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Dayse de Mello Agra

Entrevista realizada por Ana Paula Zaquieu e Dilene Raimundo do Nascimento, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 24, 30 de outubro, 06 de novembro e 18 de dezembro de 1997.
Sumário
1ª Sessão: 24 de outubro
Fita 1 – Lado A
A composição familiar; a doença do pai; a mudança de São Paulo para o Rio de Janeiro, durante a infância; a mudança para o estado de Minas Gerais, aos 12 anos. A trajetória marcada por problemas de saúde na família e a rejeição a qualquer profissão ligada à área de saúde e educação. O casamento; a boa convivência familiar, a despeito das diferenças pessoais com a irmã; o restrito convívio social da família; as atividades profissionais dos pais; a indefinição profissional e a formação escolar. A volta para o Rio de Janeiro, o abandono da escola e a opção pelo trabalho. As primeiras atividades como comerciária seguida pelo ingresso no serviço público. O ingresso do marido na polícia federal; o casamento no ano de 1955. O nascimento do primeiro filho; as dificuldades em conciliar o trabalho e as atividades domésticas, resultando no pedido de demissão do serviço público. A opção por mais de um filho devido à experiência do marido como filho único. O caráter autoritário e reservado do marido; a origem tradicional de sua família. Considerações sobre a oposição do pai ao seu casamento e as diferenças de valores entre as duas famílias. Os passeios em Paquetá. A transferência do marido para Paquetá e a mudança definitiva para lá com os filhos.

Fita 1 – Lado B
Menciona as funções do marido na ilha, sua autoridade no local, ressaltando sua honestidade no trabalho. Comenta a crise política pela qual estava passando o Brasil, no início dos anos 1960 e a preocupação do marido com uma possível transferência para Brasília. A volta para o apartamento localizado no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Fala longamente sobre o marido; faz referência a seu comportamento, frisando a dificuldade em desobedecer às ordens do pai; sua tensão, diante da possibilidade de uma transferência do Rio de Janeiro; os primeiros sintomas do Mal de Parkinson; o início das dificuldades no trabalho, resultando na aposentadoria por invalidez. As dificuldades no relacionamento com a irmã. A morte da sogra e a mudança para o apartamento do sogro. Relembra as dificuldades em dar assistência à família e cuidar do sogro já idoso e da mãe, devido à negligência da irmã. Sua submissão ao marido, seu temperamento autoritário e as restrições impostas aos filhos. As diferenças de comportamento entre os irmãos: enquanto o mais velho obedecia, sem questionar, às ordens do pai e se dedicava aos estudos, o menor sempre encontrava uma forma de subverter restrições e não demonstrava nenhum interesse pela escola.

Fita 2 – Lado A
O interesse em participar de um trabalho voluntário desenvolvido no posto de saúde do Catete, junto às outras mães do colégio de seus filhos. Volta a mencionar as diferenças de comportamento entre os irmãos. Fala longamente das características do filho mais novo, sua insistência em compará-lo com o irmão e suas iniciativas para estimular o gosto pelos estudos. A opção por trabalhar profissionalmente com barcos no Caribe e reflexão sobre sua postura diante do comportamento dos filhos e da inesperada morte do filho mais velho.

2ª Sessão: 30 de outubro
Fita 3 – Lado A
Longas considerações sobre as diferenças de comportamento entre ela e a irmã; o esforço para obter uma condição de vida mais confortável e a disponibilidade em acompanhar os doentes da família, contrapondo-se ao comportamento omisso e desinteressado da irmã e do cunhado. A mágoa diante do distanciamento da irmã, durante o período de adoecimento do filho. A doença e morte da mãe e sua decisão de não se envolver com os trâmites do enterro. Para explicar a tensão que seguiu o inventário da mãe, volta no tempo para relembrar um episódio, logo após a morte do pai, quando sua irmã se indignou com os termos do testamento deixado pelo pai.

Fita 3 – Lado B
Menciona a restrita composição familiar, ressaltando o comportamento distante da irmã. Longas considerações sobre as diferenças entre os dois filhos; lembranças de episódios da infância de ambos; o comportamento extrovertido e versátil de Anderson e o comportamento sério e estudioso de Jefferson. A trajetória de Jefferson e seu grande interesse por pescaria; o ingresso no curso de Geologia da UFRJ; a viagem a Paris; o desempenho universitário; o estágio na Petrobrás; a mudança para Bahia; a formatura; o ingresso definitivo nos quadros da Petrobrás.

Fita 4 - Lado A
A aprovação do filho para uma pós-graduação em Austin, no Texas, pela Petrobras; a volta para o Brasil depois de dois anos e a decisão de morar sozinho. Os primeiros sinais da doença e a tentativa de omiti-la da família; a negação da doença. A conversa com a médica e a descoberta do verdadeiro diagnóstico do filho; a sua reação e o temor diante da associação Aids/homossexualidade.

3ª Sessão: 06 de novembro
Fita 5 – Lado A
Seu total desconhecimento sobre a doença e ressalta o despreparo médico em lidar com a Aids, durante o tratamento do filho. Longa descrição da fase posterior ao diagnóstico; o início do tratamento, o diálogo com o marido e, em seguida com o filho, sobre seu diagnóstico e a decisão de voltar para a casa dos pais. A maior atenção ao comportamento do filho, o receio de sua possível homossexualidade. A emoção do momento em que o filho voltou para a casa. Considerações sobre a associação Aids/culpa; a opção por não fazer perguntas sobre a forma do contágio. A aproximação entre os dois irmãos. O agravamento do quadro clínico e a internação. Já no hospital, a curiosidade das pessoas em torno do filho, um dos únicos pacientes de Aids; o preconceito dos profissionais do hospital, que decidiu transferi-lo para o isolamento. Referência a associação Aids/culpa, Aids/homossexualidade. Ressalta o exemplo de luta e resignação do filho diante do avanço da doença.

Fita 5 – Lado B
Longos comentários sobre o período da internação do filho na Beneficência Portuguesa e a solidariedade dos amigos da Petrobrás; o comportamento bem humorado; a ausência da tia; o gradativo agravamento de seu quadro clínico; o tratamento carinhoso e alegre de uma das auxiliares de enfermagem; a visita dos amigos de Paquetá; o sofrimento causado pelas fortes dores noturnas; a decisão de sedá-lo; a sua morte. Retoma o momento em que os amigos da Petrobrás, ao tomarem conhecimento da doença, decidiram consultar uma especialista, da qual ela não recorda o nome; a recusa do filho ao tratamento proposto pela médica.

Fita 6 – Lado A
Retorna à fase que antecedeu a internação filho; o primeiro contado com a real gravidade da Aids. Relembra as últimas vontades do filho; a divisão, em vida, dos seus pertences entre os amigos. Algumas considerações sobre o comportamento firme de ambos diante da doença.

4ª Sessão: 18 de dezembro
Fita 7 - Lado A
A dor pela morte do filho; as primeiras iniciativas para superar sua morte. O impacto do depoimento de Herbert Daniel num canal de televisão sobre as atividades do Grupo Pela Vidda. Considerações sobre sua discriminação contra os homossexuais. A recepção no Grupo. Referência à origem do Grupo; seu processo de organização; sua relação com a ABIA. A gradativa integração no Grupo; o medo dos homossexuais; a organização do Grupo de Mulheres. Considerações sobre a Aids: a forte associação Aids/ homossexualidade; o impacto do contato com mulheres infectadas pelo HIV sobre a sua percepção da Aids como doença de homossexuais; o equívoco do médico que afirmava que as mulheres não transmitiam o HIV; a ausência de informações consistentes sobre a doença e de medicamentos adequados; a busca por vacinas; o surgimento do AZT. A inauguração do Grupo; a influência do espírito de luta dos integrantes do Grupo. As especificidades do Grupo pela Vidda; sua autonomia em relação à ABIA. As consequências da insistência do médico Carlos Alberto Moraes e Sá em afirmar que as mulheres não transmitiam o HIV. Cita o caso de três mulheres que, orientando-se pelas afirmações do médico, além de comprometeram seriamente seu estado clínico ao engravidar, expuseram seus parceiros ao risco do contágio. A comercialização do AZT; as representações negativas sobre a droga; o medo dos seus efeitos colaterais; a experiência de Herbert Daniel com o medicamento.

