Cartas e bilhetes enviados ao sogro, o comendador Manuel da Fonseca, aos cinco filhos, aos cunhados Ezequiel Dias e Miuça, ao amigo Egydio Salles Guerra e a João Batista da Costa, referentes principalmente aos seus períodos de viagem à Europa. Merece destaque o documento mais antigo em que seu pai, Bento Gonçalves Cruz, escreve ao comendador Fonseca pedindo a benção para a união de seus filhos Oswaldo e Emília.
Caderno com anotações referentes ao curso ministrado pelo professor Francisco de Castro (Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro). As notas foram colhidas à cabeceira dos doentes e coordenadas sob a forma de aforismos. Referem-se a moléstias de nutrição, moléstias microbianas e parasitárias, intoxicações, moléstias do sangue, moléstias do aparelho circulatório, moléstias do coração, lesões oro-valvulares, moléstia dos brônquios, moléstia dos pulmões e moléstias do aparelho digestivo.
Originais manuscritos do estudo crítico considerando a Tese de Doutoramento apresentada por José Gonçalves Roxo à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. O texto analisa cada capítulo da tese em particular e conclui que o autor obteve êxito em seu empreendimento. Publicado no Annuario Medico Brazileiro, v.7, n.32/38.
Volume 1 (1893-1894): Epidemia de cólera no Rio de Janeiro e no Vale do Paraíba; tuberculose; febre amarela; reforma do Serviço Sanitário; qualidade das águas; Domingos José Freire Junior. Volume 2 (1903-1904): Combate à febre amarela; varíola; regulamento sanitário federal. Volume 3 (1904): Vacinação obrigatória contra a varíola e a campanha contra a sua regulamentação- Revolta da Vacina. Volume 4 (1904-1906): Campanha de saneamento da cidade do Rio de Janeiro contra a febre amarela, peste bubônica e tuberculose; viagens de inspeção aos portos do Sul e Norte do Brasil. Volume 5 (1906-1907): Saneamento das cidades; inspeção dos alimentos; peste bubônica na cidade do Rio de Janeiro; política no Rio de Janeiro; tuberculose; favelas; varíola. Volume 6 (1907-1908): Peste bubônica; varíola; tuberculose. Volume 8 (1911-1915): Febre amarela no Pará; Exposição de Higiene e Demografia de Dresden; epidemia de malária em São João Marcos; tuberculose; posse de Oswaldo Cruz na Academia Brasileira de Letras; saneamento da Amazônia; Conferência Sanitária Internacional realizada em Montevidéu; homenagem ao titular prestada pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Volume 9 (1917): Morte de Oswaldo Cruz e as solenidades prestadas em sua homenagem. Volume 10 (1903-1912): Caricaturas sobre a atuação de Oswaldo Cruz no comando da saúde pública.
Originais manuscritos do artigo apresentando as principais formas de contaminação dos meios de cultura por mucoríneas - que os torna inutilizáveis - e os procedimentos adequados para evitar tal contaminação, proporcionando assim um melhor aproveitamento de tais meios de cultura.
Manuscrito do artigo publicado na revista "Brazil-Medico" em que o autor procura demonstrar que as más condições sanitárias do bairro da Gávea eram motivadas pelo aumento rápido da sua população, sem que os recursos higiênicos tenham aumentado proporcionalmente. O artigo ainda ocupa-se da identificação da origem de tal insalubridade e propõe medidas de saneamento para o referido bairro.
Iniciando no período em que esteve em Paris estudando bacteriologia no Instituto Pasteur e era consultado por colegas a respeito de livros e periódicos científicos. A correspondência percorre período significativo de sua trajetória profissional: pedido de envio de tubos com a cultura do bacilo de Yersin (da peste bubônica), pedidos de favores feitos pelo titular ou enviados a ele, convite do governador da Bahia para realizar serviços bacteriológicos não identificados naquele estado, envio de resultado de exames laboratorias, resposta ao ofício de Emílio Ribas, em que este o felicita pela indicação para a Diretoria Geral de Saúde Pública e pela solidariedade quando da implantação das campanhas sanitárias no Rio de Janeiro, carta a Carlos Seidl, diretor do Hospital Afrânio Peixoto, agradecendo palavras de incentivo, carta a Francisco Castro, professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sobre a comissão enviada a Ribeirão das Lajes (RJ) para investigar casos de malária, carta de Bulhões de Carvalho felicitando o titular por representar o Brasil no Convênio Sanitário Sul-Americano, e carta a Gonçalo Muniz enviando estatísticas sobre acidentes com a soroterapia.
