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registro de autoridade

Arthur Neiva

  • Pessoa
  • 1880-1943

Nasceu em 22 de março de 1880, em Salvador (BA), filho de João Augusto Neiva e Ana Adelaide Paço Neiva. Iniciou o curso superior na Faculdade de Medicina da Bahia, concluindo-o na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1903. Trabalhou para a Inspetoria de Profilaxia da Febre Amarela nas campanhas dirigidas por Oswaldo Cruz visando à erradicação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Em 1906 ingressou no Instituto Soroterápico Federal, posteriormente denominado IOC, onde realizou pesquisas em entomologia e parasitologia. Em 1907 participou ao lado de Carlos Chagas da campanha de profilaxia da malária em Xerém (RJ). Nessa região estudou os hábitos e as características dos mosquitos transmissores da doença e identificou alguns grupos de seus parasitos resistentes à quinina. Em 1908, como pesquisador do IOC, desenvolveu pesquisas sobre os insetos transmissores da doença de Chagas. Em 1910 forneceu informações detalhadas sobre a biologia do Conorhinus megistus – depois denominado Panstrongylus megistus –, que contribuíram para os primeiros conhecimentos sobre o ciclo evolutivo do Trypanosoma cruzi. Ainda sobre a doença de Chagas, realizou a classificação de espécies de barbeiros e explicou o mecanismo de transmissão, formulando a hipótese de que, ao se coçar, o indivíduo introduz em seu corpo, pela pele ou por uma mucosa, as fezes do inseto que contém tripanossomas. Durante a década de 1910 participou de expedições científicas enviadas pelo IOC ao interior do Brasil. Ao lado de Belisário Penna percorreu estados das regiões Nordeste e Centro-Oeste, com recursos do IOC e da Inspetoria de Obras contra as Secas, e publicou, quatro anos depois, um relatório em que são denunciadas as más condições de vida e saúde da população rural. Participou do movimento que congregou cientistas, médicos e intelectuais em prol do saneamento do país. Em 1914, com a tese intitulada "Revisão do gênero Triatoma Lap.", sobre um dos gêneros de barbeiros, tornou-se livre-docente da cadeira de história natural médica e parasitologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. De 1923 a 1927 dirigiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Entre 1924 e 1927 chefiou a Comissão de Estudos e Debelação da Praga Cafeeira do estado de São Paulo, trabalhando com Angelo Moreira da Costa Lima e Edmundo Navarro de Andrade. Em 1928 o governo paulista o contratou como diretor-superintendente do recém-criado Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, denominado, a partir de 1937, Instituto Biológico, onde permaneceu até 1932. Após a Revolução de 1930, ocupou cargos na administração pública, como o de interventor federal na Bahia. De 1935 a 1937 foi deputado federal pelo Partido Social Democrático baiano. Com a implantação do Estado Novo, retomou suas atividades em Manguinhos. Morreu em 6 de junho de 1943, no Rio de Janeiro.

Hugo de Souza Lopes

  • Pessoa
  • 1909-1991

Nasceu no Rio de Janeiro em 5 de janeiro de 1909. Formou-se médico veterinário pela Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária (1933). Ainda estudante, em 1931 ingressou como estagiário voluntário no laboratório de Lauro Travassos no IOC, onde iniciou suas pesquisas sobre dípteros Sarcophagidae (moscas). De 1932 a 1938 foi auxiliar técnico da Seção de Entomologia do Instituto de Biologia Vegetal, chefiada por frei Thomaz Borgmeier. Em 1938 retornou ao IOC, ocupando os cargos de pesquisador na Seção de Helmintologia (1949) e chefe da Seção de Entomologia (1960-1964). Além de suas atividades de pesquisa, dedicou-se ao ensino de zoologia médica, parasitologia e entomologia na escola onde se formou (1934-1964), no Curso de Aplicação do IOC (1950-1968) e no Curso de Saúde Pública da Fundação Gonçalo Muniz (1951). Em 1970, com outros nove pesquisadores do IOC, teve seus direitos políticos suspensos e foi aposentado pelos AI-5 e AI-10, no episódio denominado Massacre de Manguinhos. Passou, então, a desenvolver suas pesquisas no laboratório de entomologia do Museu Nacional. Em 1976 integrou o corpo docente da Universidade Santa Úrsula. Com a anistia, foi reintegrado à Fiocruz em 1986 e passou a atuar no Departamento de Biologia do IOC como pesquisador titular. Suas pesquisas abrangeram os campos da entomologia, malacologia e botânica. Formou expressiva coleção de espécies dos grupos estudados, principalmente de insetos, bem como descreveu inúmeros gêneros e espécies novas para a ciência, com mais de duzentas publicações nessa área. Morreu em 10 de maio de 1991, no Rio de Janeiro.