Fita 7 – Lado B
A decisão de conceder entrevista para um programa televisivo; o apoio do filho mais novo, que lhe conta a discriminação sofrida após a morte do irmão. O crescente envolvimento com o Grupo; a coragem de falar publicamente sobre Aids; a importância do Grupo para os soropositivos. A dinâmica do Grupo de Mulheres; o efeito da troca de experiências. A visibilidade dos soropositivos; o impacto dos depoimentos dados por soropositivos no processo de transformação das representações sobre a Aids. Relembra a mobilização do Pela Vidda contra as primeiras campanhas de prevenção à Aids veiculadas pelo governo; a luta contra a associação Aids/morte e contra o preconceito. A primeira participação do Grupo nas campanhas oficiais de prevenção; a concessão de seu depoimento para uma dessas campanhas. A resistência das instituições escolares e das empresas em abrir espaço para as atividades de prevenção propostas pelo Grupo; seu trabalho de prevenção, chamado “sala de espera”, desenvolvido junto às pacientes do posto de saúde do Catete; suas estratégias de convencimento, os resultados.

Fita 8 – Lado A
As dificuldades para ampliar o trabalho de treinamento oferecido pelo Grupo aos voluntários, afim de adequá-los às linhas de atuação seguidas pela instituição. A proposta do Disque-Aids. A importância do Encontro de Pessoas Vivendo com Aids, organizado anualmente pelo Grupo. Relembra sua denúncia, durante um dos primeiros Encontros do grupo, da discriminação de hotéis da Zona Sul carioca contra as comitivas vindas de outros estados para o evento. O impacto da participação do cientista francês Luc Montagnier em um dos Encontros. Cita algumas das instituições financiadores do Encontro. Considerações sobre a parceria entre o governo brasileiro e o Grupo; as mudanças na relação médico- paciente; as restrições impostas pela medicação; as disputas entre os laboratórios; as implicações éticas das pesquisas que utilizam cobaias humanas; os ótimos resultados nos tratamentos para as crianças; a prevenção à Aids vertical; as campanhas de prevenção; o efeito da parceria entre o governo e as ONG's na mudança no perfil das campanhas; as dificuldades relacionadas à mudança de comportamento e às discussões que envolvem sexualidade; a eficácia dos trabalhos comunitários na prevenção à doença; o vídeo de mulheres produzido pelo Grupo.

Luiz Paulo Ribeiro

Entrevista realizada por Pedro Jurberg, em Nova Friburgo/RJ, com a duração de 55min.

José Roberto Ferreira

Entrevista realizada por Carlos Henrique Assunção Paiva, Fernando Pires Alves, Gilberto Hochman e Janete Lima de Castro, no dia 15 de março de 2005.

Sumário
FITA 1 / LADO A
Seu ingresso na OPAS; a situação dos recursos humanos nas décadas de 1960-70; o contexto da criação da FEPAFEM; considerações sobre o termo “cooperação técnica”; a repercussão dos encontros e eventos sobre recursos humanos em saúde internacionais no Brasil; o papel das agências internacionais no campo da formação dos recursos humanos em saúde; a proposta da Conferência Internacional sobre Recursos Humanos para a Saúde e Educação Médica de 1967; os primeiros estudos da OPAS sobre a integração das demandas de recursos humanos às necessidades do ensino em saúde; a inserção do campo dos recursos humanos nas discussões sobre ensino médico; a integração profissional no Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos da OPAS.
FITA 1 / LADO B
A trajetória no Departamento de Recursos Humanos e Investigação da OPAS; o processo de integração entre os departamentos da OPAS; a diferença entre a gestão de Carlyle Guerra de Macedo e de George Alleyne; a criação das revistas da OPAS; o incentivo à criação de Centro Latino-americano para o Desenvolvimento de Tecnologia Educacional.
FITA 2 / LADO A
O surgimento do PPREPS; a seleção dos consultores do PPREPS; a relação institucional entre a OPAS e o Brasil; os acordos de cooperação técnica Opas-Brasil em recursos humanos de 1973 e de 1975; a avaliação do PPREPS na primeira década de funcionamento.
FITA 2 / LADO B
A relação entre o programa de recursos humanos de Washington e do Brasil; o papel do PPREPS na cooperação técnica Opas-Brasil; aspectos históricos da cooperação da OPAS no campo da saúde; as características da cooperação técnica entre a OPAS e os países membros; a criação do BIREME e do PALTEX; a inserção do Larga Escala no programa de cooperação técnica da OPAS.
FITA 3 / LADO A
O movimento de escolas médicas no Brasil e na América Latina; criação da FEPAFEM; sua situação como funcionário da OPAS; o PPREPS ao final dos anos 1970; a cooperação técnica OPAS-Brasil e as experiências do CADRHU e do GERUS; o fim da função de consultor internacional na Opas.
FITA 3 / LADO B
A avaliação da gestão de Abraham Horwitz, de Héctor Acuña e do Carlyle Guerra de Macedo na OPAS; a área de recursos humanos na OPAS e o pensamento norte-americano; as linhas de pesquisa da área de recursos humanos; a situação dos recursos humanos nos anos 90 e no século XXI.
FITA 4 / LADO A
A Declaração de Alma-Ata e a Declaração de Otawa; a influência das agências financiadoras nas políticas de recursos humanos; a fundação das associações de Escolas Médicas; a idéia de nacionalização da cooperação técnica Opas-Brasil; as perspectivas em relação ao campo da medicina e suas tendências .
FITA 4 / LADO B
A proposta do PROMEDIS.

Luiz Rassi

Entrevista realizada por Simone Kropf, Tamara Rangel e Dominichi Miranda de Sá em Brasília (DF), no dia 20 de outubro de 2006.

João Carlos Pinto Dias

Entrevista realizada por Eduardo Vilela Thielen e Lisabel Espellet Klein, em Belo Horizonte (MG), no dia 29 de agosto de 1990.

Constança Arraes de Alencar

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz, no dia 08 de agosto de 1989.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; a formação profissional dos pais; o pioneirismo do avô imigrante; as atividades profissionais da mãe; o desejo pela experiência da maternidade; a infância em Ipanema; a vida escolar; a descoberta da vocação científica; a opção pelo curso médico e a posterior escolha pela biologia; o curso de biologia da UFRJ; a opção pela especialização em genética; o desprestígio do curso de biologia na década de 1970; o ingresso no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) por intermédio de Carlos Morel; o fantasma da mão-de-obra barata presente no estágio da FIOCRUZ; o ingresso no curso de mestrado; as dificuldades do desenvolvimento científico em um país subdesenvolvido; comentários sobre as dificuldades advindas das restrições à contratação de pesquisadores e escassez de recursos materiais; os riscos de contaminação no trabalho diário com Trypanosoma cruzi; a gestão de Carlos Morel como chefe do departamento de bioquímica e Biologia Molecular; os vínculos entre os cursos de pós-graduação da UFRJ e da FIOCRUZ.

Antônio Borges Júnior

Entrevista realizada por Maria Eugênia Noviski Gallo, em Salvador (BA), no dia 20 de novembro de 2001.

Eloi de Souza Garcia

Entrevista realizada por Nara Britto e Marília Coutinho nos dias 09 e 10 de dezembro de 1992 e 14 de julho de 1995.

Sumário
Fita 1
Nascimento e família. A saída da cidade natal. O curso no Ginásio Agrícola de Inconfidentes: os primeiros trabalhos com tecnologia científica. O segundo grau numa escola agrotécnica em Barbacena: a continuidade da formação voltada para agricultura e zootécnica. O sucesso no vestibular para veterinária na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em 1964. A sólida base da formação anterior. O desejo da fazer biologia. O impacto dos professores das disciplinas básicas. A vontade de conhecer e trabalhar em Manguinhos. O despertar da vontade de fazer pesquisa. O encanto pelas aulas de Fernando Braga Ubatuba na Universidade Rural. A bolsa de iniciação científica com. Ubatuba. Os primeiros contatos com a Fiocruz. O primeiro contato com o trabalho de pesquisa nos laboratórios. A importância da convivência entre o pesquisador e o estudante e do trabalho experimental para o aprendizado da ciência. O trabalho com Ubatuba e Jorge Guimarães em pesquisa sobre metabolismo de oligo elementos em animais. A atração, desde o início, por trabalhos de manipulação tecnológica. Os irmãos. A saída de casa, com 11 anos. A mãe. O desenvolvimento da eletrônica na cidade. A relação com o irmão que também se formou em veterinária. O trauma da saída de casa. O primeiro contato com barbeiros, ainda na graduação, através de uma colega de turma. A polêmica entre Ubatuba e Herman Lent sobre o barbeiro. A invenção de uma nova forma de alimentar os barbeiros, a ecomembrana. A Experiência com hormônio juvenil de insetos como estímulo para a reprodução. A cassação de Ubatuba, em 1969. A pressão do Exército na Rural. A forte influência exercida por Ubatuba. A situação difícil na Rural depois da revolução de 64. O trabalho com Ubatuba no Ministério da Agricultura sobre nova legislação de controle de medicamentos de uso veterinário, em 1968. Atividade política na época. A necessidade de liberdade e independência do cientista. A importância de se questionar os próprios dados da pesquisa científica. O conservadorismo da produção científica. A dificuldade de publicar os trabalhos mais inovadores. O trabalho no Ministério da Agricultura. O predomínio do enfoque de fisiologia de Ubatuba. A identificação maior com a fisiologia do que com a bioquímica ou a biologia molecular. O trauma da cassação de Ubatuba. A polêmica entre Ubatuba e Herman Lent sobre a muda do barbeiro. A descoberta da importância da glândula salivar no processo de sucção do barbeiro. O concurso para a Universidade Federal Fluminense, em 1970. A criação do laboratório de fisiologia de insetos.

