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Casa de Oswaldo Cruz Ítalo Rodrigues de Araujo Sherlock
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Memória de Manguinhos II

Reúne quatro depoimentos orais. Este projeto tem por objetivo dar continuidade ao projeto Memória de Manguinhos e gravar entrevistas com cientistas contemporâneos da instituição.

Italo Sherlock

Entrevista realizada por Wanda Hamilton e Simone Kropf , nos dias 10 e 11 de abril de 2000.

Sumário

Fita 1
Considerações sobre o local de nascimento e origem familiar; as áreas de atuação de seu pai; o hobby pessoal em desenho e pintura; o despertar da carreira de pesquisador entomologista ainda quando garoto; considerações sobre a criação de seu museu particular de história natural; seus irmãos e a história familiar; a profissão de sua mãe; os estudos no Ginásio Sobralense; referência aos destaques culturais da cidade de Sobral, no Estado do Ceará; a tendência para os estudos em ciências naturais; referência à visita dos professores Samuel Pessoa, Leônidas Deane e Maria Deane à cidade de Sobral na campanha da leishmaniose em 1952; o entusiasmo dos professores Samuel Pessoa, Leônidas Deane e Maria Deane com o museu de história natural e o convite, aos dezesseis anos, para trabalhar na campanha contra a leishmaniose; a iniciação de seus primeiros estudos em ciências e entomologia com o professor Arquibaldo Galvão; considerações sobre o trabalho de levantamento entomológico feito para os Deane na cidade de Sobral; a ida para São Paulo com os Deane e o curso de entomologia realizado na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo; a ida para o Rio de Janeiro; o estágio no Instituto Oswaldo Cruz e aproximação com o professor Herman Lent e Hugo Lopes; o término do curso de entomologia na Faculdade de São Paulo e o quadro de professores do curso; a nomeação, aos vinte anos, como “Conselheiro da Sociedade Brasileira de Entomologia”; o estágio no laboratório do Dr. Herman Lent, no Instituto Oswaldo Cruz; o convite de Otávio Mangabeira Filho para trabalhar na Bahia; o Dr. Deane como “modelo” profissional; considerações sobre suas perspectivas em fazer ciência; o incentivo de Otávio Mangabeira Filho aos seus estudos na Faculdade de Medicina da Bahia; referência ao trabalho como bolsista de iniciação científica (CNPq) do IOC; perfil profissional de Amilcar Viana Martins; referência aos trabalhos que desenvolveu sobre flebótomos; considerações sobre sua trajetória profissional; os trabalhos desenvolvidos com o Dr. Otávio Mangabeira Filho; o perfil de Otávio Mangabeira Filho; a criação da Fundação Gonçalo Moniz; breve referência aos problemas enfrentados por Otávio Mangabeira Filho após a criação da Fundação Gonçalo Moniz; a criação do Centro de Pesquisa da Bahia; a morte de Otávio Mangabeira Filho e a ocupação do cargo de diretor do Centro de Pesquisa da Bahia (Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz); os desafios enfrentados como diretor do Centro de Pesquisa; o vínculo do Centro de Pesquisa com outras instituições; os objetivos do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; considerações sobre o perfil profissional de Otávio Mangabeira Filho; os estudos realizados por Otávio Mangabeira Filho acerca do vetor da leishmaniose; a proveniência dos recursos do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; o quadro de pesquisadores do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; as verbas do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; as perspectivas do Centro de Pesquisas após a morte do Dr. Otávio Mangabeira Filho; considerações sobre sua incorporação no quadro de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz; a admiração por Samuel Pessoa; as demandas em pesquisa do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; referência aos trabalhos publicados em colaboração com Otávio Mangabeira Filho; considerações sobre a falta que sentiu do Dr. Mangabeira após o seu falecimento; a transferência do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz para o INERu; o incentivo de Samuel Pessoa para que ingressasse na especialização em otorrinolaringologia; os testes realizados para ingressar na especialização em otorrinolaringologia.

