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Hanseníase
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Augusto Cid de Mello Perissé

Entrevista realizada por Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), no dia 27 de fevereiro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 4
Origem familiar; os problemas financeiros na época em que era estudante de farmácia; a atração pela medicina; o trabalho como tecnologista da Marinha; o emprego numa fábrica de pólvora a convite de um professor; o ingresso no IOC em 1943; considerações sobre o curso de farmácia; o interesse pela botânica e a decisão de permanecer no IOC; o primeiro contato com a química; a proibição de trabalhar com síntese de composto orgânico pelo diretor do IOC, Henrique Aragão; o desenvolvimento da química no IOC e a introdução de novos cursos durante a gestão Olympio da Fonseca; o trabalho no Instituto Nacional de Tecnologia; a transferência para a USP a convite do professor Hauptman e a convivência com químicos alemães; a importância da biblioteca do IOC até 1964; comentários sobre o trabalho do professor Hauptman e de Rheinboldt; crítica à orientação científica do IOC no período pós-1964; comentários sobre o doutorado na USP; o trabalho na Bahia a convite de Edgard Santos; o curso de pós-doutorado na Alemanha; a importância das pesquisas em química experimental na USP; a vida e o trabalho em São Paulo; as dificuldades de desenvolvimento da química no Brasil; o estudo e o trabalho em bioquímica da hanseníase a importância do vínculo entre pesquisa e produção; a interrupção da pesquisa sobre hanseníase em consequência de sua cassação; a reconstrução do laboratório após o regresso a Manguinhos; as atividades profissionais em Paris durante o exílio; o trabalho realizado em Moçambique; a bolsa do CNPq para desenvolver pesquisa em hanseníase; comentários sobre a descoberta da hanseníase; a fase de decadência do IOC após a direção de Carlos Chagas; as atividades exercidas em Manguinhos entre 1943 e 1969; perfil e gestão de Olympio da Fonseca; o incentivo do CNPq à ciência no Brasil; a crença no progresso da humanidade através da ciência; a importância do Ministério da Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento científico do país; o impacto das multinacionais sobre o desenvolvimento autônomo da ciência no país; a difícil sobrevivência dos institutos de pesquisa no Brasil; a redemocratização e legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB); a intervenção dos militares na vida política do país; os inquéritos militares e as cassações em Manguinhos; a solidariedade dos colegas do IOC e a repercussão das cassações; o fim do regime militar e a redemocratização na FIOCRUZ durante a gestão Sérgio Arouca; o caráter pessoal das perseguições movidas por Rocha Lagoa; o fechamento do laboratório de química e a perda de seus produtos após a cassação; o conflito ente os pesquisadores de Manguinhos; a paralisação da produção científica no IOC após 1970; o financiamento à pesquisa concedido pela Fundação Ford; a importância da construção de Far-Manguinhos e de Bio-Manguinhos.

Souza-Araújo

  • BR RJCOC SA
  • Fundo
  • 1880-1970

Reúne cartas, convites, telegramas, programas de cursos, prontuários, laudos, relatórios, currículos e históricos, artigos científicos, comunicações, fotografias e recortes de jornais, entre outros documentos referentes à vida pessoal e trajetória profissional do titular como médico, pesquisador e professor na área de tratamento e controle da hanseníase.

Heráclides César de Souza-Araújo

Maria Cristina Vidal Pessolani

Entrevista realizada por Nara Azevedo, Simone Kropf e Wanda Hamilton no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 12 e 19 de novembro de 1996.

Algy de Medeiros

Entrevista realizada por Luiz Octávio Coimbra e Nilson Moraes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 18 e 25 de março de 1987.