Fita 2
O doutorado em Medicina, em São Paulo, com tese sobre o sistema digestivo do barbeiro. O início das publicações no exterior. A volta para Niterói. A orientação a estudantes de mestrado e doutorado. O trabalho com José Marcos Chaves Ribeiro sobre glândulas salivares de insetos: o surgimento de uma nova linha em fisiologia de insetos, a farmacologia de insetos. As dificuldades de publicação. O caráter inovador desse trabalho. A bolsa da OPAS para ir a um laboratório nos EUA trabalhar com Trypanosoma cruzi, em 1979. Os casamentos. O trabalho com um americano sobre clones de Trypanosoma cruzi: a publicação mais citada. O encontro com Coura nos EUA. A volta para a UFF, em 1980. O convite do Coura para ir para o Departamento de Entomologia da Fiocruz. A espera por uma vaga durante um ano. A ida para a Fiocruz em 1981. Os interrogatórios do setor de segurança da Fiocruz. A contratação para o Departamento de Entomologia. O período no laboratório nos EUA em 1979. O contato nos EUA com outros pesquisadores da área de doença de Chagas. A especificidade da comunidade científica de Chagas. O apoio que recebeu na UFF do Programa Integrado de Doenças Endêmicas (PIDE). A importância fundamental do PIDE para a pesquisa em doença de Chagas. O apoio do PIDE a vários grupos de pesquisadores. O fortalecimento da comunidade de Chagas e a projeção no exterior. A convivência agradável no laboratório americano. A origem do PIDE na primeira reunião de Caxambu. A primeira participação na reunião de Caxambu. O convite de Firmino de Castro para participar do PIDE. A participação na reunião de Caxambu. O contraste entre as linhas mais tradicionais e as linhas mais modernas na reunião. A iniciativa de se organizar a reunião de Caxambu. O PIDE como forma de conseguir recursos para áreas específicas de pesquisa em doenças como Chagas. O PIDE como o grande salto científico da comunidade de Chagas, principalmente a nível internacional. A estratégia do governo militar de controlar os pesquisadores através da concessão de recursos. A solidariedade entre os pesquisadores da geração que viveu a implantação da ditadura. A geração que perdeu os “pais” por causa da ditadura. As diferenças em relação à geração atual.

Fita 3
A competitividade. A profissionalização da comunidade de Chagas. A situação institucional no momento. A consciência da dimensão social da doença de Chagas. O predomínio do enfoque médico sobre a doença de Chagas. A descoberta da doença e a importância do trabalho de Carlos Chagas em 1909. As temáticas das pesquisas em doença de Chagas no momento. As perguntas teóricas na área de biologia molecular. A importância do trabalho de Carlos Chagas. A contratação para o Departamento de Entomologia da Fiocruz. A falta de espaço no Departamento. A relação com Carlos Morel. O convite de Morel para trabalhar em seu laboratório. O avanço nos trabalhos. O aumento das publicações. A média da produção de trabalhos da comunidade de Chagas. Os grupos que trabalham com Chagas na Fiocruz. A transferência para o Departamento de Bioquímica, em 1985. O período dividido entre o Departamento de Entomologia e o de Bioquímica. O doutorado em biologia celular na Escola Paulista de Medicina. A importância da titulação. A importância do aprendizado com o Prof. Ubatuba. A importância da relação estudante/pesquisador. O sentido da pós-graduação. O número atual de cientistas no Brasil. O tempo médio de formação do pesquisador. A filosofia do curso de pós-graduação de biologia celular e molecular do IOC. Outros cursos de pós-graduação no Brasil que seguem a mesma filosofia. As resistências que sofreu para a implantação deste curso no IOC. A divisão do IOC em duas linhas contrastantes. A Fiocruz no período após as cassações. A volta de Morel e dos outros que tinham saído da Fiocruz. A luta pela abertura da Fiocruz. A importância da presidência de Sérgio Arouca para esta abertura. A implantação do curso de pós-graduação em biologia celular e molecular, em 1989.

Fita 4
A contratação para o Departamento de Entomologia da Fiocruz. A falta de espaço para trabalhar. O encontro com Morel e o convite para trabalhar no Departamento de Bioquímica. A organização do laboratório de Bioquímica de insetos. O primeiro trabalho desenvolvido no Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular com Patrícia Azambuja, sobre seleção de cepas de trypanosoma cruzi. O crescimento do laboratório de Bioquímica de insetos. O crescimento do Departamento de Bioquímica. As atividades de orientação de estudantes. Os cursos do IOC oferecidos naquele momento. A relação com os orientandos. O trânsito entre a área de Fisiologia de insetos e a de biologia molecular. Opinião sobre biologia molecular. A integração no Departamento de Bioquímica. As tentativas de conseguir a transferência do Departamento de Entomologia para o de Bioquímica. A colaboração com o Instituto de Max Planck em Munique. A viagem para a Alemanha em 1985. A convivência com os alemães no laboratório. A volta e o entusiasmo pela presidência de Arouca. A idéia de organizar um simpósio internacional de Fisiologia e Bioquímica de insetos. A realização do simpósio em 1987. A eleição para a Academia Brasileira de Ciências. A posição em relação à temática de Chagas e à temática de Fisiologia de insetos. A Academia Brasileira de Ciências. O conservadorismo da Academia. A postura omissa da Academia quanto às cassações na década de 60. Os pesquisadores da Fiocruz que são membros da Academia. As consequências do Simpósio Internacional de Fisiologia e Bioquímica de Insetos. O projeto de formação de um grupo de pesquisa de produtos naturais na Fiocruz. A interação com várias áreas e temáticas. A colaboração com um pesquisador americano. A colaboração com um pesquisador alemão. O rompimento com esse pesquisador alemão.

Fita 5
O rompimento com o pesquisador alemão do Instituto Max Planck. O relacionamento entre pesquisadores. A criatividade do cientista brasileiro. As melhores instituições científicas do Brasil em termos de competitividade internacional. A Fiocruz. As temáticas que congregam mais pesquisadores dentro da comunidade de Chagas. Os principais pólos de atração da pesquisa em biologia molecular na área de doença de Chagas. A pesquisa em doença de Chagas na Argentina. A comunidade internacional de Chagas. A experiência do trabalho com pesquisadores americanos. As idéias genuinamente brasileiras. O exemplo do laboratório de Carlos Morel. A tradição de pesquisa de insetos na Fiocruz. A tese de Emanuel Dias. A sofisticação atual dos métodos para identificação da presença do Trypanosoma cruzi. Grandes saltos na pesquisa em doença de Chagas. Os últimos avanços do seu grupo de pesquisa. A contribuição inigualável de Carlos Chagas. A responsabilidade social do cientista, principalmente no Brasil. A possibilidade de se falar sobre ciência com qualquer pessoa. A simplicidade de seu trabalho. A visão multidisciplinar de Carlos Chagas. A correspondência entre o seu trabalho e o de Carlos Chagas. O trabalho científico. As rupturas da sua trajetória de pesquisa em doença de Chagas. A riqueza do aprendizado com o prof. Ubatuba. A resistência à implantação do Curso de Pós-graduação de Biologia Celular e Molecular do IOC. A força do seu grupo no IOC. A origem na universidade e a trajetória de lutas desse grupo. O poder desse grupo. O respaldo da comunidade. A resistência a esse grupo por parte dos grupos mais antigos do IOC.