Fita 2
Considerações sobre o ingresso no curso de otorrinolaringologia e seu trabalho em sua clínica particular; referência ao trabalho realizado como médico contratado da Marinha; ausência de militância política; a admiração por Samuel Pessoa; considerações sobre o período em que o Dr. Samuel Pessoa e sua esposa ficaram escondidos em sua casa; considerações sobre a transferência do Núcleo de Pesquisas em conseqüência da tomada do prédio pelo DENERu; referência à falta de instalação do Centro de Pesquisas em sua sede permanente como um dos impecílios para o desenvolvimento do Centro de Pesquisa; as decepções acumuladas em incertezas devido às peregrinações do Centro de Pesquisa por diversas sedes; os conflitos enfrentados pelo Centro de Pesquisa; os motivos do afastamento de Otávio Mangabeira Filho da Fundação Gonçalo Moniz e a criação do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; os problemas enfrentados pelo Centro de Pesquisa após a morte do Dr. Mangabeira Filho; menção à sua premiação com a medalha Gerhard Domack, concedida pelo Laboratório Bayer; o sacrifício em manter o Centro de Pesquisas após a morte do Dr. Mangabeira Filho; a orientação das pesquisas durante os seus dezoito anos de chefia no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; a sua dedicação aos estudos em leishmaniose; a participação do Centro de Pesquisas no inquérito nacional sobre doença de Chagas; considerações sobre as experiências adquiridas na Faculdade de Medicina da Bahia; o desejo em se espelhar, na época de estudante, em pesquisadores como o Dr. Deane, Samuel Pessoa e Otávio Mangabeira Filho; as cátedras da Faculdade de Medicina da Bahia; o apoio e incentivo do Dr. Mangabeira Filho em sua época de estudante de medicina; as matérias com que mais se identificou na faculdade de medicina; considerações sobre o perfil de Otávio Mangabeira Filho; as colaborações de Otávio Mangabeira Filho na universidade; o estatuto da Fundação Gonçalo Moniz, criada pelo Dr. Mangabeira Filho; breve histórico sobre a vida de Gonçalo Moniz; a origem do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; as áreas de maior destaque na Faculdade de Medicina; a bolsa concedida pela Kellogg’s Fundation para o desenvolvimento de um projeto, ainda como estudante de medicina; a atuação de Edgar Santos como Reitor da Faculdade de Medicina da Bahia; referência ao projeto que desenvolveu como bolsista da Kellogg’s Fundation; os programas de controle para doença de Chagas no Estado da Bahia, em sua época de estudante de medicina, e sua participação em alguns destes projetos; referência ao trabalho do Dr. Mangabeira Filho sobre doença de Chagas; os contatos que teve com os grupos de pesquisadores que se dedicavam ao estudo da doença de Chagas; breve referência às dificuldades financeiras que teve em sua época de medicina e após a morte do Dr. Otávio Mangabeira Filho.

Fita 3
Considerações sobre sua época de estudante na Faculdade de Medicina da Bahia; o curso de entomologia realizado na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo; referência às dificuldades financeiras de sua família para ajudá-lo no estudos; o convênio estabelecido, entre o Centro de Pesquisas e a Harvard School no período em que esteve como diretor do Centro de Pesquisas; breve referência aos cursos de especialização feitos após a conclusão da Faculdade de Medicina; os pesquisadores da Harvard Schooll que desenvolveram projetos no Centro de Pesquisas; o trabalho sobre os barbeiros da Bahia publicado com o cientista da Harvard School Phillip Mardsden; o encantamento dos cientistas da Harvard School com o tema das doenças tropicais; a dificuldade em manter os pesquisadores no Centro de Pesquisas no período de 1964 até 1970; referência à sua família, esposa e filhos; a vocação da esposa em cuidar da casa; a relação do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz com as Universidades fora do Brasil; os problemas enfrentados com a falta de instalação do Centro de Pesquisas; considerações sobre sua viagem à London ShoolI na década de 1970; as experiências adquiridas nas viagens para instituições da Inglaterra; breve referência a origem de seu sobrenome “Sherlock “; as relações com os institutos de pesquisa da Inglaterra e os pesquisadores com quem manteve contato; as experiências adquiridas na viagem à London School; breve referência aos pesquisadores estrangeiros que se instalaram no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz para desenvolverem seus projetos; menção ao trabalho do Dr. Kenneth Mott e sua importante atuação no Centro de Pesquisas como intermediador entre a Harvard Scholl; os projetos do Centro de Pesquisas desenvolvidos em colaboração com institutos estrangeiros; o trabalho sobre doença de Chagas no interior da Bahia e o acordo com a Harvard Sholl; o interesse dos pesquisadores estrangeiros na área de medicina tropical; o término das colaborações entre o Centro de Pesquisa e os institutos estrangeiros quando sai da direção do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; os recursos mobilizados para o desenvolvimento do projeto em parceria com a Harvard School e as verbas destinadas ao Centro de Pesquisas; breve comentário sobre o desperdício na compra de aparelhos dentro das instituições; considerações acerca das mudanças ocorridas no Centro de Pesquisas em decorrência de sua integração à Fiocruz; as especialidades estabelecidas pelo Dr. Mangabeira Filho no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; as demandas em pesquisa aplicada do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; referência ao modelo ideal de pesquisadores na visão do Dr. Otávio Mangabeira Filho; os intercâmbios do Centro de pesquisas com outros institutos do Nordeste; o Centro de Pesquisa como pólo de atração de pesquisas na Região Nordeste; a atuação de Aluízio Prata no Centro de Pesquisas; descrição das pesquisas aplicadas desenvolvidas pelo Centro de Pesquisas; referência às dificuldades do centro de pesquisas após a sua incorporação à Fundação Oswaldo Cruz; os motivos que levaram à extinção da Fundação Gonçalo Moniz; as grandes dificuldades em manter a sede do Centro de Pesquisas em um local fixo; os pesquisadores que pediram demissão do Centro de Pesquisas em decorrência da crise pela qual estava passando; o convênio estabelecido com a Escola Nacional de Saúde Pública para a montagem de cursos regionalizados.