Resenha biográfica
Algy de Medeiros nasceu no Rio de Janeiro, em 1918, sendo o primeiro filho de uma família de dez irmãos. Seu pai era funcionário da Biblioteca Nacional e sua mãe, professora. Realizou o curso primário na escola pública em que sua mãe lecionava, e o secundário no Ginásio 28 de Setembro. Em 1941, formou-se pela Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade do Rio de Janeiro. Ainda estudante, trabalho como auxiliar de tesoureiro na Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários da Central do Brasil. Após formar-se, foi nomeado médico, exercendo a atividade até sua aposentadoria, em 1959.
No início da sua carreira profissional, trabalhou como assistente do professor Luiz Feijó, diretor do setor de perícia médica do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI). Em 1949, quando foi instituída a assistência médica aos segurados do IAPI, foi aprovado no concurso para cardiologista, tendo trabalhado nos ambulatórios da Avenida Henrique Valadares e Praça Mauá, aposentando-se, em 1967, quando exercia suas atividades no serviço médico pessoal do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Pós-graduado em cardiologia e angiologia, dedicou-se a atividades na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde permanecia até esta entrevista ser realizada.
Entre 1969 e 1971, foi também professor titular de clínica propedêutica médica e chefe do Departamento de Medicina da Faculdade de Medicina de Teresópolis (RJ). Na UFRJ, entre outras atividades, chefiou a seção de angiologia da terceira cadeira de clínica médica do Hospital Moncorvo Filho, de 1953 a 1963, e coordenou a área de domínio conexo do curso de mestrado em angiologia, de 1971 a 1973. Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), chefia a seção de anfibologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) desde 1962, e é coordenador-geral do curso de especialização em anfibologia desde1973, além de ter participado em diferentes momentos do corpo deliberativo do Departamento de Medicina, ministrar cursos de atualização e desenvolver pesquisas.
Participou em congressos médicos no Brasil e no exterior, apresentando diversos trabalhos. É membro do conselho editorial de revistas editadas no Brasil, Estados Unidos e Suíça, tendo publicado vários artigos em periódicos brasileiros e estrangeiros.

1ª ENTREVISTA – 18/03/1987
Fita 1 – Nascimento; origem familiar; formação escolar; lembrança dos pais; o início das atividades docentes; lembranças da casa onde morava; a religião da família; visão política do pai; lembranças da Revolução de 1930; o Rio de Janeiro na juventude; a vida escolar; referência ao médico da família; a utilização da medicina caseira pela família; a opção pelo curso de medicina; o trabalho como auxiliar de tesoureiro da Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários da Central do Brasil; o trabalho como médico perito do IAPI; ausência de assistência médica na Previdência, na década de 40; o trabalho como assistente do professor Luiz Feijó; o início das atividades como médico; a concessão de benefícios aos ferroviários da Central do Brasil; incidência de tuberculose e lepra entre os ferroviários; relato das viagens aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro para pagamento de pensões pela Caixa dos Ferroviários; lembranças do curso na Escola de Medicina e Cirurgia; referencia a Mauro Barreira, líder integralista e chefe do serviço jurídico da Caixa dos Ferroviários; influência de Luiz Feijó em sua formação profissional.
Fita 2 – Influência da docência em universidades sobre a prática médica; origens da Escola de Medicina e Cirurgia; crítica à homeopatia; o atendimento a pacientes com manifestações psicossomáticas; reflexões sobre o “clima neurotizante” da sociedade atual; comentário sobre o aumento de doenças cardio-vasculares devido ao uso do fumo; o atendimento a pacientes com manifestações psicossomáticas; características da atividade do médico perito no IAPI; os critérios médicos para concessão de auxílio-doença; as atividades como médico visitante contratado pelo setor de perícia médica do IAPI; as condições sócio-econômicas dos segurados atendidos pela perícia médica; aprovação no concurso para cardiologista do IAPI, em 1949; o salário dos médicos da Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários da Central do Brasil e do IAPI; autonomia da perícia médica no preenchimento dos laudos para o IAPI; a equipe de saúde no ambulatório da Rua Henrique Valadares; comentários sobre a profissão de assistente social; os cursos de pós-graduação realizados no exterior; críticas ao crescimento das escolas particulares de medicina; as experiências vividas em hospitais-gerais da Filadélfia; comparação entre o padrão de vida dos ferroviários e o dos industriários; as condições de atendimento médico no ambulatório do IAPI; comentários sobre a vida nos Estados Unidos da América; concepção dos docentes das faculdades de medicina sobre assistência médica previdenciária.