Fita 6
O contraste entre o grupo que Elói representa e o grupo que ficou na Fiocruz depois das cassações. A importância social da Fiocruz. O papel social do pesquisador da Fiocruz. A necessidade de dar um retorno de suas atividades à sociedade. A idéia de criar um dia de visitação pública na Fiocruz. O medo que o pesquisador mais fechado tem das críticas. A importância do respaldo da comunidade científica. O embate entre os segmentos mais dinâmicos e questionadores e os segmentos mais conservadores. O exemplo do dinamismo da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. O predomínio do grupo mais dinâmico e questionador na comunidade de Chagas. A força da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. A preocupação com a prestação de contas para a sociedade como característica desse grupo. A influência da Sociedade de Bioquímica na eleição de Morel para a presidência da Fiocruz. A resistência da Fiocruz ao governo Collor. Os apoios distintos que tiveram os dois candidatos nessa eleição para a presidência da Fiocruz. O apoio que garantiu a vitória de Morel. A política para ciência e tecnologia do governo Collor. As perspectivas de melhorias com o fim do governo Collor. A boa receptividade do presidente Itamar Franco quanto às reivindicações da comunidade científica. O otimismo com as perspectivas na área de ciência e tecnologia. A eleição para a presidência da Fiocruz, na qual Morel foi vencedor. O apoio dos candidatos. A opção por não criar uma sociedade para a pesquisa básica em doença de Chagas. O funcionamento da reunião anual de Caxambu. A resistência no IOC à transformação das Memórias numa revista internacional com artigos em inglês. A responsabilidade pela nova editoria. O sucesso dessa transformação.

Fita 7
O conhecimento do Programa Integrado de Doenças Endêmicas (PIDE) através do contato com o prof. Firmino de Castro. Os recursos que obteve do PIDE para o financiamento de seu laboratório. A ajuda do PIDE para seu doutorado na Escola Paulista de Medicina. O pioneirismo no estudo sobre barbeiros. A actuação de Celina Roitman como coordenadora do PIDE. A criação do PIDE. Os recursos do CNPq para seus projetos. O staff de seu laboratório na FIOCRUZ. A exclusividade na pesquisa sobre barbeiros e a interação a nível molecular. O capítulo de sua autoria sobre a importância econômica dos triatomíneos, para um livro a ser publicado por uma editora americana. A abrangência de sua experiência pessoal no assunto. A contribuição para um livro financiado pela OMS, em que relata detalhes de sua prática pessoal de pesquisa. O esquema de segurança para o trabalho com barbeiros. A pesquisa com colônias de barbeiros fora do Brasil. Os estudos sobre glândula salivar de barbeiro. As dificuldades para se trabalhar com barbeiros. O memorial apresentado para concurso de titular na Universidade Federal Fluminense. A continuidade de sua produção científica paralelamente às atividades na vice-presidência de pesquisa da FIOCRUZ. Os trabalhos mais recentes. O trabalho de seu ex-aluno José Marcos Chaves Ribeiro. A experiência com decapitação de barbeiros. A experiência com o T. cruzi “aleijadinho”. Outros trabalhos recentes. A importância da visão do biólogo.

Fita 8
A visão que deve ter um biologista. A relação biologista molecular e biologista geral. A importância do ecossistema nas pesquisas específicas. O aumento de temperatura interferindo no Vetor. O exercício de várias tarefas burocráticas e os trabalhos no laboratório. A origem dos recursos e divisões do RHAE. Os recursos e programas na alçada da vice-presidência. A origem do PAPES. A distribuição dos recursos. Como exercer os diversos trabalhos e as formas de lazer. As dificuldades de trabalhar em Niterói (Uff). A Necessidade do concurso para o reconhecimento. A questão do TDR, suas divisões internas, memorando regulador e funcionamento. A questão da doação e sua repercussão nos favorecimentos ao Brasil e a Fiocruz. A presidência do JCB. A defesa dos interesses. Terceiro mundistas na reunião do TDR. A repercussão disto para chegar a presidência do JCB. O STAC. A política do JCB a partir de 88 e o direcionamento de novas formas de pesquisa.

Fita 9
A tendência do programa TDR (Tropical Diseases Research) para a pesquisa básica. A preocupação do JCB em estimular pesquisas que tragam resultados práticos. Os interesses na distribuição dos recursos. A atuação do Comitê de Chagas. A distribuição de recursos pelo JCB para os comitês. O Standing Committee e o STAC. Sua participação como representante do Brasil no TDR. A representação dos países. O processo de decisão no JCB. Sua participação no Comitê de Chagas. O trabalho do comitê nas áreas endêmicas. O contato com o ministro Francisco Resek e a indicação para ser representante do Brasil no TDR.

Fita 10
A indicação para ser representante do Brasil no TDR. A atuação de Carlos Morel no programa. A FIOCRUZ como instituição representante do Brasil no TDR. A importância do trabalho de Morel no TDR. Projetos da FIOCRUZ financiados pelo programa. O orçamento da FIOCRUZ para a pesquisa. Os recursos do TDR para a pesquisa na FIOCRUZ. O processo decisório nas reuniões do JCB. O grande poder do chairman.

Bichat de Almeida Rodrigues

Entrevista realizada por Sonia Rodrigues e Solange Rodrigues, filhas do depoente, em Curitiba/PR, em duas sessões, nos dias 19 (fita 1) e 23 de outubro de 1995 (fitas 2 e 3).

Dyrce Lacombe

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Bianca Antunes Cortes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 30 de março, 15 de abril e 06 de maio de 2005.

João Quental

Entrevista realizada por Carlos Fidelis Ponte e Claudia Trindade, em Bio-Manguinhos/Fiocruz (RJ), no dia 21 de setembro de 2005.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar; a militância política no PCdoB; a influência do professor Sérgio Escarlate, do Colégio Santo Inácio, na escolha da carreira; o desejo de aliar profissionalmente a atividade política e as ciências da natureza; a graduação em farmácia; seu ingresso no curso de saúde pública da ENSP, em 1979; o contrato na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro; a vice-diretoria do Instituto Noel Nutels, em 1983, instituição da qual passaria a ser diretor interino em 1986; as mudanças políticas e o convite para trabalhar em Bio-Manguinhos; o ingresso em Bio-Manguinhos em 1987, no Laboratório de Garantia de Qualidade; considerações sobre a relação de Bio-Manguinhos com a Fiocruz quando de seu ingresso na Unidade; os motivos da crise de Bio-Manguinhos durante a gestão de Otávio Oliva.

Fita 1 - Lado B
A implantação dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP); os desafios enfrentados por Bio-Manguinhos em decorrência da construção da planta industrial; a origem dos recursos financeiros para a construção da planta industrial; a proposta do Conselho Deliberativo da Fiocruz de impor sanções a Bio-Manguinhos em função de não atingir suas metas; as discussões em torno do uso dos recursos diretamente arrecadados com a venda de vacinas; as demandas de Bio-Manguinhos no início de sua administração; a crise da meningite; a ideia de Bio-Manguinhos abrir mão de seu orçamento do Tesouro destinado à produção, para usar os recursos diretamente arrecadados; sobre a proposta de substituição do Conselho Deliberativo da Unidade; a criação do Conselho Superior e da decisão de adotar eleições indiretas para diretoria de Bio-Manguinhos; da parceria feita com o IOC através de Ricardo Galler; a organização de Bio-Manguinhos durante sua gestão; o início da discussão do contrato de gestão de Bio-Manguinhos com a Fiocruz.

Fita 2 - Lado A
A pressão sofrida por Bio-Manguinhos pela implementação de novas tecnologias e as estratégias utilizadas pela Unidade para evitar sua decadência; a relação com Isaias Raw, diretor do Instituto Butantan; considerações sobre a inserção de Bio-Manguinhos na Fiocruz; sobre a contribuição do IOC a Bio-Manguinhos; o investimento em biofármacos; a escolha de Marcos Oliveira para dirigir Bio-Manguinhos; o fim de sua gestão; as implementações realizadas em sua administração; considerações sobre o crescimento e o futuro de Bio-Manguinhos.

Ester Garson Passi

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento e Alex Varela, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 26 de maio de 2006.

José Fonseca da Cunha

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Tânia Maria Dias Fernandes, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 06 de dezembro de 1990.

Hélio Wanderley Uchôa

Entrevista realizada em duas sessões, por Maria Cristina Fonseca, Verônica Brito e Paulo Elian dos Santos nos dias 18 (fitas 1 e 2, lado A) e 25 de novembro de 2003 (fitas 3 e 4, lado A).

