Cartas de Maria Luiza Proença ao seu noivo, Bento Oswaldo Cruz, na ocasião em que este esteve acompanhando a família na Europa, quando foram surpreendidos pela eclosão da Primeira Guerra Mundial.
Correspondência com Ernesto Nascimento Silva contendo um cartão com tarja de luto enviado em agradecimento ao titular e troca de informações sobre a febre da tuberculose e seu tratamento, onde o titular envia um trabalho síntese sobre a soroterapia tuberculosa e o uso do soro Maragliano.
Iniciando no período em que esteve em Paris estudando bacteriologia no Instituto Pasteur e era consultado por colegas a respeito de livros e periódicos científicos. A correspondência percorre período significativo de sua trajetória profissional: pedido de envio de tubos com a cultura do bacilo de Yersin (da peste bubônica), pedidos de favores feitos pelo titular ou enviados a ele, convite do governador da Bahia para realizar serviços bacteriológicos não identificados naquele estado, envio de resultado de exames laboratorias, resposta ao ofício de Emílio Ribas, em que este o felicita pela indicação para a Diretoria Geral de Saúde Pública e pela solidariedade quando da implantação das campanhas sanitárias no Rio de Janeiro, carta a Carlos Seidl, diretor do Hospital Afrânio Peixoto, agradecendo palavras de incentivo, carta a Francisco Castro, professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sobre a comissão enviada a Ribeirão das Lajes (RJ) para investigar casos de malária, carta de Bulhões de Carvalho felicitando o titular por representar o Brasil no Convênio Sanitário Sul-Americano, e carta a Gonçalo Muniz enviando estatísticas sobre acidentes com a soroterapia.
Jules Ogier, diretor do Laboratório de Toxicologia de Paris, onde este informa sobre as últimas novidades a respeito do Caso Dreyfuss e a Guerra Anglo-Transvaaliana, além de demonstrar sua preocupação com o titular ao saber que este iria a Santos combater o surto de peste bubônica, relatando seu trabalho como chefe do serviço fotográfico da Prefeitura de Paris. Em resposta, recebe do titular relatos sobre a grande Exposição Comemorativa dos 400 anos do Descobrimento, acrescido de notícias sobre o surto de peste bubônica e casos de febre amarela.
Contendo pedidos de envio de trabalhos do titular, convocando-o a tomar parte em movimento visando lutar no parlamento americano para provar a eficácia da teoria culicidiana de combate à febre amarela, convidando-o a ser correspondente no Brasil da Société Universelle de la Croix-Blanche de Genéve, convidando cientistas como Stanislas von Prowasek e Hermann Duerck a colaborar com os pesquisadores de Manguinhos, além de registrar um importante intercâmbio científico a respeito de novas descobertas sobre a varíola, a malária e a peste bubônica. Entre os principais missivistas encontram-se N. Bocarius, Stanilas Ciecharnowski, St. Paul Society of Homeopathic Medicine and Surgery, J. Mosny, O. Pertik, R. von Iehring, Ronald Ross e Howard.
Projetos, ofícios e relatórios. Documentos relativos à instalação do instituto e à contratação de pessoal técnico-científico (Ismael da Rocha, Henrique Figueiredo de Vasconcellos, Arthur Vieira de Mendonça, Antônio Cardoso Fontes, Ezequiel Dias e o veterinário Carré, além do titular) efetuadas pelo barão de Pedro Affonso; correspondência administrativa envolvendo o Instituto Soroterápico Federal, a Prefeitura do Distrito Federal, a Diretoria Geral de Saúde Pública e o Ministério da Justiça e Negócios Interiores, além de documentos descrevendo a produção dos soros antipestoso e antidiftérico e acidentes envolvendo a utilização destes terapêuticos.