Fita 4
Referência à sua opção de passar de estatutário para CLT na Fiocruz; as razões por sua opção por CLT; a repercussão do prêmio Gerhard Domack que recebeu; a visita do presidente Ernesto Geisel à Fiocruz; a indicação do Dr. Aluízio Prata e do Dr. Zilton Andrade para serem membros do Conselho Científico Tecnológico na Bahia; os primeiros contatos do Dr. Zilton Andrade com o Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz através do Conselho Científico Tecnológico; considerações sobre o seu grande ressentimento com o Dr. Zilton Andrade; perfil profissional do Dr. Zilton Andrade considerações sobre as negociações acerca das instalações do Centro de Pesquisas; a interferência de Antônio Carlos Magalhães nas negociações do terreno de Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; a gestão de Vinícius da Fonseca na presidência da Fiocruz; a assinatura do comodato como garantia das instalações físicas do Centro de Pesquisas; referência a seu afastamento do Centro de Pesquisas em 1980 e a nomeação do Dr. Zilton Andrade; referência às dificuldades do Centro de Pesquisas após o falecimento do Dr. Otávio Mangabeira Filho; os trabalhos realizados pelo Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz na gestão do Dr. Vinícius da Fonseca como presidente da Fiocruz; as dificuldades do Centro de Pesquisas no período em que ficou incorporado ao DENERu; referência a incorporação do INERu pela Fiocruz e as esperanças de prosperidade; a situação do Centro de Pesquisas após a incorporação com a Fiocruz; considerações sobre o seu período de gestão extra-oficial no Centro de Pesquisas; a nomeação do Dr. Zilton Andrade como diretor do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; o desgaste pessoal perante as dificuldades porque passou o Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; referência ao ressentimento pessoal com o Dr. Zilton Andrade; as decepções que considera ter sofrido na gestão de Zilton Andrade e Moyses Sadigurksy como diretores do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; breve referência ao perfil profissional do Dr. Zilton Andrade; referência ao desenvolvimento atual de seu trabalho; o estudo atual sobre a interação do hospedeiro e vetor nas doenças parasitológicas; o doutorado em Biologia Parasitária; a perda de alguns funcionários de seu laboratório; descrição de alguns trabalhos sobre vetores de doenças parasitárias que possui para publicação; considerações sobre os projetos desenvolvidos para o PAPES e para o CNPq; sua dedicação e pioneirismo ao estudo da leishmaniose no Brasil; a decepção pessoal por nunca ter sido convidado para os projetos do PRONEX; a aprovação do projeto sobre doenças reemergentes no Brasil pelo CNPq; os estudos sobre leishmaniose visceral realizado por sua equipe; as hipóteses de trabalho sobre leishmaniose e o trabalho sobre doença de Chagas; referência à colônia de flebótomos que possui o laboratório; o convite para ser, em 2002, presidente do Simpósio Internacional de Flebótomos; breve avaliação sobre a área de estudos e doenças parasitárias no Brasil; a utilização de técnicas de biologia molecular nas pesquisas de seu laboratório; a situação do controle da doença de Chagas na Bahia; a colaboração de pesquisadores e instituições no projeto sobre leishmaniose.

Fita 5
Referência aos trabalhos desenvolvidos por sua equipe de pesquisa; opinião pessoal de que as perseguições que sofre ou sofreu não possui fundamentos; considerações sobre o descaso que um pesquisador sofre; o trabalho em seu consultório particular; o gosto pelo trabalho no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; os cursos e conferências que ministra na Faculdade de Medicina; os motivos pelos quais deixou de ser assistente de otorrinolaringologia na Universidade.

Memória da biossegurança no Brasil

O projeto realizou 12 entrevistas com profissionais da Fiocruz, com objetivo de abordar o cotidiano dos profissionais de laboratório enfatizando a reconstrução dos conceitos e noções de risco e benefícios das atividades laboratoriais; visões e significados da realização do trabalho científico; recursos teóricos, tecnológicos e metodológicos disponíveis para a prática laboratorial e as políticas institucionais desenvolvidas neste campo. Porém, no acervo do DAD se encontram 8 entrevistas com transcrição parcial, dos seguintes depoentes: Geraldo Leite, Herman Gonçalves Schatzmayr, Italo Rodrigues de Araújo Sherlock, Leila Macedo Oda, Luiz Fernando da Rocha Ferreira da Silva, Sylvio Celso Gonçalves da Costa, Sonia Gumes Andrade e Zilton de Araújo Andrade.