Marilda de Souza Gonçalves

Entrevista realizada por Aline Lacerda, Luciana Heymann e Daiane Rossi, no dia 16 de dezembro de 2020, via plataforma Zoom, entre Rio de Janeiro e Salvador/BA, sendo responsável pela gravação Cristiana Grumbach e produzida pela Crisis Produtivas.

Arlindo Fábio Gomes de Sousa

Entrevista realizada por Anna Beatriz Almeida e Laurinda Rosa Maciel no dia 21 de novembro de 2001, no Rio de Janeiro (RJ).

Leon Rabinovitch

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Wanda Hamilton, nos dias 6 de dezembro de 1996 e 13 de janeiro de 1997, no Rio de Janeiro.

Celso Barroso Leite

Entrevista realizada por Luiz Octávio Coimbra, Marcos Chor Maio e Nilson Moraes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 03, 10, 17 de setembro e 12 de novembro de 1986.

Resenha biográfica: Celso Barroso Leite nasceu em Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro, a 6 de novembro de 1917. É bacharel em direito e jornalismo, e mestre em jornalismo pela Universidade de Siracuse, EUA.
Funcionário do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) através de concurso público, exerceu, entre outros cargos, o de chefe do serviço de divulgação e diretor do Departamento de Benefícios.
Fundador e primeiro diretor da revista Industriários, foi secretário-geral do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MPAS), tendo ocupado o cargo de ministro interino. Além disso, exerceu a função de secretário de Previdência Social, do Ministério de Previdência e Assistência Social (MPAS), e coordenador das comissões de Intercâmbio Internacional e de Acordos Internacionais de Previdência Social. Assessorou a Coordenação-Geral do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e foi também diretor-executivo da Coordenação do Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES).
Entre as suas principais atribuições, destacam-se a de assessor-técnico da comissão instituída para estudar a reformulação da Previdência Social, em 1964, relator da comissão que elaborou o regimento geral da Previdência Social, em 1967, membro da comissão de elaboração do projeto que, transformado em lei, incluiu o seguro de acidentes do trabalho na Previdência Social; e da comissão de sua regulamentação. Chefiou a delegação brasileira na reunião de ministros responsáveis pelo bem-estar social, em 1968, e foi membro das delegações brasileiras na Conferência Internacional do Trabalho, realizada em Genebra, em 1968 e 1974.
Presidiu ainda a reunião de peritos sobre prevenção e reparação dos acidentes de trabalho, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1979, e coordenou o grupo que preparou a Consolidação das Leis da Previdência Social, e 1977, e sua atualização em 1984. Participou da comissão que preparou o desdobramento do Ministério do Trabalho e Previdência Social em dois ministérios (MT e MPAS).
Celso Barroso Leite é considerado fonte obrigatória de consultas bibliográficas, devido aos inúmeros textos que publicou sobre Previdência social e Legislação Social. Atualmente é pesquisador bolsista do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), membro do Comitê Consultivo sobre pesquisas em seguridade social, da Associação Internacional de Seguridade Social (AISS).

1ª ENTREVISTA – 03/09/1986
Fita 1 – Nascimento; origem familiar; a profissão do pai; a situação financeira da família; o início da carreira profissional; lembranças de Santo Antônio de Pádua (RJ); passagem pelo trabalho na CAPES; a vida escolar; lembranças da Revolução de 1930; referência a um professor de matemática; as leituras da infância; o ingresso na faculdade de direito, em 1935; a carreira profissional ao chegar no Rio de Janeiro; o estudo da língua inglesa e o trabalho como tradutor da Seleção Reader’s Digest; os motivos da opção por direito e pela faculdade em Niterói (RJ); lembranças do trabalho no armarinho em Santo Antônio de Pádua; ajuda de um comerciante sírio; comentário sobre as dificuldades financeiras do pai; a ida da família para o Rio de Janeiro; a sobrevivência e a rotina no Rio de Janeiro; lembranças dos lugares em que morou no Rio de Janeiro; considerações sobre a sua participação política; posição ideológica; as leituras e preocupações atuais; a questão da participação política; lembranças de Filinto Müller; o aprendizado da língua inglesa.

Fita 2 – O concurso para o IAPI; a importância do ingresso no IAPI; o impacto do concurso; os contatos anteriores com a Previdência Social; as peculiaridades da criação do IAPI; a preparação para o concurso; as matérias do concurso; o trabalho no setor de processamento de dados; a resenha de livros para a revista Inapiários; o surgimento da revista Inapiários; os temas abordados pela revista; características do IAPI; a formação de um “espírito de corpo” entre funcionários do IAPI; o Clube dos Inapiários; a convivência com João Carlos Vital e Plínio Cantanhede; as preocupações de Plínio Cantanhede com as reservas do IAPI; a hierarquia no IAPI; assistência médica no Instituto; comparação entre o IAPI e os outros institutos; o casamento com uma funcionária do IAPI; o “espírito inapiário: ; a carreira na Previdência Social; o interesse pela divulgação da Previdência Social; a criação do serviço de divulgação do IAPI; os cargos ocupados no IAPI; a importância da consolidação dos atos normativos do IAPI; o surgimento da revista Industriários; as colaborações para a revista; a necessidade do estudo da doutrina da Previdência Social; os trabalhos publicados sobre Previdência Social; o Centro de Estudos da Previdência Social (CEPS); comentário sobre o papel do divulgador da Previdência Social; o financiamento e objetivos do CEPS.

2ª ENTREVISTA – 10/09/1986
Fita 3 – A preocupação com o estudo da doutrina da Previdência Social; o curso de jornalismo em Siracuse (EUA); comentário sobre o estilo de redação no trabalho de divulgação; o curso de inglês; a transferência para o setor jurídico do IAPI; as publicações e o esforço para a divulgação da Previdência Social; comentário sobre A Cartola do Mágico, publicada pelo IAPI; comentários sobre as pressões para a introdução da assistência médica no IAPI; as críticas dos jornais à Previdência Social; os objetivos da política habitacional do IAPI; os engenheiros do IAPI; referência a Alim Pedro, presidente do IAPI; o processo de indicação dos presidentes dos institutos; as associações e os clubes formados nos conjuntos habitacionais do IAPI; o trabalho de divulgação e esclarecimento das normas dos conjuntos habitacionais do IAPI; lembranças de solenidades nos conjuntos habitacionais; os critérios na distribuição de apartamentos aos segurados inscritos; referência à filmagem dos conjuntos habitacionais do IAPI para divulgação; a preocupação de Alim Pedro com a construção de conjuntos habitacionais; comentários sobre o tamanho e a localização dos conjuntos habitacionais; características dos planos de investimentos do IAPI; o financiamento da revista Inapiários; a criação da revista Industriários; o trabalho como articulista de revista; o público leitor da revista Industriários; a participação de técnicos do IAPI na elaboração da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS); a qualidade da revista Industriários.

Fita 5 – A criação da revista Industriários; os objetivos da revista; o impacto no Brasil das mudanças ocorridas na Previdência social de outros países; a preocupação do IAPI com as despesas; o trabalho de divulgação da imagem do IAPI; a falta de compreensão dos segurados em relação aos institutos; o ABC do Associado; o atendimento ao segurado pelo IAPI; comentários sobre o Plano de Benefícios do IAPI; a reação dos funcionários à unificação da Previdência Social; crítica à posição dos bancários frente à unificação; a liderança do IAPI na unificação; o trabalho como procurador do IAPI; concepção de Previdência social; as razões da não inclusão da assistência médica no plano inicial do IAPI; comparação entre o IAPI e o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE); introdução da assistência médica no IAPI, em 1949; o papel dos procuradores e atuários no IAPI; as razões do poder dos atuários; a jornada de trabalho dos fiscais e procuradores; a criação da assistência patronal do IAPI; comentários sobre o “espírito de corpo” dos funcionários do IAPI; as diferenças entre os funcionários do IAPI; a reação diante da transferência para a carreira de procurador; as facilidades dos funcionários graduados do IAPI; o trabalho na CAPES; as relações com membros do governo; o trabalho com o Ministro Jarbas Passarinho; autodefinição como tecnocrata; relação entre os “cardeais” do IAPI e o movimento político-militar de 1964; posição políticas enquanto funcionário; os motivos da ascensão dos “cardeais” do IAPI.