José Arthur Alves da Cruz Rios

  • Pessoa
  • 1921-2017

Nasceu em 24 de maio de 1921, no Rio de Janeiro (RJ), filho único de José Alves da Cruz Rios e Umbelina de Castro. Casou-se em 1943 com Regina Alves de Figueiredo, filha de Jackson de Figueiredo, fundador do Centro Dom Vital e destacada liderança da intelectualidade católica leiga. Formou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Niterói (1939-1943) e iniciou o curso de Ciências Sociais na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) (1939-1941), no entanto, não o concluiu. Durante seus estudos na FNFi, entrou em contato com a Sociologia Empírica norte-americana e, por intermédio de Regina Figueiredo, passou a integrar o grupo de católicos que realizava conferências e debates no Centro Dom Vital. Entre 1946 e 1947, a convite do sociólogo rural Thomas Lynn Smith e através de uma bolsa de estudos, formou-se mestre em Sociologia Rural na Universidade do Estado de Louisiana, nos Estados Unidos. De 1951 a 1953 coordenou a Campanha Nacional de Educação Rural. Chefiou, entre 1954 e 1962, a Seção de Pesquisas Sociais da Divisão de Educação Sanitária no Serviço Especial de Saúde Pública. Ocupou o cargo de assessor legislativo no Senado Federal (1957-1974). Dirigiu o escritório da Sociedade de Análises Gráficas e Mecanográficas Aplicadas aos Complexos Sociais (SAGMACS), no Rio de Janeiro (1956-1959). Na direção da SAGMACS e orientado pelo padre Louis-Joseph Lebret, desenvolveu um estudo encomendado pelo jornal O Estado de São Paulo, publicado em 1960 sob o título “Aspectos humanos da favela carioca”. No governo de Carlos Lacerda, coordenou os Serviços Sociais do Estado da Guanabara (1960-1961). Fundou e dirigiu os escritórios Sociedade de Pesquisas e Planejamento (1960-1972) e Instituto de Estudos para Desenvolvimento Social e Econômico (1963-1970), pelos quais desenvolveu variadas consultorias e cursos de formação profissional e assistência técnica para instituições públicas e privadas. Entre as décadas de 1970 e 1990 atuou em agências internacionais voltadas para o campo da Defesa Social e da Criminologia, como a Organização das Nações Unidas, o Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e Tratamento de Delinquentes e o Instituto Inter-Regional de Pesquisas sobre Crime e Justiça das Nações Unidas. Ainda nesse período e no âmbito da criminologia, integrou conselhos e grupos de trabalho do Ministério da Justiça. Produziu artigos, ensaios, livros, estudos, pesquisas e consultorias sobre, entre outros temas, sociologia urbana e sociologia rural, habitação, educação rural, desenvolvimento, sociologia religiosa, penitencialismo, favelas, artesanato, violência, criminalidade urbana, vitimologia, suicídio em jovens, reforma agrária, literatura, imigração e colonização. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Confederação Nacional do Comércio, do Pen Clube e do Centro Dom Vital, entre outras instituições. Durante sua trajetória profissional, desenvolveu atividades técnicas e compôs diversos comitês, comissões, conselhos e associações. Ministrou cursos avulsos e aulas em universidades brasileiras e norte-americanas. Incorporado como docente à academia, foi professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979-1991), na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1969-1976) e na Universidade Santa Úrsula (2000-2002). Proferiu inúmeros seminários, palestras e conferências para instituições públicas e privadas. Morreu em 16 de setembro de 2017, no Rio de Janeiro.