2ª ENTREVISTA – 25/03/1987
Fita 3 – Referência às opções profissionais das irmãs; comentário sobre as atividades profissionais do filho; o trabalho no setor de angiologia do Hospital Moncorvo Filho; a qualidade do serviço de angiologia do HUPE; ausência de condições para o aperfeiçoamento profissional na Previdência Social; referência à nomeação de médicos, sem concurso, durante o governo João Goulart; aumento do número de doenças cardio-vasculares em mulheres; o funcionamento do Centro de Estudos do ambulatório do IAPI; os motivos do menor interesse pelo trabalho na Previdência; características necessárias ao médico de clínica particular; o sistema de marcação prévia de consultas no HUPE e no ambulatório do IAPI; o sistema de atendimento da patronal; comentários sobre a unificação da Previdência; as condições de assistência médica fora do eixo Rio-São Paulo; a greve dos médicos, em 1953; comentários sobre a aposentadoria de Luiz Feijó; referência à falta de enfermeiras titulares; a equipe de profissionais de saúde no ambulatório do IAPI; a utilização de instalações hospitalares da rede privada, pela equipe médica do IAPI; a contratação de médicos, sem concurso, no governo João Goulart; o trabalho no ambulatório da Casa de Saúde Portugal; características do contrato do médico credenciado pelo IAPI.
Fita 4 – A nomeação como médico da Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários da Central do Brasil; a possibilidade de atendimento familiar no IAPI e na Caixa dos Ferroviários; atuação no IAPI e na Caixa dos Ferroviários; atuação como assistente do diretor médico da Caixa; o número de atendimentos diários na Caixa dos Ferroviários e no IAPI; o atendimento aos industriários nos hospitais contratados pelo IAPI; o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU); o concurso para o quadro de médicos do IAPI, em 1949; as condições de atendimento no HUPE; as visitas a favelas como médico perito do IAPI; a Previdência Social como mercado de trabalho para os médicos; a importância econômica da atividade no consultório particular; relato de um caso de extorsão de aposentados por um servente da Caixa dos Ferroviários; o convênio entre o HUPE e o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS); a especificidade do atendimento em hospitais universitários; as internações por interesses científico e social no HUPE; a importância do convênio com o INAMPS; comentários sobre a medicina social; o interesse pelo doente como papel social do médico; posição sobre a medicina de grupo; a indústria do ensino médico.
Fita 5 – A reforma sanitária; reflexões sobre a Previdência Social; os políticos e a impunidade no Brasil; comentários sobre o ativismo político entre os médicos.

Documentos de Heráclides César de Souza-Araújo.