Fita 6 – O caráter apolítico dos “cardeais” do IAPI; a tentativa de prisão de José Dias Corrêa Sobrinho, feita por um coronel em 1964; o trabalho como assistente do diretor do Departamento de Benefícios do IAPI; o convite para dirigir o Departamento de Benefícios; relato da resolução de problemas cotidianos no IAPI; relato do caso de demissão de um chefe da perícia médica do IAPI; o trabalho de consolidação das normas do IAPI; os problemas da burocracia e desperdício no serviço público.

3ª ENTREVISTA – 17/09/1986
Fita 6 (continuação) – Considerações sobre os marcos fundamentais na história da Previdência Social; a política bismarckiana; a Conferência de Filadélfia e o Relatório Beveridge; Previdência social e atenuação dos conflitos sociais; comentários sobre o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Social do Comércio (SESC); opinião sobre o funcionamento do Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU); os motivos da criação, por Bismarck, das formas de proteção social na Alemanha; comentários sobre a relação do funcionário público com o poder; a questão do desconhecimento e da incompreensão da Previdência Social.

Fita 7 – Comentário sobre a perda de autonomia dos IAPs; apresentação de tese em congresso sobre Previdência Social, em 1948; referência a Alim Pedro; a proposta do Instituto de Serviços Sociais do Brasil (ISSB); considerações sobre a postura do funcionário público frente a determinações de caráter político; a neutralidade dos técnicos; o aumento de pressões políticas sobre a Previdência social, depois de 1945; os técnicos frente à política; comentário sobre o “espírito inapiário” e a política na Previdência Social; a direção colegiada e o excesso de admissões de funcionários; a recusa de uma proposta para defender as contratações consideradas excessivas; a necessidade de uma administração presidencialista na Previdência social; comentário sobre o papel e a representatividade dos líderes sindicais; a questão da acumulação de cargos de médicos e juizes; a participação dos funcionários graduados do IAPI na unificação da Previdência Social; o trabalho como secretário-geral do MTPS; relato de uma conversa com Augusto Portugal, então assessor da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI); o MTPS e as greves de Osasco (SP) e Contagem (MG); a relação do Ministro Jarbas Passarinho com os sindicatos; posicionamento dos funcionários do MTPS frente ao Ato Institucional nº 5 (AI-5); a participação na criação do MPAS.

Fita 8 – Relato de uma conversa com Carlos Lacerda sobre o projeto de criação de um ministério da Previdência social; as relações com Alim Pedro e Jarbas Passarinho; atuação como divulgador da Previdência Social; comparação entre o período da direção colegiada e o do presidencialismo no IAPI; comentário sobre os critérios de indicação do presidente do IAPI; comentário sobre o direito dos trabalhadores em participar da gestão da Presidência social; posição dos técnicos frente aos governos militares pos-64; considerações sobre governos fortes; as relações dos técnicos com os militares; comentário sobre a privatização da Previdência Social; as relações pessoais nas indicações para a presidência do IAPI; comentário sobre os veículos entre o presidente do IAPI e o Presidente da República; a Previdência social como instrumento de equilíbrio econômico e social; comentários sobre as pressões dos trabalhadores para participar da administração dos institutos; o contato com representantes dos trabalhadores enquanto secretário-geral do MTPS; as formas de pressão dos empregados; a questão da privatização da assistência médica; o convite do Ministro Leonel Miranda para participar da elaboração do Plano Nacional de Saúde; oposição do Ministro Jarbas Passarinho ao Plano Nacional de Saúde; os convênios com sindicatos; o trabalho como diretor-executivo da CAPES; a elaboração de projeto para cobrar o ensino com base no imposto de renda; relato de um encontro com Jarbas Passarinho e Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva; comentário sobre a assistência médica na Previdência Social.

Fita 9 – Os problemas da assistência médica na Previdência social; dificuldades e problemas do serviço público; comentário sobre os hospitais privados; a medicina de grupo; a experiência como paciente de um hospital da Previdência;

4ª ENTREVISTA – 12/11/1986
Fita 9 (continuação) – A participação na Comissão de Regulamentação da Lei de Acidentes de Trabalho; absorção do seguro de acidentes de trabalho pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), em 1967; a discussão no Congresso Nacional da lei que estatizava o seguro de acidentes de trabalho; a Previdência Social rural; a Previdência social nos períodos autoritários; a experiência de trabalho com o Congresso Nacional; reflexões sobre as Forças Armadas; comparação entre a unificação dos institutos e a estatização do seguro de acidentes de trabalho; comentário sobre os acidentes de trabalho na Previdência Social; aprovação do DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres); o discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) utilizando frase de Anísio Teixeira sobre assistência social; opinião sobre greve; a participação em Comissão de Estudos para a Reformulação da Previdência Social, em 1964.

Fita 10 – A marginalização nos processos de unificação e a criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS); a Comissão de Regulamentação da Previdência Social, em 1967; a comissão para sugerir reformas na Previdência Social, em 1986; as reformas na legislação e na administração da Previdência social, entre 1966 e 1967; as razões da prevalência do IAPI nas reformas; a carreira no IAPI; o convite para trabalho no Departamento de Benefícios; comentário sobre o “espírito inapiário”; as relações com Moacyr V. Cardoso de Oliveira; as estatísticas sobre acidentes de trabalho; o papel da OIT; referência a Moacyr V. Cardoso de Oliveira; atuação como assessor do Ministro do Trabalho e Previdência Social, em 1967; análise das reclamações contra a unificação; a experiência administrativa do IAPI; a coordenação da Comissão de Criação do MPAS; relato da evolução da Previdência Social; a criação do MPAS como questão política; a questão dos acidentes de trabalho no Brasil; tendência à universalização da assistência médica; o trabalho de consolidação da legislação previdenciária; a expansão da Previdência Social e a legitimidade política; os sindicatos e a Previdência Social.

Fita 11 – Comentário sobre a representatividade das lideranças sindicais; a participação em projetos de reformulação da legislação e da administração da Previdência Social; o futuro do Centro de Estudos da Previdência Social; comentário sobre os documentos e livros acumulados na passagem pela Previdência Social; o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário; comentário sobre aposentadoria por tempo de serviço; a relação com os militares; considerações sobre a questão salarial pór-64; comentário sobre o Ministro Jarbas Passarinho; os motivos do impedimento em cursar a Escola Superior de Guerra (ESG); comentários sobre sua posição frente ao governo militar enquanto funcionário; críticas ao SAMDU; a patronal do IAPI e do INPS; comentários sobre a Previdência complementar das empresas estatais; referência ao livro Sociologia da Corrupção.

Fita 12 – Referência ao livro Sociologia da Corrupção; considerações sobre a entrevista; a Previdência Social no Brasil.

Dalton Mario Hamilton

Entrevista realizada por Jaime Araújo Oliveira, Nara de Azevedo Brito e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), entre os dias 14 de maio e 12 de agosto de 1987.
Sumário
1ª Sessão: fitas 1 a 3
Origem familiar; a infância em Buenos Aires; formação escolar; o estudo em escolas públicas; perfil do pai; a vocação pela medicina; a morte do pai e o trabalho numa companhia de seguros; a experiência em empresas privadas e na administração de saúde pública; o trabalho como pediatra de um hospital público; as características do sistema de saúde argentino; a Escola de Medicina de Buenos Aires e as características do sistema universitário argentino; o governo peronista; o trabalho na campanha de diarréia estival e as primeiras ligações com saúde pública; a experiência de trabalho na província de Jujuy (AR); as opções político-partidárias; o planejamento em saúde pública; o exercício da medicina privada; a criação da Escola Nacional de Saúde Pública na Argentina em 1959; a realização do curso de saúde pública em 1963; as características do curso de saúde pública; a prática hospitalar dos médicos argentinos ligados à saúde pública e a dicotomia entre saúde e atenção médica no Brasil; a implantação do planejamento em saúde na América Latina através do método OPAS/CENDES – Centro Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Venezuela); a implementação de um sistema de informação em saúde na província de Tucumán (AR); a extensão do modelo Tucumán a todo o território argentino; o Modelo Nacional de Programação de Atividades em Saúde da Argentina em 1966; o método OPAS/CENDES e os discursos sobre planejamento; a tradição chilena em saúde pública; a introdução do planejamento em saúde nos países da América Latina; comparação entre o sistema de saúde no Brasil e na Argentina; o planejamento estratégico e o caso Montes Claros; a atividade político-partidária na Argentina; o curso de mestrado na Universidade de Michigan (EUA); o Programa Nacional de Estatística em Saúde na Argentina.

