata e a decisão de abandonar tudo e viajar pelo país. A volta definitiva para o Rio de Janeiro e o início do tratamento no hospital Marcílio Dias.

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