Vital Brazil, fundador do Instituto Butantan em São Paulo. Através deste conjunto verificamos o início das pesquisas para a obtenção do soro e da vacina antipestosos nos recém-fundados institutos soroterápicos de Manguinhos e Butantan, cujas trajetórias são, neste momento, bastante parecidas; ambos foram criados durante a mesma crise sanitária e localizados em fazendas fora da área urbana, para evitar contaminação em caso de acidente. Vemos como os dois cientistas foram obrigados a refrear seus ânimos diante da burocracia do Estado, e encontramos neste conjunto o início da discussão a respeito dos diversos processos de preparação do soro antipestoso conhecido então. Através de experiências feitas por Vital Brazil no Butantan, torna-se claro o avanço representado pela produção do produto em Manguinhos, mas cuja dosagem foi estabelecida com mais segurança, o que diminuiu a incidência de acidentes. Esta correspondência registra também o progresso das pesquisas sobre o soro antiofídico realizadas no Instituto Butantan. As datas concentram-se entre 1899 e 1901, mas existe um cartão de 1914 onde o titular envia saudações ao amigo através de seu filho mais velho, Bento.
Contendo relatos minuciosos e mapas estatísticos sobre a epidemia, além dos entendimentos entre o titular e Victor Godinho, médico da Santa Casa de Misericórdia de Santos, a respeito da publicação do relatório sobre a doença. Duas cartas enviadas por Nuno de Andrade revelando os primeiros entendimentos entre o ministro da Justiça e Negócios Interiores, J.J. Seabra e o barão de Pedro Affonso para a construção de um instituto soroterápico, do qual o titular seria o diretor técnico após o fim dos trabalhos em Santos. Entre os demais missivistas destacam-se os médicos Eduardo Lopes, Jayme Silvado e Olympio de Niemeyer.
Originais manuscritos do artigo que considera aspectos referentes ao mecanismo de defesa do organismo vivo contra o micróbio invasor, indicando os cuidados e procedimentos que devem ser observados para que se realize o estudo da curva leucocitária. Publicado em "Brazil-Medico", v. 14, n. 10, p. 81-83.
Trabalho realizado pelo titular enquanto diretor técnico do Instituto de Manguinhos. Em anexo quatro figuras feitas a partir de observações microscópicas e notas esparsas relativas ao estudo da peste, algumas apresentando os seguintes títulos: "septicemia", "vaccina anti-pestosa", "preparo de toxina pestosa por bacteriolyse".
Entre os assuntos tratados destacam-se: notícias sobre a Missão Pasteur, envio de soro antipestoso do Rio de Janeiro a São Paulo (a pedido de Lutz), apresentação de Gonçalo Muniz (da Faculdade de Medicina da Bahia) realizada pelo titular a Adolpho Lutz e Vital Brazil. Muniz havia sido enviado pelo governo da Bahia para colher os dados necessários para a montagem de um instituto soroterápico naquele estado.
Cientistas da Missão Pasteur, sobre a presença de mosquitos vetores da febre amarela em Petrópolis. Em anexo, relatório sobre a campanha de erradicação da febre amarela no Rio de Janeiro.
Relação de endereços dos prédios onde ocorreram casos de peste bubônica entre 1900 e 1903; manuscrito da Sociedade de Salvação Pública na qual afirma-se a decisão de assassinar o titular, o prefeito do Distrito Federal, Francisco Pereira Passos e o presidente da República, Rodrigues Alves; lista das personalidades médicas e políticas contatadas durante a viagem de inspeção aos portos do Norte, realizada pelo titular em 1905.
Anotações correspondentes à realização de uma autópsia. Em anexo anotações sobre anatomia indicando limites e características das regiões occipito frontal, temporal, palpebral, superciliar, do nariz, parotidiana e labial.
Documentos enviados ao presidente da República Afonso Pena agradecendo a distinção de ter seu nome batizando o Instituto Soroterápico Federal, em vez de transformá-lo em Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos; telegramas enviados às autoridades sanitárias dos portos a respeito de casos suspeitos de peste bubônica, difteria e cólera; aos delegados dos distritos sanitários do Rio de Janeiro sobre casos de varíola e, aos cientistas Carlos Chagas e Belisário Penna, que se encontravam em Lassance, Minas Gerais, realizando pesquisas sobre a recém descoberta doença de Chagas.
Cartas e telegramas de pesar enviados por diversas personalidades e instituições à família do titular e ao Instituto Oswaldo Cruz; lista dos presentes à missa realizada na Igreja da Candelária.
Organizado pelo titular em ordem alfabética sobre enfermidades, substâncias e procedimentos, contendo ao lado de cada nome ora a sua definição, ora os procedimentos terapêuticos, ora uma bibliografia correspondente.