2ª Sessão: fitas 4 e 5
A elaboração do programa de saúde para o Partido Justicialista em 1973; a situação política argentina durante a década de 70; a morte de Perón e as perseguições políticas da Triple A (Aliança Anticomunista Argentina); a demissão do Ministério da Saúde da Argentina em meio à crise política; o trabalho nas obras sociais dos ferroviários; a mudança para o Brasil e o golpe militar em 1976 na Argentina; o trabalho como consultor da OPAS em Brasília; os primeiros contatos com Sérgio Arouca; o Programa de Preparação Estratégica de Pessoal em Saúde (PPREPS); a adaptação da família no Brasil; a experiência profissional de Susana Badino em Buenos Aires e na Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP) da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro; a solidariedade brasileira aos exilados argentinos; a mudança para o Rio de Janeiro contratado pela PAPPE; o Projeto de Caruaru.

3ª Sessão: fitas 5 a 7
O Projeto Integrado de Serviços de Saúde em Montes Claros; o Programa de Integração das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS); a difusão do modelo Montes Claros; a lógica do planejamento estratégico; a experiência do PIASS na Bahia; a criação do PIASS; a continuidade do projeto em Montes Claros após a sua saída.

4ª Sessão: fitas 8 e 9
O ingresso na ENSP em 1978; o Departamento de Administração e Planejamento; a coordenação do curso básico e dos cursos de especialização da ENSP; a criação dos cursos de mestrado e doutorado e dos cursos regionalizados para dinamizar áreas estratégicas de saúde; a incorporação da política ao planejamento; os cursos regionalizados em Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba; a difusão dos cursos regionalizados; o intercâmbio entre o Instituto de Medicina Social (IMS), a EBAP e a ENSP; o primeiro curso de planejamento do IMS em 1976; os cursos de planejamento da ENSP; a busca de respostas às experiências políticas do momento; o papel dos argentinos na introdução do planejamento em saúde pública no Brasil; comparação entre a formação profissional em saúde no Brasil e na Argentina; a criação do curso especializado em planejamento da Escola de Medicina de Buenos Aires em 1973; Brasil e Colômbia: centros de referência em planejamento em saúde para a América Latina; os latino-americanos no Departamento de Planejamento da ENSP; a assessoria na Nicarágua a convite de Sérgio Arouca.

5ª Sessão: fitas 10 e 11
A experiência de Joaquim Moreira Nunes na área de administração hospitalar e na ENSP; o elo entre teoria e prática nos cursos de administração; as características da gestão Vinícius da Fonseca na FIOCRUZ; a gestão Guilardo Martins Alves na FIOCRUZ; o modelo administrativo da FIOCRUZ; a incorporação de unidades isoladas à FIOCRUZ e a dificuldade de implantação de um projeto modernista e integrador; a democratização brasileira e a indicação de Sérgio Arouca para a Presidência da FIOCRUZ; a gestão Arouca; a concentração de informações na Superintendência de Administração Geral (SAG) e a centralização de decisões na presidência devido à ineficácia da área administrativa; proposta de reestruturação do modelo organizacional da FIOCRUZ; a intervenção na SAG; a indicação para chefiar a SAG; o papel do poder burocrático durante o período de reformas.

6ª Sessão: fitas 12 e 13
Avaliação do sistema de saúde brasileiro nos últimos 15 anos; as propostas do “partido sanitário” e as divergências em torno da reforma sanitária; a unificação do sistema de saúde como medida de racionalização; a participação popular visando a melhoria dos serviços de saúde; as divergências entre os membros do “partido sanitário” na Previdência Social, na Comissão de Reforma Sanitária e no Ministério da Saúde; o retorno a Buenos Aires após a abertura democrática; a experiência como gerente de planejamento do Instituto de Servicios de Obras Sociales para Trabajadores Rurales (ISARA); a experiência de Susana Badino no Instituto de Administración Pública (INAP); o regresso ao Brasil.

7ª Sessão: fita 14
Relato de sua posse na SAG; a relação do antigo superintendente com os funcionários administrativos; a proposta de reformas na área administrativa e a adesão gradual dos funcionários; a legitimação no trabalho pelo aumento da eficiência; as mudanças na estrutura organizacional da SAG; a eleição dos funcionários para promoção; a descentralização das decisões administrativas; os problemas do Departamento de Recursos Humanos; a informatização de processos financeiros; as demissões de funcionários devido a irregularidades.

8ª Sessão: fitas 15 e 16
A democratização da SAG com a socialização de informação; a descentralização de programas e orçamentos; a transparência administrativa e a consequente dificuldade do aparecimento de processos ilícitos; os resultados da descentralização dos recursos em nível das unidades; a informatização dos processos como forma de desburocratizar o poder, socializar a informação e adequar tecnologicamente a SAG; as resistências internas ao processo de informatização; a facilidade de acesso às informações e ao acompanhamento de processos através da informatização; a relação das unidades da FIOCRUZ com o processo de descentralização administrativa; as transformações da estrutura organizacional da SAG; a expectativa de irreversibilidade nas mudanças empreendidas na SAG.
NOTA: As 5ª, 7ª e 8ª sessões contaram com a participação de Joaquim Moreira Nunes e Susana Esther Badino.

Elisaldo Carlini

Entrevista realizada por Tânia Fernandes (TF) e Fernando Dumas (FD), em São Paulo (SP), nos dias 16 de abril, 23 de julho, 23 e 24 de agosto de 1999 e 04 de dezembro de 2000.

Sumário
Fita 1 - Lado A
Referência à sua infância em Ribeirão Preto: seus pais e irmãos; a mudança para Pirajá e a vida da família naquele local; o interesse pelas plantas na infância; referência aos irmãos como profissionais na área médica; a morte de seu pai; sua experiência na Escola Rural de Pirajá (escola primária); a mudança da família para José do Rio Preto e a entrada para o ginásio; seu interesse por criação de galinhas no sítio de seu tio e a vida em família; a chegada em São Paulo; seu primeiro emprego; sua experiência no curso científico; o término do científico e o início do curso preparatório para estudar medicina; o desempenho escolar dos irmãos; a Escola Paulista de Medicina; seu emprego como datilógrafo em agencia bancária e, como farmacêutico, no Laboratório Antipiol; sua tentativa de ingressar na Universidade de São Paulo; seu segundo ano de curso preparatório e a entrada para a Escola Paulista de Medicina; o trabalho no Laboratório Geiger; o encanto pela bioquímica e farmacologia e a influência dos professores Ribeiro do Vale e José Leal Prado; suas experiências na Faculdade e considerações sobre a formação do cientista atualmente; referência aos seus primeiros trabalhos publicados; consideração sobre bolsa de estudo da Fundação Rockefeller; comentários sobre a vida profissional de sua esposa e sobre seus casamentos.

Fita 1 - Lado B
Comenta seu trabalho com plantas e sua primeira pesquisa científica na Sociedade Paulista de Biologia; sua ida para a Universidade de Toulaine e seu interesse pela psicofarmacologia; a Universidade de Yale e seu trabalho com o prof. Jack Peter Green; a defasagem do conhecimento científico no Brasil em relação aos Estados Unidos; considerações sobre sua volta para o Brasil na época do golpe de 64 e sobre sua não nomeação para titular na Escola Paulista de Medicina; seu trabalho na universidade como assistente voluntário; sua transferência para o Instituto Biológico e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa; seu livro Farmacologia prática sem aparelhagem.

Fita 2 - Lado A
Comenta o período militar no país; sua entrada para a Escola Paulista de Medicina e sua relação com o Partido dos Trabalhadores (PT); sua saída da Santa Casa e seu ingresso na Escola Paulista de Medicina; referência aos investimentos e verbas em pesquisa; seu trabalho com plantas, especialmente a Espinheira Santa, na Escola Paulista de Medicina; os produtos à base de plantas no país, as patentes e os mestrados profissionalizantes no país.

Fita 2 - Lado B
Continua referência aos mestrados profissionalizantes, a política de patentes de produtos naturais e sua relação com a atividade de pesquisa no país.

Fita 3 - Lado A (Making Off)
Comentário sobre sua descendência espanhola, italiana e portuguesa; o processo de miscigenação no país; sua trajetória desde Ribeirão Preto, onde nasceu, até chegar em São Paulo para trabalhar e estudar medicina; a importância da planta para a cura das doenças; as etapas de desenvolvimento de medicamentos; discute a importância do conhecimento popular sobre plantas terapêuticas; comenta o grande potencial de plantas terapêuticas no país; aponta o descaso do governo brasileiro com a atividade científica e o cientista; os convênios da Universidade Paulista de Medicina com laboratórios particulares e as vantagens de se trabalhar com plantas; aborda as plantas que estão sendo patenteadas.

