Divulgação científica

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José Reis

  • Pessoa
  • 1907-2002

Nasceu em 12 de junho de 1907, na cidade do Rio de Janeiro, filho de Alfredo de Souza Reis e Maria Paula Soares. Em 1925 ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Ainda durante a graduação realizou no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) o Curso de Aplicação (1927-1928), sendo reconhecido com o prêmio “Medalha de Ouro Oswaldo Cruz”. Durante o curso prestou serviços no hospital do IOC durante um surto de febre amarela, mas sem ser contratado. Em 1929, transferiu-se para a cidade de São Paulo ao ser contratado como bacteriologista no recém-criado Instituto Biológico (IB), trabalhando com Arthur Neiva e Henrique da Rocha Lima. Na instituição ocupou os cargos de assistente, chefe de seção e de serviço. No IB dedicou-se à pesquisa em microbiologia, passando a estudar as doenças que acometiam as aves, por influência de Rodolfo von Ihering. Suas pesquisas resultaram nas publicações “Moléstias das Aves Domésticas” (1932) e “Doenças das Aves: tratado de ornitopatologia” (1936) – em colaboração com Paulo Nóbrega e Annita Swensson – criando o termo para definir sua área. Além disso, elaborou folhetos de divulgação voltados para os criadores de aves, visando a prevenção e o tratamento. Em 1932 casou-se com Annita, farmacêutica e colega de IB. A partir de seu trabalho sobre as doenças aviárias foi convidado para pesquisar na Fundação Rockefeller, transferindo se para os Estados Unidos em 1935, onde permaneceu um ano. Foi a partir dessa experiência que passou a se interessar pelo tema da administração. Foi convidado a ocupar o cargo de diretor do Departamento do Serviço Público do Estado de São Paulo, entre 1943 e 1945, organizando cursos, uma biblioteca especializada, plano de cargos e a lei que ordenou o Regime de Tempo Integral. Também atuou como professor de administração na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP, da qual foi fundador e vice-diretor (1946). Ainda na década de 1940 começou a escrever obras para o público pré-escolar, adaptando temas da ciência por meio da literatura infantil. Em 1947 retornou ao IB como diretor da Divisão de Documentação e Ensino, cargo no qual se aposentou (1958). Também em 1947 passou a colaborar com os jornais do grupo Folha, sendo efetivado como funcionário no ano seguinte, condição que manteve até sua morte. Passou a dedicar-se cada vez mais ao jornalismo e a divulgação científica, escrevendo na Folha de São Paulo as colunas “Periscópio”, “Gota a Gota” e “No Mundo da Ciência”. Entre 1962 e 1967 chegou a ocupar o cargo de diretor de redação do jornal. Redigiu ainda os suplementos “Ciência para todos” do jornal A Manhã (1948-1953) e “Ciência” do Jornal do Comércio (1958-1962). Esteve envolvido na criação da criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em 1948, onde ocupou o cargo de secretário geral (1949-1951), presidente (1979-1980), e criou a Revista Ciência e Cultura, onde sempre trabalhou, sendo seu diretor por dois períodos: de 1949 a 1954 e de 1972 a 1985. Posteriormente, colaborou com a Revista Anhembi (1955-1962) e na criação da editora Instituição Brasileira de Difusão Cultural (IBRASA), na qual permaneceu entre 1958 e 1978. Entre as muitas homenagens que recebeu destacam-se os prêmios Kalinga (1974), de divulgação científica concedido pela Unesco, e John Reitemeyer, de jornalismo científico da Sociedade Interamericana de Imprensa, a Ordem Nacional do Mérito Científico (1995) e a criação pelo CNPq do Prêmio José Reis de Divulgação Científica em 1978. Morreu em São Paulo em 16 de maio de 2002.