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registro de autoridade
Arquitetura

Adelstano Soares de Mattos Porto d'Ave

  • Pessoa
  • 1890-1952

Nasceu em 6 de março de 1890, no Rio de Janeiro, filho de Antonio José de Mattos e Cândida Carneiro Soares de Campos. Em 1908 prestou concurso para a Escola Politécnica, porém somente em 1911 iniciou o curso, concluído em 1918. Em 31 de março de 1919 colou grau como engenheiro geógrafo e consolidou sua carreira como arquiteto e construtor. Na época era comum o desempenho de múltiplas atividades por parte dos engenheiros, os quais atuavam tanto em projetos de arquitetura quanto em especialidades de engenharia. No início de sua trajetória profissional foi amparado pelo industrial Guilherme Guinle. Por intermédio da família Guinle, foi escolhido para elaborar projetos de três hospitais na cidade do Rio de Janeiro: o Gaffrée e Guinle, o Instituto do Câncer e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A partir disso consolidou seu nome como arquiteto de hospitais, tendo sido responsável pelo traçado de outros, como o Espanhol, o Regional de Niterói, e o do Sanatório Santa Clara, em Campos do Jordão (SP). Foi laureado com o primeiro lugar pelos projetos do Hospital Regional de Niterói, em 1928, e do Hospital do Funcionário Público, em 1935. Para além dos projetos hospitalares, dedicou-se à construção civil de edifícios multifamiliares e comerciais, escolas e clubes de esporte, como também projetou um trecho fluminense da estrada Rio-São Paulo. Em 1930 fez parte da primeira diretoria da Associação Brasileira do Concreto e, no final da vida, esteve ligado ao escritório de arquitetura e construção civil de Sérgio Dourado. Sua paixão pelo automobilismo o transformou em liderança nessa área, tendo assumido a presidência do Automóvel Clube do Brasil e do Club dos Bandeirantes e o comando de eventos, como o Salão do Automóvel. Morreu em 1952, no Rio de Janeiro.

Luiz de Moraes Júnior

  • Pessoa
  • 1867-1955

Nasceu em 30 de janeiro de 1867, em Faro, Algarve, Portugal, filho de Luiz de Moraes e Eugênia Emília da Fonseca Moraes. Engenheiro-arquiteto, em 1900 imigrou para o Brasil a convite do padre Ricardo, vigário-geral da Igreja da Penha, e fixou-se no Rio de Janeiro, onde iniciou atividades de restauração das fachadas dessa igreja, concluídas em 1902. Nesse ano, durante trajeto que fazia de trem diariamente até o local das obras, conheceu Oswaldo G. Cruz, com quem travou sólida amizade. Chefe da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP), Oswaldo o convidou para projetar e coordenar os trabalhos de construção do complexo arquitetônico do instituto que mais tarde levaria seu nome, com destaque para o Pavilhão Mourisco, castelo de estilo eclético. O primeiro projeto de sua autoria construído no campus de Manguinhos foi um biotério para pequenos animais, espécie de gaiola de alvenaria, que serviu de modelo para construções posteriores de finalidade semelhante. De 1903 a 1907 trabalhou para a ordem dos padres beneditinos, executando obras de recuperação de mosteiros da cidade do Rio de Janeiro. Depois da morte do cientista, em 1917, ainda realizou outros trabalhos para o IOC, tendo coordenado a ampliação do seu conjunto arquitetônico, assinando os projetos do Pavilhão Quinino ou Figueiredo Vasconcellos, em 1919, e do Pavilhão Vacínico, em 1922, destinado às atividades de profilaxia da varíola. Com a experiência acumulada até então adquiriu expertise em construções civis e executou diversos projetos de arquitetura hospitalar e sanitária, bem como de laboratórios para pesquisas experimentais. Em 1914 concluiu a edificação de dois projetos sob sua condução: a nova sede da DGSP, no centro da cidade, e o prédio da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na Praia Vermelha, demolido em 1975. Na década de 1940 esteve à frente de projetos de construção de hospitais da rede pública, durante a gestão de Pedro Ernesto na prefeitura do Rio de Janeiro. Projetou e construiu também residências, como o palacete da família Oswaldo Cruz, em Botafogo (já demolido), o palacete Seabra, no Flamengo (ainda preservado), e o Rio Hotel, na praça Tiradentes, além do Grande Hotel e da sua residência, ambas as construções localizadas em Petrópolis. Morreu em 15 de julho de 1955, no Rio de Janeiro.