Incluindo artigos científicos traduzidos, resumidos, fichados e transcritos de boletins e revistas científicas internacionais sobre hanseníase, tuberculose, método de Hallberg, bacilo de Hansen e de Koch, cultura da hanseníase em ratos, formas de transmissão, hormônios, diagnóstico, patologia e hanseníase em diversos países; relatórios do Centro Internacional de Leprologia sobre a doença em diversos países, atas de sessões da Liga das Nações sobre o Centro Internacional de Leprologia; relatório anual das atividades da Seção de Epidemiologia e do diretor Eduardo Rabello, do Centro Internacional de Leprologia (1935); comunicações e resumos sobre transmissão da hanseníase na III Conferência Internacional de Lepra e no I Congresso Médico Latino-Americano (1901); comunicação do titular no VI Congresso Internacional de Leprologia (1953) e no IV Congresso Internacional de Leprologia (1938); recorte de jornal intitulado “Cinquenta mil leprosos em liberdade”; provas do Curso de Leprologia da Faculdade de Ciências Médicas da UDF; carta; artigos do titular sobre a história, estatísticas e surtos de hanseníase na Europa, na América do Sul e na Ásia; 37 coleta de material e métodos de exames para diagnóstico e sobre São Lázaro; Estatuto da Société Française de Dermatologie et Syphiligraphie; regulamento de lepra da Guiana Inglesa (1915); declaração do representante da International Leprosy Association; diário de atividades no Leprosário São Roque (Paraná), e relatórios de inspeção dermatoleprológica realizado no seu educandário; a luta contra a doença na Colômbia; do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos sobre hanseníase no Havaí; do Serviço de Profilaxia de Lepra e Doenças Venéreas do estado do Espírito Santo (1932); normas para profilaxia de lepra da Direção Geral de Saúde da Espanha; decretos estabelecendo aposentadoria para funcionários acometidos de hanseníase, nome de leprosários e exercício do cargo de médico sanitário, entre outros assuntos relacionados à Diretoria de Saúde Pública do estado de Minas Gerais; regulamento do Sanatório Roça Grande (Sabará, MG); texto sobre estudo epidemiológico da hanseníase nos focos domiciliares de São Paulo e leprosários fundados no período colonial no Brasil; revista Hansen; nota preliminar sobre mosquitos no vale do Jequitiaí no Boletim do Instituto Oswaldo Cruz; palestra de Orestes Diniz intitulada “O isolamento de leprosos”; programa do III curso de Leprologia do Instituto Oswaldo Cruz dado pelo titular em 1931; programa do curso rápido de leprologia dado pelo titular na II Semana Ruralista da Sociedade dos Amigos de Alberto Torres (Ponte Nova, MG); instrução normativa sobre coloração de bacilos da hanseníase e da tuberculose.

Documentos do entomologista Ângelo Moreira da Costa Lima.

Incluindo ofícios da Universidade Rural e do almirante Álvaro Alberto da Motta Silva, do CNPq, e de Dario Mendes, do Instituto de Experimentação Agrícola, do Ministério da Agricultura, referentes à concessão de apoio financeiro a estudos na área de entomologia; atas de reunião, portarias, normas, decretos-lei sobre criação do CNPq, regulamentação da concessão de auxílio para pesquisa, acordo proposto para realização de pesquisas sobre entomologia, listas de salários de pesquisadores, instruções sobre bolsas de estudos e pesquisa concedidas; recorte de jornal sobre estímulo à pesquisa; diário de atividades em laboratório; recibos, faturas, requisição de material, lista de compra de material; registro de exame clínico levamisol, bem como comprovante de imposto de renda, carta, aviso de crédito; listas de referências bibliográficas, correspondência, artigos, Boletim informativo da Sociedade Brasileira de Microbiologia, circular sobre o Curso de Bacteriologia Clínica e da Caixa Econômica sobre caderneta de poupança, saldo de caderneta de poupança, canhotos de talão de cheques, formulário do Departamento Nacional de Higiene – Defensa Antipalúdica.

Seminário - Registros da História: de lepra à hanseníase

Trata-se da gravação de um seminário realizado em 10 de setembro de 2010, organizado por Laurinda Rosa Maciel (COC) e Maria Leide Wand-Del-Rey de Oliveira (UFRJ). O objetivo foi promover um debate acerca de fatos recentes da política de combate à hanseníase no Brasil, sobretudo após maio de 1976, com a Portaria 165, do Ministério da Saúde, oficializando a hospitalização dos doentes em detrimento do isolamento em leprosários e seus desdobramentos, sobretudo após a poliquimioterapia. A mudança desta política vem acompanhada de fatores decisórios que guardam elo com a tecnologia, as ações governamentais, seu contexto de criação e a história como um todo e que remetem aos primórdios do programa de controle da doença no Brasil. Foram lançados os seguintes produtos: 'Memória e história da hanseníase no Brasil através de seus depoentes (1960-2000) - Catálogo de depoimentos', Inventário do Arquivo Pessoal de Souza-Araújo em CD; Inventário do Laboratório de Hanseníase (IOC/Fiocruz) em CD e a Coleção ‘História da Lepra no Brasil’ e Caderno de Laboratório, de Souza-Araújo (DVD Rom).
Nomes: Yara Nogueira Monteiro; Alice Cruz; Marli Manini; Rosalynn Leite; Sidney José do Carmo; Sueli de Paula Dias

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