Carlos Alberto de Medina

  • Pessoa
  • 1931-2010

Nasceu no dia 1° de novembro de 1931, em Recife (PE), filho de Francisco de Medina e Olga da Silva Lima de Medina. Iniciou sua trajetória como sociólogo em 1953 quando assumiu o cargo de assistente da cadeira de Problemas Econômicos e Sociais do Brasil, do curso de Puericultura e Administração do Departamento Nacional da Criança, vinculado ao Ministério da Saúde. Em 1955 ingressou no Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) para atuar na Seção de Pesquisa Social da Divisão de Educação Sanitária, onde permaneceu por mais de uma década realizando levantamentos socioeconômicos em municípios do interior. Ao final da década de 1950 participou, ao lado do sociólogo José Arthur Rios e do arquiteto Hélio Modesto, da pesquisa “Aspectos humanos da favela carioca”, realizada pela Sociedade para Análise Gráfica e Mecanográfica Aplicada aos Complexos Sociais. O estudo é considerado o marco inicial da pesquisa em ciências sociais em favelas brasileiras. Em 1963 foi cedido pela Fundação Serviço Especial de Saúde Pública, nova denominação do SESP, para o Centro Latino-Americano de Pesquisas em Ciências Sociais, órgão criado pela Unesco, onde ocupou os cargos de secretário-geral a partir de 1967 e diretor entre 1974 e 1979. De 1965 a 1992 chefiou o Departamento de Estudos e Pesquisas do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais, filiado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, cuja missão era realizar estudos, planejamento e consultoria para programas de assistência social. No Centro de Estudos da Família, Adolescência e Infância, dirigido por sua mulher, a psicóloga Berenice Fialho Moreira, realizou diversos trabalhos como membro consultor colaborador. A partir da década de 1970 dedicou-se também à docência, tendo atuado como professor e conferencista em várias instituições, entre elas a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, Escola Nacional de Serviços Urbanos e Federação das Indústrias do Amazonas. Autor de livros, artigos, estudos de caso e ensaios que abrangeram variados temas, como política, economia, segurança pública, família e cultura. Morreu em 3 de maio de 2010, no Rio de Janeiro.

Masao Goto

  • Pessoa
  • 1919-1986

Nasceu em 11 de fevereiro de 1919, no Rio de Janeiro. Em 1942, formou-se em medicina pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde também lecionou na Escola de Enfermagem Ana Nery e na Faculdade de Farmácia e Bioquímica. Formado pelo Curso de Aplicação do IOC, foi contratado por esta instituição em 1944, após ser aprovado em concurso. Foi pesquisador, professor de micologia dos cursos do IOC e chefe da seção de micologia, cargo que ocupou até 1964. Dedicou-se ao estudo das micoses sistêmicas e superficiais, sendo colaborador de Arêa Leão durante muitos anos. Além disso, apresentou contribuições para o melhor conhecimento de várias doenças causadas por fungos. Desenvolveu ainda trabalhos em micologia, alergia e imunologia clínica no Hospital Evandro Chagas. Em 1970, vinha desenvolvendo pesquisa sobre a ação antitumor de substâncias produzidas por fungos com os cientistas Moacyr Vaz de Andrade e Arêa Leão, quando foi aposentado pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5). Ao sair de Manguinhos, interrompeu suas investigações e se dedicou a sua clínica particular. Foi membro da Sociedade Latino-Americana de Alergia e Imunopatologia, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), das Sociedades de Patologia Clínica e de Alergia e Imunopatologia, da Associação Médica Brasileira e da Sociedade de Microbiologia do Brasil. Em 1986, após a sua reintegração ao quadro de pesquisadores da Fiocruz. Morreu, vítima de problemas cardíacos, não chegando a reassumir o seu cargo na instituição.

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