Ao longo do documento descrições e anotações de acontecimentos do fim de abril de um ano (1845) até abril de outro (1846). No fim da página um número (83) é exibido em romano "LXXXVIII" e logo abaixo "quarta-feira 27 maio 1846". O motivo de tamanha incomparabilidade deste ano é pela correspondência com sua musa Clotilde de Vaux, que ele conhece em 1845, correspondem-se à distância com grande intensidade, já que ela não podia casar novamente (por motivações legais) e, por motivações morais, não se relacionaria com alguém sem o crivo do matrimônio. No dia 30 de abril de 1845, está assinalado "O começo humilde de uma correspondência inestimável." No dia 05 de abril de 1846, dia da morte de Clotilde, "a irrevogável separação".
Reprodução de manuscrito para publicação do segundo tomo da obra "Síntese subjetiva ou sistema universal de concepções próprias ao estado normal da Humanidade" em que é tratado o estabelecimento da "Moral Teórica, ou o conhecimento da natureza humana". É indicada a data de outubro de 1858 ("septuagésimo ano da grande crise"). Apenas o primeiro tomo da obra chegou a ser publicado, como "Sistema de lógica positiva" em 1856, já que Comte faleceu em 05 de setembro de 1857.
Descrição feita por Paulo Carneiro: "A caixa de luvas em que Clotilde guardava as cartas por ela recebidas de Augusto Comte. Ai pus as sete últimas cartas do Filósofo, a meu pedido entregues aos amigos positivistas, pelo Sir Charles de Rouvre, a 3 de outubro de 1919."
Anotações de Paulo Carneiro: "A 2ª confissão anual de A. Comte, por ele marcada com a letra B, corresponde à 3ª Santa Clotilde. A 1ª Confissão não encontrada, até hoje em seus arquivos, seria a 2ª Santa Clotilde. A 1ª Santa Clotilde corresponde à Carta sobre a Comemoração Social (20/06/1845)".
Caixa com mechas de cabelo de Clotilde de Vaux. Na tampa um papel, escrito por Augusto Comte, assinala a data que ela nasceu (segunda, 03/04/1815), que eles começaram a se corresponder (quinta, 28/08/1845) e a que ela morreu (domingo, 05/04/1846).
Lê-se no documento: "Discursos pronunciado pela consagração de um casamento positivista, por Augusto Comte, padre da Humanidade, o 3 Dante 62 (quinta 18 julho 1850), sumariamente redigido dois dias depois, e publicado em nome da Sociedade Positivista."