Fita 3 - Lado A
Relaciona o estágio que fez com os professores Ribeiro do Vale e Leal do Prado na Escola Paulista de Medicina a sua formação em metodologia de pesquisa; a Revista Psicofarmacologia e seu interesse pelas plantas medicinais; sua mudança para os Estados Unidos; a Universidade de Yale e Toulaine; o tratamento dispensado pela comunidade científica norte-americana aos latino-americanos; seu retorno ao Brasil, a rotina e o trabalho sobre maconha no Instituto Biológico de São Paulo; o curso de medicina que fundou na Santa Casa de Misericórdia; o golpe militar de 1964 e a liberdade de expressão nos Estados Unidos; a publicação Farmacologia sem a prática, sem a aparelhagem; comenta discussão entre Otto Gottlieb e Luiz Gonzaga Laboriaux; os simpósios que organizou.

Fita 3 - Lado B
Comenta a formação dos participantes dos simpósios sobre plantas medicinais atualmente; a interdisciplinaridade entre botânica, química, medicina e biologia; o grupo de pesquisadores de Ribeirão Preto; referências a Federação da Sociedade Brasileira de Biologia Experimental, a Associação Brasileira para Progresso da Ciência, a Fundação Brasileira de Plantas Medicinais; o Projeto Flora e o sistema americano de informação Napralete; aborda a relação do CNPq com os simpósios que organizou; a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP); projeto que desenvolveu sob a aprovação da Central de Medicamentos (CEME); o PRONEX; a necessidade de financiamento de um banco de insumos para abastecimento de matérias-primas.

Fita 4 - Lado A
Aborda aspectos internacionais e nacionais relacionados a valorização da pesquisa de plantas medicinais no país; a engenharia genética; convênios com instituições de pesquisa estrangeiras; a parceria com o Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais.

Fita 4 - Lado B
Comenta a relação com laboratórios particulares; as universidades em Cuba e na América Latina; discute esquemas de produção de pesquisas em plantas; comenta os costumes e usos populares das plantas; a medicina chinesa.

Fita 5 - Lado A
Aborda a relação entre a fitoterápico e o medicamento; o suporte, investimento e desenvolvimento da pesquisa de fitoterápicos no país; a ação da planta “nó de cachorro”; a quantidade de farmacólogos no país e a organização de grupos de estudos de plantas no Brasil; a relação dos médicos com a fitoterapia; o “Biotônico Fontoura” e os medicamentos genéricos; monopólio do diagnóstico de doenças pelos médicos.

Fita 5 - Lado B
Comentário sobre o screening farmacológico; o biotério e os padrões de comportamento de cobaias; a mixagem higiênica de animais e a produção e utilização das cobaias; seu trabalho de pesquisa atualmente.

Fita 6 - Lado A
Referência as verbas públicas para pagar pessoal da equipe do Grupo Plantas; comenta a formação acadêmica dos integrantes desse grupo de trabalho; sua decisão de se aposentar; os padrões de biotipo e importação de medicamentos; a bioequivalência; o início de sua carreira no Ministério da Saúde: seus projetos e programas.

Fita 6 - Lado B
Sua saída do Ministério da Saúde e os processos judiciais que sofreu; o desaparecimento de portaria que assinou na Vigilância Sanitária; o Instituto Nacional de Controle de Qualidade de Medicamentos (INCQS); a necessidade de um programa nacional de controle de qualidade dos medicamentos.

Fita 7 - Lado A
Aborda o desfecho dos projetos judiciais que sofreu e a perseguição à Haity Moussatché; a relação do Instituto de Biotecnologia da Amazônia com a Agronomia.

Fita 8 - Lado A
Comentários sobre a instituição e regulamentação das pós-graduações na década de 60 e o papel desempenhado pelo CNPq; considerações sobre o 1º Simpósio de Plantas Medicinais; a Fundação Rockefeller e o financiamento em pesquisa na Escola Paulista de Medicina; a CEME e o projeto de financiamento em pesquisa em plantas medicinais e produção de medicamentos; os grupos de pesquisa financiados pela CEME e o trabalho com plantas; o processo de patenteamento do uso terapêutico de plantas e a oposição a Lei de Patentes no Brasil; a discussão no Congresso em Recife em torno da questão de patentes.

Fita 8 - Lado B
Continuação dos comentários sobre o Simpósio em Recife e a discussão das patentes; considerações sobre a ciência no Brasil e a questão da propriedade intelectual; o processo de patentes no exterior e no Brasil; referências ao II Programa Nacional de Desenvolvimento (PND) e o Projeto Flora; considerações sobre o período como assessor do CNPq e o financiamento em ciência; a discussão em torno da Farmacologia acadêmica e a Farmacologia aplicada e as mudanças no status do medicamento de plantas.

Fita 9 - Lado A
A FAPESP e o financiamento de projetos; o trabalho como assessor da FAPESP e a análise de projetos; considerações sobre o convênio universitário do SUS; a pesquisa em Psicobiologia do Sono; a parceria das indústrias com as universidades; o financiamento das indústrias em projetos de pesquisa com plantas medicinais.

Fita 9 - Lado B
Considerações sobre a Associação de Plantas Medicinais; menção a organização dos Simpósios de Plantas Medicinais; considerações sobre a importância da pesquisa em plantas; a SBPC, a FESB e a questão da política em ciência; a formação de uma agregação de indústrias nacionais e o financiamento de laboratórios de pesquisa; associação da indústria com a universidade; ABIFARMA; a Alanac e a defesa dos interesses dos laboratórios nacionais; a questão dos genéricos.

Núbia Boechat Andrade

Entrevista realizada por Luciana Heymann e Aline Lacerda, via plataforma Zoom, no dia 16 de junho de 2021, no Rio de Janeiro; responsável pela gravação, Cristina Grumbach e produzida por Crisis Produtivas.

Mécia Maria de Oliveira

Entrevista realizada por Ruth Martins, no dia 23 de fevereiro de 1987, a respeito de Walter Oswaldo Cruz e sua produção científica.
Sumário:
Fita 1 - Lado A
A ida para estagiar no Laboratório de Hematologia e a seleção feita por Walter Oswaldo Cruz entre os candidatos; breve referência aos estudos feitos por Walter Oswaldo Cruz sobre anemia parasitológica; novos comentários sobre o tipo de seleção feita por Walter Oswaldo Cruz para escolher seus estagiários e lembrança de como foi seu teste; a rotina junto a outros estagiários no Laboratório de Hematologia; referência a Academia do Terceiro Mundo, com sede na Itália; sobre um dos estudos desenvolvidos por Walter Oswaldo Cruz que foi premiado; sobre o trabalho de pesquisa que desenvolve atualmente; os seminários realizados durante seu estágio com Walter Oswaldo Cruz; sobre a administração de Rocha Lagoa.

Fita 1 - Lado B
A destituição de Walter Oswaldo Cruz da chefia do laboratório; as qualidades necessárias a um cientista; a relação de Walter Oswaldo Cruz com seu trabalho; o processo de elaboração de um trabalho científico e sua divulgação; referência a Sílvia Oswaldo Cruz; o processo de trabalho da equipe de Walter Oswaldo Cruz; a atuação de Walter Oswaldo Cruz na área de Hematologia; a dificuldade de se publicar novos trabalhos em revistas científicas; a liderança exercida por Walter Oswaldo Cruz entre os cientistas.

Fita 2 - Lado A
Reflete sobre importância e prestígio da Academia Brasileira de Ciências antigamente.

Movimento da reforma psiquiátrica no Brasil - história e memória

Reúne nove depoimentos de médicos psiquiatras sobre as mudanças ocorridas no atendimento ao doente mental, antes e depois de instituída a reforma psiquiátrica no Brasil na década de 1980. O depoimento de Lia Riedel é temático sobre a atuação de Gustavo Riedel, seu pai. Este grupo de profissionais teve ativa participação no citado movimento nos anos 1980, quando tem início o processo de desinstitucionalização das instituições psiquiátricas no Brasil, com várias experiências de transformação da assistência em saúde mental com a implantação dos Centros de Atenção Psico-Social (Caps). As entrevistas abordam sua história de vida e atuação profissional com foco no tema da reforma psiquiátrica.

Maria Celeste Emerick

Entrevista realizada por Nara Azevedo, em 12 de março de 1996, no Rio de Janeiro.

Antônio Pereira da Silva

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel, na Colônia Getúlio Vargas, localizada em Bayeux (PB), no dia 05 de agosto de 2003.

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